ANGELINE
Naquele dia acordei em minha cama confusa achando que tudo era um sonho. Mas não era, o bilhete deixado em minha cômoda dizendo que eu era uma suicida imprudente estava claro quem foi que me trouxe de volta para cá.
Já faz uns dias que não saio de casa. Pra ser mais específica, fazem 4 dias que praticamente não coloco o pé pra fora do quarto.
Não sei o que é, ou o por que, mas sinto como se um buraco estivesse aberto em meu peito desde aquele dia. Me parece que tudo está colaborando para piorar, mas não quero que isso aconteça.A diretora, Srta. Wood, já está furiosa com minha ausência no estágio - mesmo com os atestados.
Não tenho coragem de debater, apenas digo para ter um pouco mais de paciência que em breve estaria de volta ao lugar que me traz - ou trazia - paz.
Não faço idéia de como está o estado da minha cozinha. Lembro-me bem de não ter lavado ou organizado nada, e não recebi visitas também.
A mensagem de Lily pedindo para me visitar pela terceira vez no dia está em minha tela esperando por uma resposta.
Ela é minha amiga, mas não pode de jeito nenhum saber do que aconteceu.Decido então ceder e responder sua mensagem, dizendo que poderia vir e pedindo para que não reparasse na baderna que o local provavelmente se encontrava.
Não sei mais como está lá fora porque não senti vontade alguma de comer. Minha rotina alimentar desregulou por completo, e meu horário de sono também.
As louças são daquele dia, não tive coragem de olhar lá, muito menos o closet. Peguei apenas uns pares de roupas da lavanderia do prédio, e estou aqui jogada na cama.
Escuto a campainha tocar, me tirando dos pensamentos.
Levanto preguiçosamente e passo reto para o corredor da porta, e então a abro vendo o rosto preocupado de Lily.- amiga...
- vamos lá, não faça essa cara de pena para mim. Não estou tão horrível, estou?
- está deplorável. Você tem dormido direito?, se alimentado? Está tão pálida quanto já é Angeline. Por que sumiu por quatro dias? Por que não recebeu minhas mensagens ou ligações? O que aconteceu de tão horrível?
Sinto meus olhos arderem pela força que as lágrimas vêm. Viro de costas e pisco forte tentando afastar o choro para longe.
- não aconteceu nada. Na verdade, não sei o que está acontecendo comigo.
Uma meia verdade. Não há problema nisso.
Lily entra em casa fechando a porta atrás de si, e quando olha na direção da cozinha fica boquiaberta.
- Okay srta Goldstein, ou você me diz o que tá rolando, ou eu enfio um cabo de vassoura na sua bundona até você gritar.
Acho que preferiria uma vassoura no rabo a contar que tenho um Stalker gostosão e que ele é um psicopata, louco, assassino, não faço ideia de quem ele é, mas ele sabe tudo o que eu faço.
- diga. Estou esperando. - ela me olha da forma que sempre faz parecer que é uma mãe mandona.
- Descobri que o Aaron era um golpista no nosso primeiro jantar oficial.
- o... que.. porra? - o semblante sai de mãe mandona para adolescente fofoqueira que está ficando puta da vida - explica essa parada agora
- a penúltima mulher que ele deu o golpe, descobriu onde estávamos e contou tudo de uma vez sobre quem ele realmente é, mostrou provas de que ele era um puto safado, jogou vinho na cara dele, eu no impulso, confusa joguei na cara dela também, descobri que o nome dele era ou é Christian, e quando fui embora ele disse "pelo menos paga sua parte da conta sua vadia mesquinha". Aí eu joguei sopa na cara dele e meti o pé.
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Sweet Obsession | Vinnie Hacker
Teen FictionToda história têm um final feliz. Mas e se a palavra "feliz" não existir nesse livro? E se mentiras, ódio, morte e tragédias forem só o que restou de tentativas seguidas de incontáveis falhas para manter um amor proibido? Todo mundo tem um segredo...