[✓] 𝐓𝐑𝐈𝐍𝐓𝐀 𝐃𝐈𝐀𝐒 [ᴴᴱᴱˢᵁᴺ]

Seis: Quinto dia

Sunoo acordou na manhã de segunda-feira com uma orelha latejante e um tremor nos olhos. Ele estava com um humor horrível. Isso não poderia ser atribuído a nenhum outro motivo além de ser dia de escola mais uma vez, e também porque a dor surda de seu piercing de cura o estava lentamente deixando louco.

Ele deslizou para fora da cama, preparado para se preparar e enfrentar o dia. Seu telefone tocou com uma mensagem.

Seungie Hyung

Seu coração pulou. De novo?

Vista seu moletom menta hoje, dizia o texto. Sunoo zombou em voz alta. Primeiro Heeseung o sequestrou em uma manhã de domingo, e agora ele teve a audácia de planejar suas roupas para ele? Quantas vantagens esse garoto achava que ser namorado de Kim Sunoo tinha?

Sunoo abriu seu armário para desenterrar o suéter em questão. Era uma coisa macia de caxemira que ele nunca havia usado nem uma vez. Não porque não fosse bonito, mas porque na verdade foi Heeseung quem deu a ele.

A turma deles havia feito um Papai Noel secreto naquele ano, cada um deles sorteando aleatoriamente um nome de um chapéu. Pelo menos, era para ser aleatório. Sunoo pegou Heeseung trocando sorrateiramente seu pedaço de papel com outro aluno quando pensou que o professor não estava olhando. Sunoo criticou seus negócios obscuros, mas não disse nada. É por isso que ele ficou tão cético quando, no dia da troca de presentes, Heeseung trotou até sua mesa com um pacote bem embrulhado na mão.

Ele puxou a roupa, olhando para ela. Afinal, era sua cor favorita. E agora que ele estava de certa forma se dando bem com a pessoa que o deu a ele - pelo menos por enquanto - agora era o melhor momento para fazer sua estreia.

Seu telefone tocou novamente.

Eu estou do lado de fora.

Sunoo soltou um suspiro pesado. Pelo menos ele estava economizando dinheiro para gasolina.

-

Sunoo abriu a porta do carro de Heeseung – e imediatamente a fechou novamente. Ele se virou, voltando para sua garagem. Ele ouviu a janela abrir atrás dele.

"Onde você está indo?" Heeseung gritou.

Sunoo se virou. “Por que você está vestindo a mesma coisa que eu? Por que estamos combinando?

“Você nunca ouviu falar de roupas de casal?”

“O que te deu a ideia de que eu queria usar uma roupa de casal com você ?” Sunoo retrucou.

“Ah, não sei, talvez tenha sido você gritando seu amor por mim no meio de uma biblioteca lotada! Agora entre, seu idiota teimoso”, Heeseung gritou, estendendo a mão para abrir a porta do passageiro.

Sunoo entrou bufando, olhando com desconfiança para o suéter idêntico de Heeseung.

“Você não precisa me levar para a escola, sabe”, disse ele. “Você não está levando tudo isso um pouco a sério?”

Sunoo mordeu o lábio nervosamente e olhou para Heeseung. Para sua surpresa, o menino ficou rígido, com a mandíbula cerrada.

“Eu não deveria estar?” Heeseung disse calmamente.

“Eu não sei,” Sunoo murmurou envergonhado, deslizando em sua cadeira. Ele não sabia o que Heeseung estava fazendo, mas se o garoto continuasse assim, Sunoo poderia ficar um pouco confortável demais. "Faça o que você quiser."

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“Como é que Sunoo consegue comer?” Jay choramingou enquanto Heeseung pegava seu sanduíche. Sunoo mastigou sua barra de manteiga de amendoim alegremente, mostrando a língua para Jay do outro lado da mesa. Se usar roupas combinando com Heeseung significasse que ele não levaria mais bronca na biblioteca, ele ficaria feliz em espelhar o guarda-roupa do garoto a qualquer momento.

“Ele recebe uma exceção especial.”

"Com base no que?" Jay perguntou mal-humorado.

Heeseung cantarolou e inclinou a cabeça para Sunoo, olhando para ele inspecionativamente através dos óculos. "Ele é fofo."

Sunoo engasgou com a comida, enquanto Jay fez barulhos igualmente indignados. “Mais fofo que eu ?”

Heeseung bufou com escárnio. “Jay, se eu abrisse uma exceção à regra alimentar para quem é mais fofo que você, este lugar estaria infestado de formigas.”

Sunoo engoliu sua bebida para acalmar a garganta e tentou desesperadamente afastar a vermelhidão que sentia queimando suas bochechas.

Ele é fofo.

Talvez Lee Heeseung fosse a morte dele, afinal.

Pelo menos desta vez ele não teve seu leite de morango confiscado.

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“Uau,” Jungwon comentou maravilhado, olhando para Heeseung e Sunoo sentados um ao lado do outro na mesa do almoço. Todos os três concordaram silenciosamente e por unanimidade que agora estariam sentados juntos durante os intervalos. “Isso é estranho.” Sunoo cantarolou em concordância. “É como nos velhos tempos.”

Heeseung se mexeu desconfortavelmente, enquanto Sunoo repreendeu levemente: “ Wonie”.

“Oh, desculpe,” Jungwon sorriu, sem parecer nem um pouco arrependido. “Não deveria mencionar o passado na sala?”

O passado em questão era que antigamente os três eram tão próximos quanto poderiam ser. Na verdade, Heeseung e Sunoo já estavam presos pelo quadril antes mesmo de Jungwon aparecer. Foi como nos velhos tempos.

“O que você acha das nossas roupas, Jungwon-ah?” Heeseung rapidamente mudou de assunto com um sorriso malicioso. Jungwon olhou para os dois avaliativamente, balançando a cabeça em aprovação.

"Muito legal. Sutil. Bonito”, disse ele. "Eu pensei que você não gostasse de hortelã?" Ele perguntou, levantando uma sobrancelha para Heeseung. O menino empalideceu. Sunoo virou-se lentamente para ele.

"Você o que?"

“Jungwon,” Heeseung sibilou, olhando para todos os lugares, menos para os olhos de Sunoo.

“Você me disse que também gostava de hortelã quando nos conhecemos”, disse Sunoo, incrédulo. “Isso foi praticamente o que iniciou toda a nossa... amizade em primeiro lugar. Compramos sorvete de menta com gotas de chocolate ontem.

“Para ser justo, você comeu a maior parte,” Heeseung murmurou.

Um sorriso vertiginoso se espalhou pelo rosto de Jungwon. “Opa. Eu também não deveria mencionar que você mentiu para agradar sua pequena paixão?

Sunoo lançou um olhar para ele. “Não é engraçado, Wonie.”

“Quem está fazendo piadas?” Jungwon respondeu casualmente.

“Não existe 'pequena paixão'. Heeseung nunca teve uma queda por mim”, disse Sunoo, sua voz repentinamente dura e amarga. “Afinal, foi ele quem fugiu de mim.”

Jungwon ficou inquieto, de repente parecendo extremamente estranho. O rosto de Heeseung empalideceu ainda mais e sua boca abriu e fechou como um peixe fora d'água. No final, ele mordeu o lábio e se virou sem dizer nada.

Não houve surpresa; afastar-se foi o que Heeseung sempre fez de melhor.

Sunoo já estava acostumado com isso.