9-Decisão

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S/N NARRANDO

-Por que viemos aqui?-Digo ao ver a gente no meio do nada.

-Eu vejo a sua luta aqui na Alemanha. Largada para resolver os seus problemas sozinha, eu jamais faria isso.

-O que quer dizer com isso?-Pergunto confusa.

-Case comigo, S/n. Eu não a farei esperar e terá o seu exército.-Diz Thomás me mostrando um anel de diamante.

-Thomás...

-Posso por o meu coração aos seus pés, e o meu país também.- Ele me assegura.

-Preciso de um tempo para pensar.-Digo.

-Certo. Pense com carinho e pense na Escócia também.

-Podemos voltar, por favor?-Pergunto.

-Claro!-Ele diz.

Que passeio mais confuso. Vou o caminho inteiro pensando se devo aceitar ou não. Minha aliança é com a Alemanha, meu coração é de Tom. Mas nada é recíproco nesse lugar. Devo colocar meu país acima de mim nesse momento, Thomás parece querer me ajudar mais do que Jorg. Pela primeira vez, estou perdida.

...

A festa acontece normalmente, pessoas dançando, outras comendo, outras conversando e umas bebendo.

-Você está linda.-Tom diz em meu ouvido.

-O rei ainda se recusa a enviar os homens que precisamos?-Pergunto e olho Tom.

-Eu já tentei o máximo possível.-Diz Tom decepcionado.

-Tudo bem. Sei que fez o máximo, obrigada.-Digo e saio andando.

-S/n!-Tom me chama mas eu o ignoro.

Me sento na mesa com Jessy, Emma e Julie.

-Nostradamus, soube que é vidente e consegue ver o futuro de pessoas em cartaz.-Diz Jorg.-Diga a sorte da rainha S/n e de suas damas.

-O que?-Franzo a testa.

Nostradamus vem até nossa mesa e mostra um bolo de cartas.

-Cada uma tire uma carta.-Diz ele.

Pegamos uma carta cada uma e ele logo às recolhe.

-A vida irá lhe dar muitos desafios, enfrentará eles com graça.-Ele diz a mim e sorrio.

-Isso não é muito específico, é o melhor que pode fazer?-Jorg diz.

Nostradamus fica me encarando nos olhos como se lesse minha alma, o que me assusta.

-O dragão irá combater o leão no campo de pápulas.-Diz ele e franzo a testa.

-O que?-Pergunto.

-Quando eu vou ver meus pais de novo?-Julie pergunta.

-Não voltará para casa.-Diz Nostradamus para ela.

-Músicos, música para dançar! Chega dessa bobagem!-Simone diz e os músicos voltam a tocar.

Me levanto e Tom vem em minha direção pegando em minha mão e me levando para o centro do salão. Começamos a dançar ao ritmo da música.

-Acredite, eu discuti com o meu pai sobre isso. Eu fiz tudo sensatamente.-Diz Tom.

-Então, talvez deva ser insensato.-Digo e Thomás se mete entre nós puxando minha mão.

-Mandei os músicos tocarem música do meu país.-Diz ele.

Tom parece confuso e olha para Bill que não entende também. A música portuguesa começa e Thomás começa a me guiar em uma dança meio sensual, com muito toque próximo ao meu rosto. Vejo Tom respirar fundo e desviar o olhar diversas vezes.

-Por que você não dança assim?-Bill diz a Tom mas eu ouço.

-Cale a boca.-Tom fala com o maxilar travado.

-Parece que as coisas são muito diferentes em Portugal.-Jorg diz.

Me separo de Thomás e saio do salão sem entender o que houve direito.

-Pode me explicar o que houve?-Tom diz com raiva.

Me viro e o vejo com os olhos avermelhados e o maxilar travado. Nunca o vi assim, não entendo o por que de estar assim, ele não gosta de mim. Respiro fundo e o olho.

-Thomás quer que eu me case com ele. Ele está sendo declarado legítimo.-Digo e Tom ajeita a postura.-Não é o que eu quero, mas as minhas opções são extremamente limitadas.-Digo com autoridade.

-Você não pode romper uma aliança!-Tom fala.

-Eu não quero. Eu não gosto disso mas achei um jeito. É o que a minha mãe vai querer...e o que o meu país precisa.-Digo e dou de costa.

Saio andando e deixo sair as lágrimas que tanto prendi durante esses três minutos de conversa. Não quero fazer isso mas como Tom mesmo disse, "o amor é irrelevante para pessoas como nós".

REING-Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora