Terra e paixão

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Kelvin*
Me acordando pela noite vejo o Ramiro em cima de mim,olhando para o relógio são 18:00 horas tenho que estar lá em baixo trabalhando,cutucando o seu rosto ele não acordava de jeito nenhum,parece que eu deixei ele fraco,tava tão fofo assim mas tenho que ir embora,empurrando ele,ele se levantou no susto e respirando fundo.
Que hora é essa? - perguntava ele nervoso.
Já é de noite Ramis - falei me levantando da cama e pegando minha toalha para tomar banho.
Vai tomar banho? - perguntava ele com aquele sorriso.
Vou,você vai junto - perguntei segurando o riso e vendo a sua vergonha.
Tá muito safadinho seu Kelvin - falava ele alisando meu rosto e dando um selinho. - eu tenho que ir trabalhar. Vendo o Ramiro ir embora,fui para o banho,tomando banho de água quente,lembrava de cada detalhe da nossa tarde,era a primeira vez do Ramiro mas ele fez tão bom,nosso primeiro amor na cama foi uma maravilha,desligando o chuveiro fui para o meu quarto e escolhi umas das minhas roupas,vestir uma camisa rosa com um short rosa,tava me sentindo uma Barbie hoje,passei um gloss é um Rímel simples,descendo as escadas observava as caras das meninas duvidosas para mim,começando a interagir.
Oi meninas! Tá tudo bem? - perguntei confuso e sorrindo.
Tudo ótimo, para você também deve estar né? - perguntava a Luana.
Ah mais é claro,passou a tarde no quarto com o macho dele - falava a Berenice batendo palmas querendo atenção.
Eita como vocês são fofoqueiras - falei gargalhando e saindo de perto delas. Atendendo os clientes,comecei a servir as bebidas e o Zezinho a comida. Ainda com pensamento nele,botei meus pensamentos para lá e fui atendendo cinco clientes.
*Ramiro*
Lá no escritório do patrão ele me olhava sorrindo com uma cara de julgamento,fiquei constrangido porém mantendo minha postura fiquei sério e olhando para seu rosto até que ele começou a puxar assunto.
Nunca imaginei que iria revelar seu lado afeminado,você não era macho? - perguntava o patrão sorrindo.
Eu sou macho patrão! Mas eu namoro o meu Kelvin - falei em um tom firme e perdendo esse medo de ser julgado.
Quem sou eu para julgar né? Cada um vive do jeito que quer! - falava o patrão sorrindo e debochando na minha cara.
Me diga o mais importante agora - falei lê olhando sério porque ele me chamou para cá.
Você tem que matar a Aline,matar aquela viúva,plano b você vai atirar nela. - falava ele sério se sentindo ambicioso.
Mato Grosso do céu,denovo essa história - falei coçando a cabeça pela existência dele.
Vai ganhar uns malote de dinheiro,quem sabe é você rapaz - falava ele me manipulando.
Tudo certo patrão! Quando vai ser? - falei já querendo o dinheiro.
Amanhã bem cedinho,tem que ser esperto - falava o patrão fazendo um gesto para apertar minha mão querendo minha confiança,apertei de volta fazendo o acordo.
*Dia seguinte*
*Kelvin*
Me acordei às 8:00 horas estou nada legal,odeio acordar cedo porém é caso de emergência que nem eu mesmo sei,saindo do bar fui até a casa do meu primo,chegando lá estava sua namorada e o estrangeiro os três estavam conversando,quando me viram começaram a bater palmas e me abraçar super animados sem entender nada comemorei também.
Eita que energia boa! - falei sorrindo e abraçando eles.
Oh primo! A gente vai para Paris amanhã,passar vários dias lá! - falava ele animado.
Sério? É o meu sonho! - falei super animado. - imagina eu em Paris?! Mas e o Ramiro?.... - falei pensativo.
Ele vai ter que aguentar esses dias sem te ver!- dizia o estrangeiro bem calmo sem pensar no meu caso porém concordei com a cabeça. Depois de várias comemorações e abraços fui embora para o bar,chegando lá não tinha ninguém além de mim,todos estavam no seus quartos ainda,subindo vejo a Berenice toda trabalhada na beleza e com uma cara de bebada,uma hora dessa o pessoal se embriagando,enfim deitando na minha cama,apaguei totalmente.
*Ramiro*
Na rua onde Aline mora,observava ela tomando seu café na sua casa,fiquei escondido nos matos,até que ela abriu a porta da sua casa e ficou passeando pelo terraço,me aproveitando para dar o bode,corrir na sua direção e tampei sua boca e fui puxando ela parar mais para trás,ela mordeu minha mão e gritava por socorro,sua mãe correu para a rua e me via daquele modo,desesperada gritava para eu soltar sua filha.
Solta minha filha,seu...seu sem vergonha - falava ela gritando de raiva e medo.
Ficando parado,a Aline conseguiu me empurrar fazendo ela se soltar das minhas mãos,ela começou a bater na minha cara e a sua mãe veio para cima com uma vassoura me batendo,lá estava eu apanhando para duas mulheres,já estressado puxei a arma,fazendo as duas pararem no tempo e de repente o Caio chega com seu carro e assim que me viu desceu correndo e veio na nossa direção.
Abaixa essa arma Ramiro! - gritava o Caio nervoso.
Cala a boca se não eu atiro em você! - falei em um tom firme.
Tá bom,Atire aqui,atira vai - falava ele me provocando e apontando para seu peito.
O patrão chegou com seu carro e parou,vendo eu armado e ameaçando seu filho,nada ficou bom para meu lado.
Abaixa essa arma rapaz! - falava o patrão com raiva.
Você que mandou né pai? Matar a Aline - falava o Caio apontando o dedo para ele.
Eu? Que isso menino,eu tô de protegendo como pai, de não ser morto - falava ele com aquela voz de manipulador.
Ah claro,agora quer dar um de bondoso! - falava a Aline gargalhando como deboche.
Abaixando a arma,respirei fundo e sair de lá apressando meus passos,um minuto depois o patrão veio aonde eu estava e começava a discussão.
Mais você é um jumento né? Como pode ser tão burro desse jeito - falava ele com aquele tom de voz.
Oh patrão! Mas eu tô todo apanhando aqui - falei todo triste.
Pra piorar apanhou de duas mulheres! Para mim já basta por hoje vai te embora daqui - falava ele me expulsando.
Saindo de lá peguei meu carro e fui direto para o bar,são 13:00 horas já,dois minutos cheguei no bar,tava todo lascado,o rosto inchado do soco e o braço todo arranhado das batidas de vassoura,indo até o quarto do Kelvin,ele tava lá deitado na sua cama porém acordado quando me viu pulou da cama e ainda me vendo todo lascado ficou mais assustado.
Meu Deus! O que aconteceu? - perguntava ele se levantando e alisando meu rosto.
Aí aqui tá doendo mais ainda - falei apontando para minha testa.
Deixa eu ver de perto - falava ele observando meu rosto porém não mexendo para não machucar.
Aí foi uma confusão do diabo, é o patrão me deu uma ordem ele me falou pra eu ir lá e dar uma surra na Aline,naquela viúva desgraçada. - falei com sinceridade.
*Kelvin*
Vendo o Ramiro todo ferido daquele jeito me partia o coração mas quando ele me falou que foi bater em uma mulher minha expressão já mudou e minha opinião também,parei de "cuidar" dele e fui lê olhando sério.
Aí ela bateu em mim,foi para cima de mim e deu uma surra na minha cara e depois sua mãe me bateu com uma vassoura - dizia ele fechando os olhos de dor.
É bem feito! - falei sincero e olhando para ele.
Aí eu peguei a arma lá e eu fiquei nervoso. Aí pior o patrão me deu bronca,mandou eu abaixar a arma,ele me deu bronca - dizia ele com uma expressão chateado.
É deu ruim né? - falei dignado.
Eu tenho um negócio para te falar,dá tudo errado para mim,dá nada de bom para mim não - falava ele com uma cara triste e olhando para meus olhos.
Esse teu patrão é o que dá errado - falei dizendo a verdade.
Tem uma coisa que eu fiquei pensando,matutando assim - falava ele respirando fundo com medo.
Que coisa?! - perguntei curioso.
Quando eu tava batendo lá e apanhando também,a mãe da Aline dizia " Ramiro,você é um demônio,você vai pagar pelo oque você fez,você vai para o inferno" aí Kelvin eu tô com medo agora de ir para o inferno. - dizia ele apavorado porém estava engraçado sua mente de criança.
Ah! Meu Deus Ramis! Você tem uns pensamentos né? - falei rindo da sua situação.
Para de rir Kelvin,ocê acha graça ir para o inferno? - perguntava ele estressado.
Eu mesmo não,mas pelo amor de Deus! - falei segurando o riso e alisando seu rosto.
Acho que o patrão não vai me querer trabalhando mais não,depois de hoje. - falava ele coçando a cabeça.
Que bom! Pelo menos você ficar aqui deitadinho comigo - falei puxando ele para meu colo.
Faz uns cafuné no meu cabelo - falava ele deitado no meu colo e olhando para meus olhos.
Deitado em mim eu fazia cafuné nos seus cabelos e observava o jeito que ele me olhava,me deixava mais bobo,de repente ele puxou meu rosto me dando um beijo de língua,depois fechou os olhos e dormiu no meu colo,dignado com sua atitude de me deixar assim desse jeito só para dar um beijo,me deixou na vontade,deitando na cama,ele se ajeitou e deitou do meu lado dormindo novamente.

KELMIROOnde histórias criam vida. Descubra agora