Capítulo 7

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revisado/leves alterações!

Verônica chegou na pousada perdendo as estribeiras, e se trancou no banheiro assim que entrou no quarto.

Sua vontade de agredir a delegada estava maior do que de costume. A escrivã arrancou a peruca e se encarou no espelho, apertando os cabelos entre os dedos.

- Loira filha da puta. - sussurrou pausadamente enquanto distribuia socos no balcão da pia.

- Deu de showzinho, escrivã. - A loira afirmou, após bater na porta do banheiro.

- Anita, a última coisa que quero fazer agora é olhar na sua cara.

- Ah mas você vai sim. - a delegada abriu a porta do banheiro e, sem pestanejar, deu um tapa na cara de Verônica.

- Pirou, Anita? - berrou, partindo pra cima da delegada.

- To cansada de você cheia de medinho de falar o que quer. - falou, cheia de deboche. - Mas me conta, essa raiva toda é por causa do seu amiguinho ou do seu pai?

- Cala a porra da boca, Anita! - berrou, empurrando a delegada contra a parede. -  Por que você tem que me provocar sempre, hein? Acha divertido?

Anita sorriu e levantou as sobrancelhas com um ar desafiador, observando as feições da escrivã que seguia fazendo escândalo e gritando nos ouvidos da delegada.

- Verônica. - tentou interromper, sem sucesso. - VERÔNICA! - a escrivã continuava despejando uma série de xingamentos, ignorando totalmente os chamados. Era uma sequência de filha da puta pra cá, de insensível pra lá, até uma comparação com a loira do banheiro, que fez a delegada segurar o riso. - Verônica! - chamou novamente, revirando os olhos.

- Maluca do caralho. - Anita resmungou e puxou Verônica pelo pescoço,  selando seus lábios por alguns instantes, até Verônica se afastar.

- Anita? - franziu as sobrancelhas e encarou seus olhos azuis que, no momento, pareciam hipnotizantes.

- Só queria fazer você calar a boca, escrivã. - Anita deixou seu nervosismo deslizar por sua face, e mesmo tentando não transparecer, Verônica observava cada milimetro da delegada. As duas continuavam muito próximas e o som de suas respirações pareciam preencher o silêncio do cômodo, que se fez presente após a gritaria.

- Vou fingir que acredito. - Verônica sussurrou, após alguns instantes. Ela não se mexia, ainda sem reação; só sabia alternar entre observar os olhos e os lábios entreabertos da delegada.

- E por que mais eu faria isso? - seu tom transitou para o usual de "delegada mandona", com seus pensamentos e gestos impenetráveis que manifestava na delegacia.

- Por vontade. - Anita deu uma risadinha irônica ao ouvir. - Já percebi que você não é do tipo que faz as coisas sem um motivo oculto. E não pensa que não rola nenhuma fofoca sobre você na delegacia. - Se aproximou do ouvido da loira. - Você não é tão intocável, de-le-ga-da.

A loira apertou o pescoço de Verônica, que sorria, maligna, como se tivesse desvendado um enigma.

- Escuta aqui, escriv- sua frase foi cortada por um  beijo lento - e pelas mãos de Verônica em sua cintura.

Anita não hesitou em dar passagem para a lingua da escrivã, e Verônica também não hesitou em puxar a delegada para mais perto. Era uma batalha de línguas e de arranhões, os que Anita distribuía ferozmente sobre a nuca de Verônica.

Verônica subiu a mão pela coxa da loira, ainda aos beijos. Subiu a saia do vestido de Anita, e puxou sua calcinha para baixo, sem dar tempo da delegada pestanejar antes de sentir os dedos de Verônica passeando por seu clítoris.

As pernas de Anita, em pouco tempo, soavam frágeis. A escrivã, sem tirar os olhos de Anita, lambeu a ponta dos dedos e a segurou, guiando sua cintura até o balcão da pia. Segurou Anita pela mandíbula e ordenou, com a voz quase rouca:

- Sobe.

Pela primeira vez Anita não questionou ao fazer algo que Verônica dizia. Ela sentiu a escrivã no comando e, dessa vez, isso não a ameaçou. Suas bocas não demoraram para se juntar; Elas sentiam a urgência uma da outra que, misturada com ódio, era violenta e cheia de ardor.

Verônica logo mergulhou os dedos dentro da delegada que, mesmo por cima de uma camiseta, conseguiu fazer um bom estrago arranhando as costas da escrivã.

Os movimentos eram brutos e esbanjavam puro desejo e ódio; Elas se moviam como se estivessem ligadas uma à outra. A escrivã logo se encheu do saco de ter o vestido de Anita atrapalhando e o arrancou, atirando a peça em um canto qualquer.

Os seios de Anita pareciam magnéticos; Verônica simplesmente não conseguia desviar o olhar. Ela enchia-os de mordidas e chupadas, deixando marcas pelo colo da loira.

Anita estava cada vez mais inquieta, começando a ter menos controle sob seus gemidos; A escrivã não demorou para notar e se movimentar cada vez mais rápido, sentindo a delegada se contraindo cada vez mais entre seus dedos.

Verônica segurou os cabelos loiros da delegada, e entregou-lhe um beijo urgente e fervoroso enquanto movia um de seus dedos para o clítoris de Anita, deixando-a cada vez mais em êxtase.

Seus olhos se encontraram; o azul marítimo de Anita e o castanho intenso de Verônica, e a loira se derramou.









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Arrumei umas coisinhas, juro continuar quando formar um cap inteiro!
Me deem ideias🤞🏻 se eu gostar coloco, amo perspectivas diferentes.
💋💋

Desencontros - VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora