𝙲𝙰𝙿Í𝚃𝚄𝙻𝙾:18

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28 de fevereiro de 2023 | São Paulo - BR

Era você, Jonathan - O olho.

Você foi o cara que me ajudou naquela noite - Digo abrindo um sorriso.

É - Ele coça a cabeça.

Você sabia esse tempo todo? - Pergunto.

Eu reconheci o seu rosto no primeiro dia que te vi, mas precisava ouvir a confirmação da sua boca - Ele diz.

Eu sabia que te conhecia de algum lugar, eu não estava maluca - Digo.

Que história sinistra - Ele ri.

Era você mesmo? Você me dá certeza? - Pergunto.

Sim. Eu jogava no Las Palmas na época. Eu que fiz o gol de empate no jogo contra o Barcelona - Diz.

Claro, era você. Camisa número nove - Digo. Eu sou tão estúpida de não ter percebido ou me lembrado.

Você mexeu tanto comigo naquela noite, passei dias pensando em você - Ele diz.

Você não era comprometido? - Pergunto.

Na época estava solteiro, graças a uma briga - Diz.

O seu sorriso ficou grudado na minha mente por todos esses anos - Digo.

E por que? - Ele pergunta.

Eu não sabia que apenas um sorriso seria suficiente para fazer eu me apaixonar por alguém - O olho.

Se apaixonou? Por mim? - Ele pergunta surpreso.

Na verdade eu não sei se seria a definição correta - Digo percebendo o que eu disse.

Eu tentei te encontrar através das redes sociais mas perdi as esperanças depois de alguns dias, e acabei voltando com a minha ex - Ele diz.

Eu não sei o que você me causou, mas eu não consegui tirar você da cabeça - Ele diz me encarando.

Eu desviei o olhar e senti a minha respiração ficar pesada. Eu simplesmente não consigo acreditar no que está acontecendo aqui.

Olha pra mim - Ele pega no meu queixo e vira o meu rosto.

Isso é loucura, Calleri - Digo negando.

Ele começou a se aproximar de mim e ficou com a boca praticamente colada na minha. Eu comecei a respirar pesadamente e conseguia ouvir os meus próprios batimentos.

Não faz isso - Digo nervosa.

Você não quer? - Ele pergunta acariciando a minha bochecha.

Eu, eu não sei - Digo baixo.

Eu estou ficando maluco com essa proximidade - Calleri diz.

Deixe-me te beijar, por favor - Ele diz passando o polegar pelos meus lábios.

Não dá - Me afasto dele e me levanto.

Eu vou embora - Digo.

Por que está fugindo de mim? Acha que eu posso te causar mal? - Ele pergunta se levantando.

Não é isso - Digo receosa.

Eu não posso fazer isso, me desculpa - Digo. O medo de me ferir sentimentalmente era real.

Eu me prendi no seu sorriso durante todos esses anos, ainda tinha a esperança de encontrar você de novo, e eu acabo de me tocar que estou convivendo com essa pessoa há mais de um mês - Digo.

Isso não é uma coisa boa? - Ele pergunta.

Não! Você sabia que me conhecia e ficou quieto, você acabou de sair de um relacionamento e eu não quero nenhum envolvimento com você - Digo.

𝙰𝙿𝙴𝙽𝙰𝚂 𝚄𝙼 𝚂𝙾𝚁𝚁𝙸𝚂𝙾 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora