7-Sem provas, acabou.

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S/N NARRANDO

-Eu acho que você sabe quem está querendo me machucar.-Jogo a bolinha e ela some de minha visão.

Espero alguns segundos, nada acontece. Eu ia me levantar quando vejo a bolinha rolando de volta a mim.

-São os ingleses? É a rainha Simone?-Pergunto desesperada.-Não! Me desculpe, uma pergunta de cada vez.-São os ingleses?

Rolo a bolinha de novo e em seguida ouço um barulho alto.

-Clarissa? Clarissa!-Grito e não obtenho resposta.

-Majestade?-Ouço alguém em chama e volto para a porta.

-Sim?-Ajeito a postura.

-O Lord Chapman está lhe esperando.-O guarda diz.

Era só o que me faltava. Olho para a passagem uma última vez e saio de meu quarto. Bato na porta do quarto do mesmo e logo abro, vejo ele e uma mulher quase nua.

-Quando você vai embora?-Ignoro a cena.

Olho para a mulher ao seu lado com a expressão assustada e franzo a testa. A garota que estava com o meu vestido, ela não havia sido envenenada?

-O que faz aqui? Você não foi envenenada?-Digo.

Ela não fala nada apenas se cobre com um vestido e sai correndo do quarto.

-A carruagem de volta paro o Porto atrasou. A minha esperança era mantê-la fora de vista.-Simon diz.

-Então, foi você! Contratou uma atriz para fingir um envenenamento e me aterrorizar!-Digo com raiva.

-Você deve temer a minha presença.-Simon diz em um tom ameaçador.

-Está me ameaçando?-Me aproximo em tom autoritário.-Não se esqueça que são os ingleses que tem medo. A sua rainha está doente e a minha prima Elizabeth é a próxima na linha de sucessão, mas muitos dizem que ela é ilegítima.

-E eu ouvi dizendo pelos corredores que a próxima herdeira do trono inglês é você.

-Mas e se eu não quiser?-Dou ênfase em "eu".

-Temos que esmagar a Escócia para que não tente acabar com nós. Deixe a Alemanha e abandone a aliança!

-Confiar em você?-Rio sarcasticamente.

-Você acha que pode confiar nos Alemães?-Ele ri.

-Você tem o apoio de Simone nisso...não é?

-Isso não tornaria a minha vida e a sua morte muito mais fáceis?-Ele ignora minha pergunta.

Já tenho minha resposta. Saio do quarto sem falar mais nada. Tento segurar as lágrimas em meus olhos.

-S/n!-Tom me puxa assim que passo por ele.

-Diga.-Olho para baixo.

-Sinto muito mas o Jordan está morto.-O olho.

Pensei que não podia piorar, mas tem como, sempre tem como piorar.

-Acabou então. Se Jordan está morto, eu não tenho mais provas contra o meu inimigo.-Digo.

-Mas por que estão querendo te ver morta? Eu não entendo, não fez nada a ninguém.-Tom fala.

-Vim aqui para me casar com você e isso assusta os ingleses. Eu esperaria o nosso casamento para ter a chance do apoio de seu país...se eu tivesse alguma fé de que sobreviveria a sua mãe.-Digo e Tom muda a sua postura.

-Não...S/n...

-Eu não posso provar, se não tenho confirmação de um inimigo mas...

-Ela não tem motivo algum! Ela sabe que só me casarei com você se for certo para a Alemanha.-Tom fala.

-Eu também não consigo entender, mas os ingleses acham que tem alguma chance comigo morta, com a rainha da Alemanha como arma. E eu não posso Alemães aqui.-Digo calmamente.

TOM NARRANDO

Não deixo S/n falar mais nada e saio de lá furioso. Minha mãe nunca foi a pessoa mais fácil de lidar e S/n no fim sempre tinha razão. Não acho que minha mãe faria isso, então irei abordar ela como se já soubesse de algo.

-Por que está fazendo isso com S/n?-Entro em seu quarto.

-O que?-Ela me olha confusa.

-Você tem algo envolvido nesses acontecimentos a S/n não tem? Matou Jordan para que ele não falasse. Alguém de muito poder na corte francesa né?-Rio sarcasticamente.

-Filho, fiquei com medo.-Ela se faz de vítima.

-Medo? Medo de que?-Grito.

-Medo de perder a sua lealdade!-Ela grita.

-Você sabe que minha união com S/n não afetará em nada na minha lealdade a senhora!-Digo com raiva.

-Você acha que eu forcei muito?-Ela diz incrédula.

-Sim! A S/n veio aqui em boa fé e agora...

-Agora o que? Ela vai embora?-Minha mãe parece curiosa e feliz.

Logo me dou conta, conheço minha mãe muito bem para saber que ela tem dedo nisso.

-Foi você...S/n estava certa.-Digo negando com a cabeça.

Nunca achei que minha mãe faria isso, ela sempre disse do meu noivado com S/n e sempre pareceu feliz com isso.

-Se algo acontecer a S/n, qualquer coisa, eu suspeitarei de você! Sem nenhuma prova!-Falo furioso.

-Tom...

-E você vai me perder.-Digo e saio do quarto.

Procuro S/n por todos os cantos do castelo mas não a acho. Vou para o meu quarto e me deito, no fim, S/n estava certa. Como sempre.

...

Caminho pelo jardim observando o sol refletindo no imenso lago. Vejo a morena com um lindo vestido azul olhando as flores próxima ao lago cristalino. Caminho até ela em silêncio.

-Eu acredito em você.-Digo e ela me olha sem entender.

-O que?-S/n franze a testa.

-Sinto muito pelo o que passou, mas sua vida está segura aqui.-Passo segurança a ela.-Pelo menos da minha mãe.

-Como? Você disse a ela sobre as minhas suspeitas?

-Eu levantei a ela as minhas suspeitas, não as suas.-Digo.

-Tom, mesmo se avisar a sua mãe continua sendo algo perigoso, eu tenho mais inimigos do que pode contar.-Diz ela com medo.

-Você não veio aqui para isso?-Pergunto com um sorriso de lado fraco.

-E você deixou muito claro que não era aliado meu.-Ela fala firmemente.

-Eu estava errado. Eu estarei ao seu lado, contra inimigos visíveis e ocultos. Como um amigo.-Ela ri.

-Como um amigo?-Sorrio.-É o que somos agora?

-Bom, é um bom modo para começar.

-É, é um bom modo para começar.-Ela sorri.

-Então, não desista. Fique. Fique comigo.-Peço e ela me olha nos olhos.

Seu olhar é algo que eu passaria horas olhando, é tão brilhante. É como uma calmaria em um turbilhão de guerras.

Estendo minha mão para ela, ela olha e em seguida a pega sorrindo. Acho que estou me encantando por ela...

REING-Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora