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— Bom dia, senhor Lee! - Disse jisung assim que entrou na sala. Estava um pouco desconfiado, mas ainda sim aliviado de ter sido chamado. Minho parecia estranho e talvez um pouco desesperado para lhe ver. Isso era bom, significava que o plano estava dando certo, pelo menos era isso que achava. — Qual é o grande problema? Eu tenho certeza de que assinei tudo certinho.

— Bom dia. Senta aí - apontou a cadeira a sua frente e apoiou os cotovelos sobre a mesa com uma expressão séria. Jisung quis morrer naquela hora, era vergonhoso como seu corpo reagia à presença daquele homem. — O problema é você, o que pensa que está fazendo?

— Eu? Como assim? Não estou fazendo nada - Droga, ele descobriu tudo né? Já era.

— Percebi que anda me evitando.

— Não fiz isso… - O que está acontecendo aqui? - jisung pensava. A um segundo atrás, pensava que o Lee havia descoberto tudo e agora estava querendo o encurralar, mas agora parecia que ele estava desesperado ou algo do tipo, seu olhar, mesmo incisivo como sempre, tinha uma coisa diferente…preocupação…ele estava mesmo preocupado com aquilo? Queria sua atenção?.

— Tem certeza Han?  Eu notei a pressa que estava ontem, nem quis conversar comigo e estava falando de um jeito diferente. Fiz algo que te magoou?

Talvez aquele fosse o momento perfeito para retomar o controle da situação e é exatamente isso que faria. — O senhor me ofendeu. Não é porque não temos nenhum laço emocional, que você tem o direito de me tratar como uma prostituta.  Você achou mesmo que era uma boa ideia,  deixar uma "gorjeta" para mim depois de uma transa, e eu ainda iria ficar bem com isso? – Jisung usou seus melhores olhinhos magoados e brilhantes. essa cena era necessária para que seu teatro funcionasse bem.

— Para quê tanto drama? Eu só deixei dinheiro para o seu táxi, e ponto, eu não quis insinuar nada. Acho que seu pensamento fala mais sobre você do que sobre mim.

Pela primeira vez, Han ficou sem palavras. Ele já tinha noção que Minho era frio, mas não dessa forma. Se fosse qualquer outro que Jisung já havia aplicado o seu golpe, o cara estaria ao seus pés implorando por seu perdão, mas Lee Know parecia simplesmente não se afetar com nada, ele era imprevisível.

— Ok, você literalmente acabou de,  indiretamente, me chamar de prostituto e dramático. Eu acho que foi um erro eu ter vindo aqui. - se virou para sair da sala, mas foi impedido antes que chegasse até a porta. Minho agarrou seu braço, impedindo que saísse.

— Qual é gatinho, não precisa de tanto drama. Vamos resolver as coisas de forma mais simples para todos, sem criar uma atmosfera chata e desnecessária. – o empurrou contra a parede mais próxima e apoiou as mãos na altura de sua cabeça. — Vamos simplificar as coisas: Eu gostei de ficar com você, você gostou de ficar comigo, então temos duas saídas simples aqui, um: ficamos nessa de "foi bom, mas foi apenas uma vez", ou dois: paramos de "bla, bla, bla" e nos pegamos até ficarmos satisfeitos. Então o quê me diz? - seu tom era baixo, sua voz mais grave fez o corpo de Jisung arrepiar. — Eu escolheria a segunda opção se fosse você. Sabe?  não é todo dia que estou tão disposto a manter algo assim com alguém. – deixou um beijo no pescoço de Jisung.

Porra… – sussurrou em apenas um fio de voz.

Minsung - Os gatos vêm primeiro Onde histórias criam vida. Descubra agora