8 - Capítulos ( Revisado)

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                                Laura

Passo pela portaria em direção ao elevador e cumprimento o zelador que estava ocupado mexendo no celular, deve ter acontecido alguma coisa já que o mesmo não e de fazer essas coisas em horário de trabalho.

De alguma forma o abraço de Kayo me acalmou, me fazendo esquecer por pelo menos alguns minutos, oque tinha acontecido.

Seus olhos vindo de encontro com o meu, expressando preocupação e carinho, fez meu coração acelerar de tal forma que pensei que o mesmo poderia ouvir. Seu abraço caloroso me transmitiu a seguranças que eu estava precisando.

Desperto dos meus pensamentos, quando o elevador abre a porta indicando que cheguei no meu andar.

Saio do mesmo, indo em direção ao meu apartamento e assim que me aproximo percebo que tem uma pequena caixa de papel em frente a porta.

Me abaixo e pego a mesma, curiosa observo por todos os lado e meu nome está escrito como remetente. Como Ester está viajando pode ter mandando algum presente para mim, de onde ela está.

Seguro a pequena caixa enquanto pego a chave do meu bolso e abro a porta.

Não acredito que esqueci minhas vasilhas na casa da Dona Elena, agora só vou pegar outro dia. Penso, fechando a porta em seguida.

— Oque será que em dentro disso? — Pergunto ansiosa, me sentando no sofá.

Coloco a bolsa no lado e abro a caixa com cuidado para não estragar nada. Em dentro da mesma tem uma câmera nova em folha e um bilhete.

Ester se superou no presente dessa vez, vou já mandar meu agradecimento a ela, visto que teve tanto carinho por mim.

"Querida, Laura. Espero que goste do presente, foi escolhido pensando especialmente em você. Já que sei que gosta de fotografias, tem algumas fotos nessa câmera para você. "

O estranho e que ela esqueceu de colocar a assinatura dela, mas como deve está sendo uma correria para a mesma, entendo seu esquecimento. Sem falar no nervosismo de não saber se está grávida ou não.

Ligo a mesma e procuro a área das fotos, só que algo está errado. Porque em vez de fotos da paisagem em Fernando de Noronha, tem fotos minhas trabalhando, perto da janela do apartamento e nos restaurantes.

Meu coração começa acelerar, sinto minhas mãos tremerem e a derrubo no chão. Meus olhos lacrimejam e sinto minhas forças indo embora. Por que não consigo ter uma vida normal? Será possível que nunca terei justiça e sempre serei atormentada por esse ser maldoso.

Deus, tem misericórdia de mim, não vou conseguir. Estou cansada, já lutei com tudo oque tinha e mais uma vez ele voltou, por favor me ajude. Tentei acabar com isso pela justiça, mas falhou. Me sustente em suas mãos, me guarde em seu esconderijo e livra-me contra todo mau. Em nome de Jesus.

Depois de uns dez minutos, consigo me acalmar e isso foi um recorde, lembro que as crises anteriores que tive no passado eram incontroláveis e eu precisava sempre que alguém estivesse comigo para me ajudar.

Pego minha bolsa, me levanto do sofá e sigo em direção ao meu quarto, abro a porta e a jogo em cima da cama.

Entro, no banheiro e tiro minhas roupas, as colocando no cesto. Ligo o chuveiro e permito que a água lave meu corpo. Para evitar que as lembranças ruins tomem de conta da minha mente, começo a conversar com o Senhor e conta sobre como foi meu dia, enquanto lavo meus cabelos.

Me enrolo na toalha, caminho até o guarda-roupa e o abro, observo cada peça. Desde camisas, calças, saias e vestidos, procurando um que eu possa usar essa noite.

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