14. Te esperei por tempo demais♡

221 30 12
                                    

OII 

Espero que gostem 

votem e comentem

Com flores ensanguentadas em sua mão, Phuwin não sabia a aonde ir.

Estava perdido entre lágrimas e flores mortas, e agora não sabia um caminho para sair dali.

Já havia rodado todos os quarteirões de seu bairro, passado por cada casa, visto famílias brincando no quintal e cachorros solitários nas ruas de um domingo apropriadamente silencioso.

O garoto não sabia que horas era quando chegou a pequena praça, não tinha muito o que fazer ali, a não ser um balanço velho e enferrujado. Ali ficou por talvez uma hora, sentado se balançando, com seus chinelos de dedo ameaçando cair de seu pé.

Ele sempre soube que sua mãe não seria nenhum pouco gentil. Na verdade, nunca imaginou como seria contar a ela, ou se contaria realmente. Não sabia ao menos se seu admirador secreto um dia apareceria, quem dirá saber como lo apresenta a ela.

Mas sua reação ultrapassou qualquer mínimo sentimento de esperança em que Phuwin já se agarrou.

Os girassóis em suas mãos agora já aviam perdido toda sua vida, estavam muchas, com pétalas perdidas e rasgadas, manchadas.

Ele poderia atravessar a rua, direto na floricultura que costumava ir e pedir para dona Flora as seca-las, mantendo a única coisa que sobrou dele viva. Ou poderia as jogar no lixo, e seguir em frente, como deveria ter feito a anos atrás.

Seu peito se fecha diante do pensamento de um momento da sua vida, onde não tivesse aquelas flores com ele. Onde não tivesse aquele apoio silencioso.

Sua cabeça ia de uma linha de raciocínio a outro, sem protesto, sem se preocupar em esquecer do que estava pensando.

Em meio a devaneios, olhando as vitrines de roupas caras e sorveterias, seus olhos passam pela floricultura, e ali ele vê, Pond.

Seus pés logo estão colados ao chão, andando em direção ao garoto desajeitado, com pequenas esperanças, de algo verdadeiro.

" Melhor alguém que eu sei que existe, do que uma imaginação."

Na porta, sua mão trava a maçaneta, ele falaria o que para Pond? Que foi um erro deixa-lo plantado naquele quarto enquanto fugia para os braços imaginários de um garoto que não conhecia?

Se virando, deixando o Real fugir, ele foi em direção sua casa.

Porque pela primeira vez, ouviria sua mente e não seu coração impulsivo.

*

Não queria entrar em casa, não queria saber se Dunk estava em casa esse tempo todo e não o protegeu, não queria ver a cara de desgosto de sua mãe, não queria ver seu quarto destruído, ou pior, sem flores.

Havia se acostumado com flores enfeitando cada cantinho dele, as paredes floridas agora serão apenas paredes brancas.

As luzes dos postes das ruas, se acendiam um a um, a lua começava aparecer, e ele estava ali. Sua barriga agora roncava, não se lembrava se havia comido ou não, não se lembrava de nada, queria não se lembrar de nada.

Seu quintal era grande, tinha um lindo gramado, sempre bem aparado, e cerca de madeira baixa, era sua casa que escolhiam fazer festas de família, era ali que havia corrido quando criança, em brincadeiras com seus primos. E era ali que choraria, mesmo não conseguindo não sentir nada.

Casa 218 ♡PondPhuwin♡Onde histórias criam vida. Descubra agora