Blind To The Facts Versão SIMORAYA

Capítulo 17 - Monster From Hell

⚠️Gatilho [Morte, depressão, abandono, extrema violência... (calma)]

P.O.V NARRADOR

  "- Não, Não!" Simone murmura com a voz embargada, Soraya tentava não encarar o pavor nos olhos da garota e as lágrimas que molhavam todo seu belo rosto enquanto ela usava seu corpo forte para tentar segurar a porta dos chutes que estavam sendo dados por alguém que queria quebrá-la. Por pouco tempo isto dura, até a porta ser arrombada e Soraya cair com tudo no chão, rápido o suficiente para não dar tempo de se usar as mãos como reflexo. "- SORAYA!" Simone grita ao ver a menina machucada no chão, mas em um instante aquilo deixou de ser a maior das prioridades, quando Eduardo entrou no quarto junto de um homem mais velho armado.

  "- Ora, ora. Cheguei bem na hora da merenda." O garoto se aproxima de Simone com a voz mais sínica do mundo e um tom irônico que sempre fez Simone se irritar profundamente.

  "- Como...?" A mulher o encara perplexa, mesmo com a mente acelerada nenhum de seus pensamentos foram coerentes ao tentar encontrar uma justificativa para isto.

  "- Se eu fui capaz de mandar espancarem a sua namoradinha, acha que eu não conseguiria vir para cá ilegalmente?" Ele se aproximava cada vez mais de Simone, e ela dava um passo para trás a cada passo que ele dava para frente.

  "- Você se acha muito por isso, né?" Soraya murmura e assim Simone percebe que com a situação de Eduardo ela havia esquecido da garota. "- É tão fracassado que se acha o maioral por ter acontecido algo que nem foi você mesmo que fez." Diferente de Simone, Soraya se aproximava de Eduardo. "- Realmente deve ser uma merda ser você, seu desgraçado." A fúria de Eduardo começa a subir e as consequências surgem junto.

  "- Segura ela." O homem mais velho que o acompanhava recebe a ordem e segura Soraya pelos braços, aquilo parecia realmente um ataque, a diferença de força entre o cara e a garota era extrema mesmo que ela seja consideravelmente forte.

  "- NÃO, EDUARDO!!!" Simone grita quando vê o garoto tirando um taco de baseball da mochila e indo na direção de Soraya, a adrenalina da garota foi tanta que ela teve o impulso de pular em cima do moreno; porém ainda assim ele conseguiu derrubá-la no chão e juntar todas as suas forças para bater com o taco na cabeça de Simone.

Soraya dá um grito de pavor quando vê a mulher caída no chão com a cabeça ensanguentada. "- Eduardo, por favor!!" Ela implora para ele já rendida, com a cabeça a mil e o corpo inteiro tremendo. "- Solte ela, Beto." Novamente o homem faz o que ele manda, mas Soraya ficou parada em vez de fugir imediatamente. "- Você e a Simone agora vão finalmente pagar...pagar por cada mensagem de ódio que eu recebi todos os dias, por cada amigo que eu perdi graças a vocês, POR TUDO!!" Ele fala e dá um grito na cara de Soraya no final. "- Atira nela, Beto."

2 DIAS DEPOIS (calma)

Gabriel chorava ao encarar suas mãos trêmulas e molhadas no banho; enquanto ouvia o choro de Alok no quarto e não tinha coragem de sair da banheira para resolver. "- Eu não aguento mais!" Ele murmura com a voz chorosa e fica em posição fetal, sentado ao sentir as gotas geladas atingirem os machucados em suas costas causados pela agressão sofrida anteriormente.

Depois de um tempo, mesmo com dificuldades ele reúne forças para se levantar e sair de lá. O garoto põe um terno preto, em seguida dá um banho no irmão e põe nele uma roupa parecida com a sua. "- Ah, meu amor... você não merece nada disso" ele fala encarando o menininho com os olhos marejados, enquanto Alok o olhava com inocência na face.

  Os dois saem de casa, Gabriel põe Alok na cadeirinha e depois começa a dirigir em direção ao velório. Foi um caminho inteiramente quieto e desconfortável, a sonoridade à todo tempo foi o som da chuva no asfalto e no teto do carro e as fungadas de Gabriel quando ele se impede de chorar.