OII
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O garoto não se importava se estava prestes a jogar todas suas flores no lixo.Porque sabia que agora poderia repor cada uma ali, mas dessa vez seria entregue em suas mãos.
Todas as tulipas, rosas, margaridas e girassóis jogadas entre cacos de vidro, agora já não doía se ver. Phuwin achou que quando chegasse o momento de joga-las fora, ele choraria, ele sentiria dor. E talvez se ele estivesse juntando as pétalas algumas horas atrás, ele choraria. Mas naquele momento, ele se sentia leve e amado, mais amado do que já se sentiu antes.
Mesmo com mentiras e segredos, ele se sentia amado, e sentia poder se deixar amar alguém.
*
Sairão de seu quarto muitos sacos, a caçamba de lixo no final da rua já não suportava tanto, mas ainda faltavam algumas para ser levadas.
*
Suas bochechas já doíam de tanto sorrir como bobo, mas ainda sim, não conseguia parar, até a porta do quarto de sua mãe abrir bruscamente, e Chaya parar em posição de autoridade, sem expressão alguma.
Sua voz expressava muito menos do que seu rosto:
— O que está fazendo?
A voz de Phuwin foi no mesmo tom, mas com um pouco mais de indiferença, como se falar com sua mãe depois da briga, fosse como conversar com uma porta sem vida.
— Limpando a bagunça. — Se pôs a andar, mas sua mãe continuou.
— Não quero mais flores passando por aquela porta. — Pigarreou -Por favor.
O filho se virou para mãe por um segundo, e uma risada curta e surpresa saiu de sua garganta. Pensou em muitas coisas para se dizer, poderia gritar, poderia sussurrar, poderia dizer coisas horríveis, mas nada seria mais horrível do que o coração de Chaya.
Então ficou quieto.
Porque era o que filhos obedientes faziam.
Porque era o que filhos cansados faziam.
*
Phuwin se jogava na cama, cansado de tanto juntar, limpar, passar pano e se cortar com pequenos vidros.
No telefone, a chamada com Joong tocava.
— Eu te odeio. — Mesmo com a fala, sua risada mostrava o contrário.
— Era segredo. — Joong dizia com um farfalhar no fundo, como se tivesse se ajeitando na cama, possível que Phuwin o tenha acordado com a ligação.
— Você poderia sei lá, ter me dito coisas legais quando era literalmente chorava no seu colo.
— Não fui gentil, mas eu poderia acabar dando com a língua nos dentes. — Seu sorriso era transmitido pela voz.
Phuwin brincava com um fio solto de seu cobertor. Pensando nas mil perguntas que queria fazer e não tinha coragem.
— Todas às vezes que não deu certo de eu descobrir quem era ele. — Sua voz trava. — Foi você?
— Bom. Fui eu quem contou existir uma porta dos fundos.
— Eu te odeio muito.
— E ainda sim, está falando comigo.
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Casa 218 ♡PondPhuwin♡
Fiksi PenggemarTodos os dias desde seu aniversário de 16 anos, Phuwin recebe flores e presentes deixados em sua porta, sem nunca saber quem é. 3 anos depois, ainda lidando com o divórcio de seus pais e os novos namorados de sua mãe, ele não desiste de saber quem...