•Tatto's•Voltamos até onde a moto estava mas eu ainda não queria ir embora, porém depois do que aconteceu lá atrás eu definitivamente não seria a primeira a dizer algo que desse a entender que ainda quero ficar aqui com ele...no seu refúgio. Ele estava me ajudando a subir na moto quando um barulho semelhante a um rosnado tomou conta do silêncio entre nós, era meu estômago, eu tinha me esquecido que hoje só tinha tomado café da manhã, o resto da tarde após a ligação que fizemos junto dos gêmeos eu não comi nada, estava tão ansiosa que me esqueci completamente de almoçar ou jantar, Anton solta um riso baixo:
- Vou levar minha garota pra comer, toma coloque seu capacete - ele colocou o capacete na minha cabeça e me ajudou a fecha-lo. - Gosta de fast food?
- Eu comeria um lanche agora... - "minha garota" gostei disso mais do imaginava.
- Vamos então, conhece o lugar perfeito - nisso deu início a moto e fomos em direção ao centro da cidade. Chegamos em uma lanchonete 24h no centro da cidade, agora já passava das 00h e eu realmente estava faminta, o lugar chamava "burger's bob" era uma lanchonete comum, de tom vermelho com um letreiro que suponho que tinha luzes em volta mas apenas duas ou três estavam realmente funcionando, Anton segurou a porta para que eu entrasse, por ser tão tarde tinha até que algumas pessoas, um homem estranho com uma barba surreal de grande tomando um café, duas garotas que pareciam estar bem alegres demais, juntas com dois garotos que estavam sentindo que tiraram a sorte grande naquela noite.
- Oi Sônia - disse Anton para a atendente atrás do balcão com um sorriso largo no rosto, Sônia era uma moça na casa dos quarenta com o cabelo em um tom de vermelho escuro com um coque bagunçado e um delineado que parecia não ter sido tirado a uma semana.
- Oi querido, como está? - Sônia olhou em minha direção e indagou - e quem é essa boneca ?
- A futura mãe dos meus filhos - dei um tapa em seu braço - Ai ! Ela ainda está se acostumando com a ideia.
- Hahah então querido, vai ser o de sempre?
- Por favor mas faça dois, manda um oi para o Bob.
- Pode deixar querido! Fiquem a vontade. - Fomos em direção as últimas mesas que tinham cadeiras estofadas como mini sofas que ficavam ao lado de grandes janelas dando visão total ao estacionamento vazio com apenas sua moto e uma caminhonete azul antiga que suponho ser do barbudo do café, nos sentamos e fiquei observando Anton que estava olhando em direção a janela, só depois de observá-lo por um tempo que pude dizer, Anton era muito bonito, seus cílios eram grandes de um tom loiro, nem me deixe começar a falar de seus olhos eram de azuis tão vibrantes que eu poderia me afundar neles, seu cabelo era de um loiro quase branco e seus lábios... pareciam ser tão macios...
- Será que são macios? - Tapei minha boca pela surpresa de realmente ter dito o que acabara de pensar.
- Não vou te impedir caso queira descobrir por si só - disse, ainda com os olhos direcionados a janela. Meu Deus que vergonha, não acredito que realmente disse isso, após um segundos querendo enfiar minha cabeça naquele chão gorduroso consegui ter coragem para olhá-lo novamente, dessa vez notando suas tatuagens, ele era praticamente coberto por elas, iam até seu pescoço o cobrindo quase que por completo.
- Então, por que tantas tatuagens? Elas tem algum significado? - Por um instante Anton parecia ter um semblante triste no rosto e um olhar distante.
- Pode se dizer que meu pai é uma pessoa rígida.
- O que isso quer dizer?
- Quer dizer que elas tem um significado, mas não um bom como você espera.
Fiquei encarando ele por alguns segundos sem saber o que falar, queria perguntar com quantos anos ele começou a fazê-las, eram muitas.
- 13 anos - ele disse.
- Desculpa, o que?
- 13 anos, foi quando fizeram a primeira.
- O qu- Antes que pudesse questionar o que ele disse, Sônia chegou com nosso pedido, em uma bandeja tinham dois lanches, batatas e dois milkshakes de morango, nada fora do normal parecia um lanche comum como qualquer outro, desembrulhei o meu e Anton já estava devorando o dele aguardando pela minha reação.
- Eu te prometo, esse vai ser o melhor hambúrguer que já comeu em sua vida. Mordo um pedaço e realmente, foi o melhor lanche que já comi, não sei se era a fome mas estava incrivelmente delicioso.
- meu Deus!
- Não disse?
- Isso tá muito bom!
- Tá agora, pega a batata assim e molhe no milkshake .
- Não Anton, que nojo! - dei uma risada sincera.
- É sério boba confie em mim! - então peguei uma batata, molhei no meu milkshake de morango e mordi, e novamente que delicia, era a combinação perfeita.- Quem é você ?
- Hahah apenas um garoto que vinha muito aqui na adolescência, acho que quando comecei a vir aqui os peitos da Sônia ainda estavam no lugar.
- Anton!
- Eu ouvi isso! - disse a Sônia lá do balcão - rimos ou melhor, choramos de rir e fazia tanto tempo que não me sentia assim, ele me fazia bem e eu simplesmente não queria voltar para casa.Conversamos até 2:00 AM e então ele me levou de volta, parando na rua debaixo a alguns minutos para que nenhum dos meus irmãos visse ele, desci da moto e tirei o capacete, estendi para entregar para ele.
- É seu.
- Como assim? É seu capacete
- Não mesmo, eu comprei ele para você
- Você não tinha outro capacete?
- Não, acha que eu tenho um capacete reserva para andar com garotas por aí?
- Sim, sim eu acho
- Pois saiba que não, você foi a primeira não costumo andar de moto com garota alguma.
- Mesmo que eu esteja disposta a acreditar nessa mentira não tem como eu entrar com um capacete em casa
- Dê um jeito madame, você vai precisar dele para o próximo resgate - senti um calor subir dos meus pés até minhas bochechas, Anton soltou um riso e disse:- Boa noite Oli - colocou o capacete e sumiu tão rápido quanto chegou.
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Meus Irmãos Possessivos
Fanfiction[LIVRO 1] [BROTHER'S LOVE] [FAMILY] [HOT] [PROHIBITED LOVE] [+18] Oli estava chegando aos 18 anos, e tudo que ela queria era viver uma vida normal e simples. Mas a vida dela não era bem normal, pois ela vinha de uma família da máfia com cinco irmã...