QUARENTA

154 24 4
                                    

Lore

Melanie torceu o braço do barbudo que teve coragem de atacá-la. Ela quebrou a mão do homem, girando lentamente enquanto brincava com a dor. Seu rosto sinistro parecia sádico. A mulher levantou sua faca, rodopiando e se abaixando logo depois, enfiando a lâmina no meio das pernas do cara e subindo, rasgando suas bolas e cortando seu pau no meio.

Pressionei os lábios, assistindo a cena. O sangue escorrendo pelas pernas do cara barbudo e sujando o piso branco do corredor da lavanderia. Eu estava dentro de um duto de ar. O lugar era um pouco apertado, mas eu conseguia engatinhar tranquilamente. Assim que vimos esse homem parar e olhar para cima enquanto andava pelo corredor, Melanie psicótica abriu a entrada de metal do duto que estava e desceu lentamente, caindo em cima do homem e fazendo essa arte que acabou de fazer.

Bonnie, atrás de mim, soltou um suspiro entediado e tocou no meu pé, pedindo que eu continuasse. Chloe em minha frente.

Elas eram irmãs. Bonnie é quatro anos mais velha que a Melanie. Ela parecia ser muito mais racional e calma, enquanto a outra era barulhenta e psicopata.

Por mais que ela me deixe um pouco assustada com sua bizarrice e sangue frio, eu gostava de como ela fazia as coisas.

— Mel, que droga! — a outra reclamou, mesmo sabendo que a irmã não ouviria. — Garota estúpida!

— Essa garota é doida pra caralho. — Wilson murmurou.

Continuei engatinhando, passando pelo duto e olhando para as salas nas aberturas que passávamos.

— Lore, preciso descer. — Bonnie disse.

Franzi a testa, olhando por cima do ombro.

— Preciso dar um jeito nela. — acenou com o queixo. Seu cabelo castanho balançou.

Apertei os dentes, abrindo outra entrada e me ajeitando para passar por ela. Agarrei o metal, ficando pendurada enquanto minhas pernas sacudiam. Pulei, meus pés chocando no chão e meu corpo equilibrando. Olhei ao redor, com as mãos nas costas, tirando minhas duas facas de lá.

Melanie ainda torturava o homem. Sua lâmina pressionando o pau já fodido do cara no chão. Seus fios brancos estavam presos em um coque baixo. Melanie e Bonnie eram filhas do mesmo pai com mulheres diferentes, e a mais nova tinha o cabelo da sua mãe. Branco acinzentado.

— Melanie, chega! — Bonnie disse, andando em direção e segurando o braço da irmã.

— Ele me chamou de cadela vagabunda. — a outra se defendeu.

— Eu acho que ele já teve o que merecia. — a mais velha falou. — Olhe! — exclamou. — Ele está segurando seu pau destruído como um animal medroso.

— Belo trabalho em deixar rastros. — Chloe comentou, sua mão segurando sua arma.

Melanie sorriu largo e deu de ombros, mas antes de tudo, enfiou a faca na garganta dele, matando-o.

— Ótimo. — falei. — Temos que ir. — suspirei impaciente. — Você fez um bom trabalho sujando tudo e avisando que tem intrusos aqui.

— O quê? — Melanie me olhou. — Eu deveria deixar que ele nos visse e compartilhasse a notícia com os amiguinhos?

— Você teve a opção de apenas colocá-lo para dormir. Poderíamos escondê-lo, — rebati. — Mas como vamos esconder o corpo se esse lixo está jorrando sangue?

— Quer mesmo fazer isso aqui? — ela sorriu e levantou sua faca. — Não gosto de ser contrariada.

— Deveria se acostumar. — provoquei. — Duvido que você recebe elogios frequentemente.

O RECOMEÇOOnde histórias criam vida. Descubra agora