8-Portugal

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S/N NARRANDO

-Os ingleses estão se agrupando na fronteira. Não é algo normal mas estão em menor número.-Meu emissário diz.

-Precisamos atacar com tudo.-Digo.-Nossa aliada mais forte é a Alemanha. O rei Jorg irá nos ajudar.

-Já foi pedido mas ele não deu uma resposta.-Diz ele.

-Pois então eu mesma irei pedir.-Digo.-Licença.

Me retiro da sala e vou até a sala do mapa, vejo Jorg e Tom.

-Imagino pelo que veio aqui.-Jorg diz e ajeito minha postura.-Eu e Tom estávamos discutindo essa coisa da Escócia. Você tem a minha solidariedade.-Ele fica na minha frente.

-Sua majestade não está aqui só para pedir sua solidariedade, pai.-Tom diz um pouco mais atrás dele.

-É claro. Estamos mandando carroças, suprimentos...

-Suprimentos são inúteis sem homens! Se nossas posições fossem invertidas, a Escócia ajudaria!-Digo me irritando.

Preciso de soldados não de suprimentos!

-Eu lamento. Não poderemos mandar.-Jorg se aproxima mais.-Espero lhe ver a noite, nas festas.-Ele pega minha mão e a beija.

-Eu espero que o senhor entenda a posição que está nos deixando.-Puxo minha mão e saio.

Do que adianta uma aliança se só um lado está disposto a ajudar o outro? É como em um relacionamento, não dá para estar junto se só um lado luta pela relação.

TOM NARRANDO

-Ela só pediu seis companhias!-Digo a meu pai.

-E se perdemos essas companhias? A fronteira escocesa é uma areia movediça, sabe disso. Uma moça bonita não muda esse fato, mesmo ela sendo a sua noiva e a rainha deles.-Meu pai fala com autoridade.

Respiro fundo com raiva e saio da sala indo atrás de S/n. A vejo no corredor andando.

-S/n.-Corro em sua direção mas ela continua andando.-A situação política está complicada.

-Complicada!?-Ela diz alterada ainda andando.-Pessoas vão morrer!-Ela para e vira para mim.

-Concordo com você! Eu acho que a Alemanha deve ajudar a Escócia nisso. Um dia, se as coisas se saírem bem, vamos governar a Alemanha e a Escócia juntos. Devemos apenas esperar.-Digo.

-Estou cansada de esperar. Se não temos nenhum poder, devemos achar um jeito de ter algum.-Diz ela.-com licença.

-S/n...-Ela sai andando.

S/N NARRANDO

Passo a noite toda pensando em como conseguir novas companhias para mandar a fronteira. Não penso em nada, minha única aliada é a Alemanha, bom, deveria ser.

-Eu não consigo.-Diz a menina tentando subir na árvore.

-Precisam de ajuda?-Pergunto.

-Majestade?-A outra menina diz surpresa e ambas se curvam.

-Não precisam disso, por favor.-Digo sorrindo.

-Não conseguimos pegar nossa bola, ela foi parar lá em cima.-Diz a mais nova.

-Ah, tudo bem, posso pegar para vocês.

Quando pequena eu e Tom vivíamos subindo nas árvores para pegar as maçãs. Escalo a árvore e acabo deixando leves corte em meu vestido, pego a bola e joga para as meninas.

-Muito obrigada!-A mais velha diz.-Precisa de ajuda para descer?

-Não, podem ir.-Rio.

Elas saem correndo e eu penso em como descer dali, quando eu era menor era mais simples. Não havia tanto pano nos vestidos.

-S/n?-Vejo Jessy e um homem ao seu lado rindo.

-Ah, oi.-Digo rindo.

-Esse é Thomás, futuro rei de Portugal.-Diz Jessy.

-Sempre passeia em árvores, majestade?-Ele brinca.

-Eu subi aqui para pegar a bola de umas meninas. Mas...

Antes que eu pudesse terminar de falar, me desequilibro e caio em cima de Thomás. Jessy me ajuda a levantar e em seguida ele se levanta.

-Eu sinto muito.-Digo envergonhada.

-Tudo bem.-Ele ri.-Estou acostumado a rainhas caindo de árvores em mim.

Thomás brinca e rimos. Vejo um guarda se aproximando e logo diz:

-Thomás, seu aposento está pronto.

-Certo. Mais tarde eu vejo vocês.-Ele diz se curvando para mim e se retira.

Eu e Jessy caminhamos pelo jardim enquanto conversamos.

-Você disse que Thomas veio de Portugal, certo?

-Sim. Veio negociar algo de comércio. Acho que comprar madeira para navios.-Jessy diz.

-Faz sentido, navios de exploração para novo mundo...-Digo.-Acho que posso negociar algo com ele...-Sorrio.

Mais tarde o vejo no corredor e o chamo.

-Majestade.-Ele se curva.

-Veio comprar madeira para navios né?-Sou direta.

-Sim.

-Sabe que na Escócia também temos madeiras né? De ótimas qualidades. O que quero dizer é que seja qual for o acordo que fez com o rei Jorg, farei melhor. Se nos enviar homens em vez de dinheiro.-Digo.

-Uau, você é bem objetiva. Mas A Alemanha não está lhe ajudando?-Pergunta ele.

-Não posso entrar em detalhes, mas a Escócia precisa de mais companhias na fronteira, ou inocentes iram morrer.-Digo.

-Me encontre daqui a meia hora na saída do castelo, lhe darei uma resposta.-Diz Thomás e se retira.

Mas o que?

...

-Ele quer te encontrar para lhe responder?-Jessy diz fechando o meu vestido.

-Pois é.-Digo.-Ainda não entendi.

-Não tem como. Era só dizer se aceitava ou não.-Ela põe a capa em mim por conta do frio. -Pronto, pode ir.

-Me deseje sorte.-Sorrio.

-Estarei torcendo pelo nosso país.

Vou em direção a saída do castelo onde marquei com Thomás.

-Onde vai?-Olho para trás vendo Bill.

-Me encontrar com Thomás.

-E meu irmão? Sabe disso?-Ele franze a testa.

-Não, não conte a ele ainda. Por favor.-Peço.

-Cuidado.-Bill diz e eu assinto.

Continuo meu caminho e logo vejo Thomás perto da carruagem.

-Vamos?-Ele estende a mão e eu franzo a testa.

-A onde vamos?-Pergunto.

-Conversar sobre negócios.-Diz ele.

Pego em sua mão e subo na carruagem, querendo ou não os guardas são da Alemanha, se Thomás tentar algo eu estarei sobre proteção.

REING-Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora