𝙲𝙰𝙿Í𝚃𝚄𝙻𝙾:07

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26 de janeiro de 2023 | São Paulo - BR

Hoje era uma quinta feira e tem jogo do São Paulo. Os meus pais não vão ir ao jogo mas eu prometi para o Luciano que estaria lá. Ainda está na parte da manhã e o jogo será somente a noite. Eu francamente estou ficando sem ideias do que fazer. Antes eu tinha diversos compromissos durante o dia, agora eu fico livre por horas, está muito entendiante.

Os meus pais estão no trabalho nesse momento e eu estou esparramada pelo sofá da sala enquanto olho para o nada. Apesar de ter a diarista que vem todo fim de semana, decidi dar uma geral na casa. Coloquei a minha playlist na televisão da sala e fiquei tirando a poeira dos móveis. Começou o toque de uma das músicas e eu já me senti ferida. Sertanejo, ou você morre de amores, ou morre de dor.

Dizendo pra mim que é sobrenatural
Esse amor fora do normal
Dizendo pra mim que eu sou o seu astral
Que esse amor que está em mim é tão real - Os cantores cantam, que vozes maravilhosas.

Eu viajei no seu olhar
No teu sorriso, nos teus segredos
Eu descobri o que é amar
Pelo toque dos seus beijos - Canto.

Não podia me enganar, eu só pensava em uma pessoa enquanto cantava essa música. Me veio a imagem dele na cabeça e eu neguei tentando afastar todos esses pensamentos.

As músicas continuaram rodando e eu cantava e dançava todas, eu amo a minha vibe. É incrível o fato da minha personalidade mudar de acordo com o gênero musical. Terminei a tarefa que eu mesma me dei e fui até a geladeira, eu peguei uma garrafa d'água e despejei em um copo, depois bebi.

Os pensamentos de preocupação ocuparam novamente a minha cabeça e eu só pensava que eu precisava dar orgulho aos meus pais, eu preciso orgulhar o Luciano, ele sempre depositou as expectativas em mim.

Calma, se passaram só alguns dias. As empresas demoram pra aceitar o currículo de alguém - Digo para mim mesma.

Você consegue, Mavi. Tem um currículo espetacular, vai conseguir um emprego à altura - Digo.

Fui até o meu quarto e aproveitei o tempo livre para mexer no meu closet. Larguei muitas roupas aqui e grande parte não servem mais, outra parte já não são do meu agrado. Eu separei muitas peças, vou pedir para minha mãe doá-las a alguém que precise.

- Mais tarde -

Já se aproximava do horário do jogo e eu estava terminando de me arrumar. Estava usando uma saia colada vermelha, a camiseta principal e um tênis branco. O cabelo estava solto com algumas mechas enroladas e passei somente rímel e gloss. Desci até a sala já pronta e com a minha bolsa no ombro, os meus pais estavam sentados no sofá assistindo televisão.

Vocês não vão mesmo? - Pergunto.

Não, vamos assistir daqui hoje - Meu pai diz.

Tá bom - Sorrio.

Toma cuidado - Minha mãe diz e eu concordo.

Eu amo vocês - Dou um beijo na bochecha deles e saio.

Eu pedi um carro no aplicativo e fiquei esperando. Queria ir com os meus pais, mas entendo o cansaço deles. Os dois trabalham no mesmo horário e é bem extenso. O carro chegou e eu verifiquei o motorista antes de entrar, logo ele partiu. Eu fui trocando algumas mensagens com o Luciano enquanto isso.

- WhatsApp On -

Você: Aonde eu vou? Eu não sei KKKKKKK

𝙰𝙿𝙴𝙽𝙰𝚂 𝚄𝙼 𝚂𝙾𝚁𝚁𝙸𝚂𝙾 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora