Cap: 5 - Ajeitadinha/Docinho💚

32 2 4
                                    

~Apartamento do Jae-Hyun~
[08:19]                                        [20.10.22]

Após levantar da cama, Jae-Hyun faz todo o ritual matinal: Lavar o rosto; escovar os dentes; tomar banho; tomar um café da manhã – que para ele apenas uma barra de cereal basta –, hoje será um dia importante, é a primeira vez depois de semanas que Jae-Hyun e sua mãe se vêem, será um dia difícil. 20 de outubro é a data de aniversário da morte de seu pai.

    Após ter feito todo o ritual matinal, Jae-Hyun decide vestir a jaqueta favorita da sua mãe, era uma jaqueta de couro de cor azul-marinho, sua mãe lhe deu no aniversário de 21 anos dele. Ele já estava planejando pedir a remoção de Isabella como a sua tradutora, ele será capaz de qualquer coisa apenas para não ficar perto dela.

Antes...

Empresa SOT (Stars On Top)
[09:15]

  A primeira pessoa que Jae-Hyun procura quando chega na empresa é a sua assessora, Sra.Kim:
      — Tem certeza de que quer fazer isso, pirralho?! - pergunta o seu segurança/guarda costas, Sr.Park que o segue para todo lugar que ele vai.
      — É claro que eu tenho...e não me chame de "pirralho", sou eu quem paga o seu salário! - diz decidido e irritado enquanto andava em direção a sala da Sra.Kim.
      — Você? Quem paga o meu salário é aquela bruxa velha. - fala em um tom de deboche enquanto segue Jae-Hyun.
      — Mas isso só acontece porque você têm que trabalhar para mim.
      — Touché!
      — Ei! Cadê a Sra.Kim? - pergunta Jae-Hyun a um funcionário da empresa.
      — Ela ainda não chegou. - responde o funcionário.
      — Aquela velha...- murmura indignado — E cadê o secretário Moon? - o seu assistente pessoal.
      — Quando eu cheguei, ele estava no saguão conversando com a recepcionista.
      — Valeu! - agradece e vai a procura do seu assistente, Sr.Moon, que logo não se demora a encontrá-lo conversando e dando em cima da secretária, parece que ele tenta jogar o seu "charme" mas a moça não parece está afim. — Sr.Grude!! - chama a atenção do seu assistente e o mesmo vai até ele.
      — O que deseja? - diz com uma cara nada animada ou satisfeito por ser tratado dessa forma.
      — Eu quero ter uma conversa muito séria com você.
      — Olha só pirralho, eu tô indo ali. - comunica o Sr.Park em retirada do local.

Agora está só Jae-Hyun e o Sr.Moon.
      — Eu quero que vocês descartem aquela garota falsa! - indaga cruzando os braços.
      — Quem? - pergunta confuso.
      — Aquela tal de Isabella. - revira os olhos.
      — Por quê?
      — Porque eu não gostei dela.
      — Só por isso? - o olha com desdém.
      — Sim. Simplesmente, contratem outra pessoa.
      — Vo...o senhor acha que é fácil assim, encontrar um bom tradutor?
      — Sim!
      — Meu Deus...Sinto muito, mas a senhorita Kang fica.
      — Mas eu não quero!
      — Eu não posso fazer nada a essa altura do campeonato.
      — Eu posso escolher outra tradutora para mim? - conversa com o seu secretário, e Isabella resolve se aproximar de ambos.
      — Olá! - cumprimenta educadamente, e Jae-Hyun revira os seus olhos ao ouvir a voz dela.

Agora...

Depois de muito conversar com o seu assistente, xingar e criticar Isabella, Jae-Hyun decide ir visitar a sua mãe, hoje é o aniversário de morte do seu pai. Será um dia difícil...

   ~Praça~

Jae-Hyun e sua mãe estão em silêncio desde o momento em que se viram.
      — Você não parece está se alimentando bem, como você mencionou na mensagem. - diz a mãe de Jae-Hyun, quebrando o silêncio.
      — Você viu a mensagem...uau! Eu tenho comido muito bem, não se preocupe! - sorrir.
      — Você está muito magro, não se pode mentir para a sua mãe. - o repreende.
      — Ok ok! - rir.
      — Seu pai iria gostar de ver o filho dele conquistando o que sempre quis! - diz orgulhosa do seu filho.
      — Acho que sim...
      — Bom, eu fiquei bem triste ao saber que você iria viajar sem antes vir me visitar. - a mãe de Jae-Hyun é uma mulher de 43 anos mas que aparenta ter menos.
      — Oh, eu sinto muito, eu ia te falar antes mas eu estive muito ocupado. - se explica se sentindo culpado.
      — Tudo bem, tudo o que me importa é você esteja se cuidando bem e conquistando os seus sonhos...só falta realizar o meu né! - joga um indireta.
      — Que sonho? - arqueia uma sombrancelha já sabendo do que ela irá falar.
      — Eu quero que você se case, eu quero ter netos antes de partir.
      — Eu já disse que ainda estou tentando superar uma desilusão amorosa, mãe!
      — Afff, sempre você vêm falando sobre essa tal de "desilusão amorosa", para de se prender ao passado, ao que nunca foi seu, não faz parte de você e você terá que aceitar uma hora ou outra!
      — Se fosse assim tão fácil...Enfim, vamos parar de falar sobre mim, eu quero saber como você tem estado.
      — Eu? Eu estou ótima! - abre um sorriso.
      — Não se deve mentir para o seu filho! - diz enquanto a guia pela mão – um gesto de cavalheirismo – para um banco próximo e se sentando ambos ali.
      — Você me pegou nessa...Eu ainda sinto falta dele, aquela casa fica um grande vazio quando chega esta data, é como se ele nunca tivesse ido embora mesmo já tendo partido.
       — Eu entendo isso. Eu também sinto muita falta dele, eu me arrependo de nunca ter dito tudo o que eu deixei de falar. - o clima ficou pesado e melancólico ao relembrar as boas e ruins memórias.
       — Seja lá o que você não tenha dito, ele sabe, ele sempre soube...e quando você quiser falar tudo o que você não havia dito antes para ele, visite o túmulo dele e lhe diga tudo, sem faltar partes!
      — Talvez eu faça isso...você acha que ele sentiria orgulho do que eu estou fazendo?
      — Tenho certeza de que ele teria muito orgulho de você, mas você sabe que ele nunca falaria...os homens da nossa família tem o costume de ser cabeça dura e egocêntrico! - indaga jogando essa indireta para Jae-Hyun.
      — Ei! Eu não sou cabeça dura e nem egocêntrico! - se sente atacado pelas palavras da sua mãe — ...ou será que sou? - se pergunta em um tom de murmúrio — Mãe! - se vira para a mesma com uma expressão de dúvida.
      — Sim, o que foi? - pergunta tirando a sua atenção de uma flor que estara a arrancar as suas pétalas.
      — A senhora acha que eu sou narcisista?
      — Quê? Por que a pergunta?
      — É que uma pessoa muito incoveniente me chamou disso!
      — Hmmm, pessoa corajosa!
      — Quê?! Então a senhora concorda? - incrédulo.
      — Concordo, você é exatamente igual ao seu pai...mas apenas usa isso como forma de bloqueio, pare de se bloquear, aja da forma que você é e vive! E pare de deixar as pessoas ao seu redor irritadas pelas suas atitudes! - repreende ele que está desacreditado da sua própria mãe que concorda com aquele ser humano desprezível conhecido pelo nome Isabella.
      — Mulheres sempre pensam assim?! Tsc! - murmura baixo mas auto o suficiente para a sua mãe lhe ouvir.
      — Seu pirralho! - ameaça bater em sua cabeça e Jae-Hyun usa os seus braços como escudo — Pera...- ela acabara de perceber algo — Então foi um mulher?
      — Mulher? Aquilo é um monstro! Você acredita que o Ji-hoon teve a coragem de chamar ela de "nova melhor amiga"?!
      — Oh meu Deus! - rir da atitude do seu filho — Preciso conhecer essa garota, não é possível que alguém teve a coragem de falar essas verdades na sua cara! - continua rindo como se tivesse ouvido uma piada.
Jae-Hyun não está achando graça, está apenas parado a encarando com uma expressão de "Já acabou?".
      — Então é isso, você concorda com ela?! Ótimo! Não vou trazer aqueles queijos franceses que você sempre quis provar! - cruza os braços fazendo birra.
      — EI! Isso não é justo! Que pessoa terrível ousou a falar essas coisas do meu filho?! - parece que ela é capaz de tudo para conseguir experimentar esses queijos franceses.
      — Legal, ótimo dona Lee-yeon! - bate palmas para encenação da sua mãe.
      — Pirralho insolente...E quem é você pra dizer para a sua mãe, a mulher que te deu a vida, que teve que te suportar por nove meses dentro da barriga...como você ousa a dizer que não vai me trazer aqueles queijos franceses deliciosos e maravilhosos?! - mudou rápido ein, agora parece está ameaçando e usando a maternidade como arma contra o seu próprio filho, mulher esperta.
      — Você nunca nem provou pra achar "deliciosos e maravilhosos", Tsc!
      — Justamente, é questão de marketing, se a mulher do programa culinário mais famoso da Coreia do Sul disse que é bom, quem sou eu para descordar? Então eu preciso provar, não faça essa crueldade com a sua mãe! - agora se tornou a vítima.
       — Tá tá tá! Eu tava brincando, eu vou trazer um montão! Bem assim! - abre os braços para medir a quantidade de queijos que trará para a sua mãe, logo um sorriso se acende em seu rosto.
      — Eba! Isso, isso, Isso! - canta vitoriosa feito uma criança. O sorriso da sua mãe é o que mais encanta Jae-Hyun, mesmo sabendo que ela está apenas tentando disfarçar toda a sua tristeza e solidão, ele sente que o seu trabalho é protegê-la de tudo o que há de ruim.

Como Se Fosse A Primeira Vez... [Paris]Onde histórias criam vida. Descubra agora