𝙲𝙰𝙿Í𝚃𝚄𝙻𝙾:02

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17 de janeiro de 2023 | São Paulo - BR

Eu continuava hospedada na casa de Luciano e acredito que ele já esteja de saco cheio de ver a minha cara todos os dias.

Estou aproveitando muito esse tempo com as minhas sobrinhas e nós já fizemos de tudo que é possível.

Neste momento estamos todos sentados tomando café da manhã e o Luciano já estava pronto para mais um dia de treino.

Você sabe perfeitamente bem que vai arrasar nesse jogo - Digo.

Não sei, acho que vou ficar no banco - Ele diz cabisbaixo.

Acho que não - Sorrio.

Vai dar tudo certo, amor - Lorena diz pegando na mão dele.

Espero - Ele bufa.

Luciano saiu para treinar após se despedir de nós e eu fiquei bem pensativa, estava achando o meu irmão muito desanimado.

Está pensando em que, Mavi? - Lorena pergunta.

No Luciano, queria saber o que está acontecendo - Digo

Ele está com medo de perder espaço no time - Lorena diz.

O que? Isso é praticamente impossível - Nego.

Tento dizer isso a ele, mas não me escuta - Lorena diz.

É complicado - Respondo.

- Um tempo depois -

Estávamos todas esparramadas pelo sofá e decidimos que seria um ótimo dia para usar a piscina e tomar sol, ideia minha, obviamente.

Não me preparei para essa situação, então a Lorena me emprestou um biquíni dela, era todo preto. Eu coloquei um shorts jeans por cima e coloquei um óculos.

Fui caminhando até o lado de fora e as meninas já estavam na parte rasa da piscina se divertindo horrores, a Lorena estava passando protetor solar enquanto estava sentada na espreguiçadeira.

Eu me sentei na espreguiçadeira ao lado da dela e fui passando o protetor também, depois peguei uma cerveja de garrafa que ela me deu. Ela também estava bebendo.

Eu estou sentindo que você está estranha - Lorena diz.

Tô me sentindo muito sozinha, Lo - Digo.

E por que você não sai pra se divertir? - Ela pergunta.

É complicado - Nego com a cabeça.

Mas se quiser conhecer novas pessoas, precisa sair - Ela diz.

Não me sinto bem, é assustador o fato de não conseguir confiar em nenhum homem - Bufo.

Eu entendo, Mavi. Nunca sabemos o que se passa na cabeça deles - Ela diz.

É sobre isso, não dá pra saber. Esse é o meu medo - Digo.

O amor vai chegar pra você - Ela diz.

Eu acreditava nisso quando tinha oito anos, agora já estou velha - Rio.

Para com isso - Ela ri.

Tá há quanto tempo sem ficar com ninguém? - Ela pergunta.

Calma aí que a conta é longa - Digo e uso os meus dedos para fazer a contagem.

Quase cinco anos - Digo.

Cinco anos? - Ela questiona surpresa.

Sim, se lembra que a última vez que eu fiquei com alguém eu não tive uma experiência muito boa? - Pergunto.

𝙰𝙿𝙴𝙽𝙰𝚂 𝚄𝙼 𝚂𝙾𝚁𝚁𝙸𝚂𝙾 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora