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Eron

    Ele me olhou baixo a cima com nojo, raiva brilhando em seus olhos, e se virou para seguir Ayvah para fora das construções.

Se eu achava que não havia maneira de me surpreender com a cavaleira, tais expectativas foram superadas em um nível assombrador. Quando ela pegou aquela lança, havia tanto pavor nos olhos de Yuriel que foi inconfundível. Ela seria realmente capaz de matar um dragão e cavaleiro de tal forma?

Meu corpo foi sacolejado me tirando da raiva que consumia meu corpo junta da intriga.

— Você está morto, Eron! Sabe quem enfrentou?

— Sim! Eu ouvi o nome dele. – Me curvei cuspindo no chão onde ele estava poucos minutos atrás. Um desejo que ele apodrecesse no inferno.

Maldito arrogante! Quem ele pensa que é para toca-la como se fosse um objeto? Trata-la como se ele tivesse tal autoridade para retirar o direito de escolha dela... Ela disse não! E não era não!

Uma súbita vertigem me sacudiu, me fez suar frio e imagens disparar em minha mente. Ela estava a frente com os olhos arregalados encarando em minhas mãos. Não! Não eram minhas. Uma caixa de veludo e um anel. Ayvah subiu os olhos atordoada antes de seu semblante se fechar. " Não!" Seus lábios se moveram e ar se prendeu. Aquela pessoa prendeu o ar que invadia seus pulmões. Ela andou como um animal cauteloso pelo que parecia um escritório, repetindo mais uma vez: "Não! Não posso!" Então ela saiu, deixando a porta aberta. Dor de um coração partido... Eu podia sentir como se fosse ela me recusando de tal forma, dura, convicta.

Puxei o ar abruptamente, como se estivesse sufocando. Cambaleio, me segurando em Denver que me amparou.

— Eron, você está pálido como se estivesse prestes a morrer! – ele sussurrou preocupado e minha garganta oscilou em sequidão.

Meu peito subia e descia forte e intenso. Aquilo tinha me deixado fraco como se tivesse sugado cada gota de energia em mim.

O aglomerado se dissipou e Denver me arrastou com Solyn escadaria a cima até a pequena torre. A subida até lá nunca foi tão exaustiva. Ofeguei parando de frente para a janela, a tempo de ver Ayvah se virar de frente para Yuriel. Não conseguia ouvir ou entender o que eles estavam falando.

Apertei as sobrancelhas quando o rosto de Yuriel escureceu, seu dedo apontou rente ao nariz dela e apontou para cá. Ele parecia bem insatisfeito com a presença dela aqui. Ayvah bateu o dedo no peito dele, e o fez mais duas vezes, claramente alterada.

Yuriel a segurou os braços, a sacolejando como se quisesse tenta-la convencer a todo custo. Mas meus olhos caíram no dragão negro que pousou perto, vindo em direção a eles. Ayvah se livrou do aperto e olhei para Denver e ele para mim.

— A briga parece estar sendo terrível. Mas cavaleiro e dragão contra uma garota é covardia. – Solyn grunhiu insatisfeito com a situação.

— Não podemos interferir. É o príncipe Yuriel! Iríamos os três para forca. Bom, nós dois. Eron já está com o pescoço comprometido.

Apertei seu ombro pronto para retruca-lo, mas foi o Dragão negro de Yuriel que voltou nossa atenção. Ele abriu as asas, urrando para Ayvah. E esse som nós ouvimos com clareza.

O brilho branco miúdo no ar me fez arregalar os olhos. Sansaya havia acordado, certamente pressentindo a ameaça a sua cavaleira. O dragão negro encheu o peito com fogo, olhando para Sansaya como se fosse divertido a ideia de machuca-la.

Meu coração disparou e me virei para correr para fora, tropeçando nos degraus, ignorando a tontura.

Yuriel

Esquadrão de FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora