2-Idiota

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S/N NARRANDO

-O que faz aqui?-Ele pergunta vindo até mim.

-Esse era o meu antigo quarto, não se lembra?

-Não é mais, ninguém mais vem aqui.-Ele soou meio grosseiro mas sei que não foi a intenção.

-Menos você.-Digo e ele ri baixo.-O que é isso?

Pergunto ao ver algumas adagas em cima da mesa e fico curiosa.

-Eu fabrico adagas e espadas.-Ele diz empolgado em contar.

-Ser um ferreiro é um dos prés requisitos para ser um rei agora?-Brinco.

-Quando você fala assim, parece algo ridículo.-Ele ri baixo.

-Não! Eu achei fantástico!-Sorrio e ele também.

-Sabe, eu não consigo parar de pensar, todo homem até os reis deveriam ter alguma habilidade. Meu irmão, o Bill, tem várias habilidades. Quando ele quer aprender alguma coisa, ele aprende. Quando ele quer ir a algum lugar, ele vai. Não receiam tanto a morte dele, por isso o deixam viver.

-Ele nunca será rei.-Digo e ele assente.

Por Tom ser o gêmeo mais velho, ele que tem o direito ao trono, ele se casa tem filhos e o filho ou filha mais velha de Tom assume o trono, em seguida seu neto ou neta mais vejo e assim por diante. Bill nunca terá o direito ao trono, a não ser que Tom renuncie.

-Eu sei ordenhar cabra e cortar lenha para a fogueira.-Digo e ele me olha impressionado.-As freiras me ensinaram lá no convento que vivi nos últimos anos.

-Impressionante.-Ele sorri.-Acho que se houver uma revolta e minha família tiver que se esconder, eu poderia tentar ser um ferreiro.

-Eu salvaria você, e iríamos para a Escócia governar lá.-Digo pensando alto.

Tom fica quieto e o clima fica pesado, não devia ter dito aquilo. Respiro fundo e o olho.

-Vou continuar meu tour pelo castelo, até mais.-Digo saindo rápido.

Que tola que eu fui! Não devia ter dito aquilo. Que maluquice a minha. Independente, agora já foi. Andei pelo enorme jardim em volta do castelo até avistar o lago cristalino, ando até ele e me vejo no reflexo do lago. Vejo algo brilhar no fundo e curiosa eu me aproximo, acabo pondo a mão e puxando o objeto brilhoso.

-Uau!

Digo ao ver a pérola brilhosa. Me lembro das adagas de Tom na hora, quarto em meu pequeno bolso e procuro mais pedrinhas. Consigo juntas um monte para levar a ele, acho que elas serão lindas para decorar suas adagas.

Caminho pelos corredores imensos do castelo novamente. Me aproximo da porta de seu quarto e dou três batidas, logo a porta é meio aberta por Tom.

-S/n? O que foi?

-Eu trouxe isso, para você decorar suas adagas.-Digo mostrando as pedrinhas e ele olha.

-Não é uma boa hora, da próxima vez deve ser anunciada.-Diz ele meio seco.

-Por que está sendo tão..-Digo e vejo sapatos femininos no chão de seu quarto.-Está com alguém?

-S/n, se algum dia você for a rainha da Alemanha precisará saber de uma coisa. Reis não devem satisfação a suas esposas.-Ele fecha a porta na minha cara.

Que idiota! Tom não era assim, não era mesmo. Ele sempre foi tão atencioso comigo. Mas o que posso esperar? A última fez que o vi ele tinha doze anos e agora tem dezoito.

-Magestade.-Olho para o lado e vejo Bill.

-Ah, oi, Bill.-Sorrio fraco.

-Suponho que tenha visto Tom sendo o Tom.-Ele diz.

-Pois é.-Digo.

-Sinto muito.-Ele diz e ia sair andando.

-Pode me ajudar?-Pergunto.

-Claro!

-Que horas será o baile hoje?

-Se não me engano terá início às dez horas.-Bill diz atenciosamente.

-Muito obrigada!-Sorrio.

-Ao seu dispor.-Ele se curva e se retira.

Totalmente o oposto de Tom Kaulitz, meu noivo. Ninguém merece.

REING-Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora