Casa 218 ♡PondPhuwin♡

16.Quando te olho vejo coisas♡

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 Phuwin havia perdido a noção do tempo enquanto se deitava com Pond no chão de uma biblioteca, na qual não poderiam estar.

 Mas ainda sim, não se importava em voltar tarde para casa, ninguém perceberia seu sumiço.

 Se Dunk não fez questão de sair de seu quarto enquanto sua mãe lhe machucava, porque o procuraria no meio da noite?

 *

 Seu relógio marcava que já se passava das duas da madrugada quando se jogou na cama, já procurando o contato de Joong, e esperava que ele fosse atender.

 Já no terceiro toque, suas esperanças de contar tudo para seu amigo se desfazia. Prestes a desligar escutou a voz rouca de Joong:

 — Espero que valha a pena te atender a essas horas.

 — Eu beijei o Pond. — Seu sorriso não se continha em seu rosto.

 — Jura? — Joong debocha -Nem imaginava.

 Phuwin suspira, não se deixando abalar.

 — Foi quase... mágico.

 — Eu imagino mesmo, mas sabe que seria mágico mesmo? — O garoto dá, uma pausa. — Olha eu sei que vocês agora estão saindo, mas, você já pensou o que vai fazer?

 — Como assim? — Phuwin se enfiou em baixo das cobertas quentes.

 — Vai contar para seu irmão?

Sua voz sai mais ríspida do que desejava.

 — Não.

 — Sua mãe?

 — Porque isso agora? — Um nó em sua garganta se formava. — Não tenho a obrigação de contar. Dunk, por exemplo, claramente está saindo com alguém, me contou? Não.

 Joong fica em completo silêncio do outro lado da linha por um tempo antes de dizer:

 -Acho que vou dormir. — E sem se despedir ele desliga, deixando Phuwin com o coração apertado, desejando Pond ali.

*

 Seu despertador tocou naquela manhã, o lembrando da realidade: ele tinha obrigações.

 Ao se olhar no espelho, de primeira já percebera suas olheiras enorme em baixo de seus olhos, e sabia que seria um longo dia de puro cansaço, que ele lidaria com uma bela xicara de café, o que não esperava era que Dunk estaria na cozinha com a garrafa de café nas mãos, se servindo.

 Seus olhares se cruzaram, Dunk nem por um segundo desviou o olhar, como se soubesse de tudo e um pouco mais, mas Phuwin não se deixou afetar, ficou parado na soleira da porta esperando Dunk soltar a garrafa para enfim se servir.

 Ali ficou, os dois encostados na pia, sem se olhar, sem dizer uma palavra bebericando o café.

 Phuwin não queria falar com Dunk, mas se não falasse, não sabia se conseguiria perguntar no futuro sobre o que tanto queria saber. O garoto abre a boca apenas o suficiente para Dunk deixar sua xícara pela metade em cima da pia e sair andando para fora da cozinha sem dizer nada.

 *

 Win havia chamado Phuwin para almoçarem juntos, como sempre faziam depois da aula. Mas naquele dia o garoto tinha planos para seu almoço, que não envolvia Winny — pela primeira vez.

*

 Phuwin se esquivava de alunos, pisava em seus pés e si libava desculpas enquanto corria pelo campus, já atrasado para se encontrar com Pond em seu restaurante favorito, aquele que sempre ia com Dunk e seus pais.