Soneto do Sentido

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   Quando levanta-se o Sol no horizonte,
   logo a vida dá início, constante,
   contra cada vida um próprio levante,
   tempestades pra que sua nau confronte.

   Quando subiu o Sol pelo infindo fronte,
   ergueu-se toda e cad'alma inconstante
   de seu leito ou sua estadia errante,
   pra transpor seu muro e escalar seu monte.

   Pra que lutam, pessoinhas temerosas?
   Se em tão apraz campo os mortos trafegam,
   por que seguem tais vidas dolorosas?

   Por anseio por mãos que carregam,
   em abraços, em horas tão ditosas,
   o Amor pelo qual todos navegam!

De Um que AcreditaOnde histórias criam vida. Descubra agora