CAPÍTULO 6 – DIA 4
Hermione aventurou-se relutantemente a sair de seu quarto no quarto dia, mas pela primeira vez Malfoy não estava em lugar nenhum. Aproveitando alegremente a pausa, ela rapidamente pegou um punhado de pó de flu e se ajoelhou em frente à lareira. As chamas rugiram ao redor de sua cabeça enquanto ela chamava pela Toca, mas demorou apenas alguns segundos para que Molly aparecesse diante dela.
- Hermione! - ela chamou surpresa. - Está tudo bem, querida? - sua expressão cuidadosa deixou Hermione saber que pelo menos um dos irmãos Weasley havia mencionado o comportamento estranho de Hermione no dia anterior.
- Tudo bem - Hermione respondeu, sua voz tensa. - Eu só queria perguntar a Rony se ele poderia voltar hoje. Achei que não haveria ninguém em Grimmauld.
- Não, claro - Molly disse com um aceno de cabeça. - Eles estarão no trabalho também. Sim, contarei a Rony quando ele chegar em casa e pedirei que ele me passe a mensagem.
- Obrigado, Molly.
A outra mulher deu-lhe um sorriso caloroso, mas Hermione podia ver a preocupação escrita em cada linha do rosto de Molly.
- Tem certeza de que está bem, querida?
Hermione assentiu fracamente, mas Molly continuou.
- É perfeitamente compreensível se você estiver chateada. Se houver algo que possamos fazer...
- Não - Hermione interrompeu. - Quero dizer, obrigada - acrescentou ela para encobrir sua grosseria. - Mas não, eu só preciso falar com os outros, e isso... não há nada...
A hesitação em sua voz estava se intensificando a cada segundo que Molly passava lançando aquele olhar maternal e extremamente compassivo para ela, e Hermione balançou a cabeça para transmitir o que suas palavras não conseguiam. Então ela ouviu o som da porta de Malfoy se abrindo no andar de cima.
- Eu tenho que ir - ela disse rapidamente. - Obrigado, Molly.
- É claro querida...
Hermione se levantou antes que a palavra fosse pronunciada, correndo para o lado da escada e se escondendo ao lado delas como uma criança enquanto Malfoy descia. Ela só podia esperar que ele seguisse para a cozinha quando chegasse ao fim. Se ele se virasse para a sala de estar e a visse...
Mas desta vez ela evitaria a morte certa por mortificação. Assim que ouviu o som de um armário da cozinha se abrindo, ela subiu correndo as escadas e resolveu esperar em seu quarto até que o caminho ficasse limpo.
*****
Naquela noite, o som de vozes lá embaixo despertou Hermione de sua leitura. Ela deu um pulo, esquecendo que seus amigos passariam pelo flu. Ela desejou ter dito a Molly para fazê-los aparatar diretamente em seu quarto, mas com toda a honestidade, esse pedido pouco teria feito para convencer a matriarca Weasley de que estava tudo bem,como Hermione havia sugerido tão veementemente.
Ela rapidamente destrancou a porta e enfiou a cabeça no corredor.
- Aqui em cima, por favor! - ela gritou.
Depois de um momento, ela ouviu três pares de pés na escada e recuou, deixando a porta entreaberta. Rony a abriu, Harry e Gina seguindo atrás. Assim que cruzaram a soleira, Hermione correu para fechar e trancar a porta novamente, adicionando um feitiço silenciador para garantir.
- Bem, eu perguntaria como você está, - Rony começou, com as sobrancelhas levantadas diante da paranoia dela. - mas mamãe já nos disse que você está bem.
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Dez de Dez - TRADUÇÃO
Fanfiction- Em uma escala de um a dez, quão confortável você diria que está comigo fisicamente? - ela perguntou. - Zero. Os lábios de Hermione franziram em aborrecimento porque ela realmente deveria ter previsto isso. Que encantador que a extensão de sua i...