𝙲𝙰𝙿Í𝚃𝚄𝙻𝙾:25

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06 de abril de 2023 | São Paulo - BR

Já está na parte da tarde e eu ainda estou no CT. Os jogadores foram viajar ontem de manhã, então eu vim de táxi ontem e hoje, já que a minha carona é um dos que viajaram. O clima estava gelado e o sol já estava indo embora. Eu peguei a minha bolsa e fui saindo enquanto mexia no celular. Quando cruzei a porta de saída, fui puxada pela cintura e recebi um selinho rápido, olhei assustada para a pessoa e vi que era o Calleri.

Não te vi o dia todo - Ele diz.

Eu estava ocupada - Digo.

O que está fazendo aqui? - Pergunto.

Eu fiquei fazendo alguns exercícios individuais já que não viajei - Diz.

Entendi - Digo.

Você é maluco, não pode fazer isso - Digo.

Estamos sozinhos, amore. Só ficamos você, eu e o segurança, que deve estar dormindo - Ele diz.

Mesmo assim - Digo.

Quer uma carona? - Ele pergunta.

Não, obrigada. Vou de táxi - Digo.

Não, não vai não - Ele diz.

Foi um prazer, Calleri - Digo e começo a caminhar.

Eu vou te levar, sem discussões - Ele segura na minha mão.

Ele me arrastou para o carro dele e abriu a porta para mim, depois entrou também. Ele pegou o celular antes de começar a dirigir e trocou algumas mensagens com alguém, depois sorriu e guardou o celular.

Que tipo de música você gosta? - Ele pergunta.

Sou bem eclética - Digo.

Vou te mostrar as músicas da minha terra - Ele diz mexendo no som do carro.

Ele colocou uma música com uma batida bem divertida, eu estava acompanhando o ritmo e uma voz masculina começou a cantar, era em espanhol. Fiquei parada olhando para o som enquanto prestava atenção na letra, depois olhei chocada para o Jonathan, ele estava concentrado na estrada.

Que letra é essa? - Rio.

Porra, esqueci que você é fluente. Deveria ter escolhido uma música mais leve - Ele ri.

Esse é o tipo de música que vocês ouvem? Já sei que para a Argentina eu não vou - Digo.

Não é tão ruim quanto parece, vou te levar para conhecer lá algum dia - Ele sorri.

Não sei, não tenho interesse de ir para a Argentina, por todo o preconceito e tudo mais - Digo.

Lá é bem tranquilo, te garanto. Esses babacas são minorias por lá - Diz.

Vou confiar em você - Sorrio.

Tem vários lugares incríveis, adoraria te levar para conhecê-los - Diz.

Quem sabe algum dia - Digo.

Você fica sozinha na sua casa depois que chega? - Ele pergunta.

Depende muito, as vezes os meus pais estão em casa - Digo.

Você é bem apagada a eles, né? - Pergunta.

Bastante, sempre fui o grude dos dois, Luciano era mais na dele - Digo.

Você não pretende sair de casa? - Questiona.

Quero muito, quem sabe daqui um tempo. Acho que preciso aprender a morar sozinha primeiro - Rio levemente.

𝙰𝙿𝙴𝙽𝙰𝚂 𝚄𝙼 𝚂𝙾𝚁𝚁𝙸𝚂𝙾 | 𝗝𝗼𝗻𝗮𝘁𝗵𝗮𝗻 𝗖𝗮𝗹𝗹𝗲𝗿𝗶Onde histórias criam vida. Descubra agora