Depressão. Substantivo feminino. PSICOPATOLOGIA. Estado de desencorajamento, de perda de interesse, que sobrevém, p.ex., após perdas, fracassos, estresse físico e/ou psíquico, no momento em que o indivíduo toma consciência do sofrimento ou da solidão em que se encontra. Ato ou efeito de deprimir(-se).
- Linda, estou preocupado, você retrocedeu 4 anos de terapia em meses de namoro e isso me preocupa, a intensidade e velocidade com que você tem piorado. - Fala Arnaldo, meu terapeuta.
- Arnaldo, eu estou em depressão! - Respondi, reconhecendo.
Tem quase 4 anos que faço terapia, comecei quando eu perdi minha avó e meu casamento começou a cair na ruína. Logo no primeiro ano de terapia saí do casulo e assumi todas as vontades que eu tinha, deixei de lado as prisões mentais que me acorrentavam numa terrível depressão, aprendi a lidar com as questões familiares e desabrochei, mas observo que voltei ao mesmo quadro do início. Eu ja estive nessa página da vida antes e sei que esse lugar não é bonito. Eu retrocedi e estou enxergando isso. Eu conheço a infelicidade que estou sentindo agora.
Raquel tem falado comigo que também anda preocupada, ontem estivemos juntas e ela me falou algo que me entristeceu:
- Amiga, você perdeu o brilho no olhar. Você me fez voltar a desejar e crer no amor, sempre falando pra eu não me permitir deixar de viver e amar, sempre com aquele olhar bondoso, você não tem mais isso. Antes, você falava do Carlos sempre com um sorriso, e não estou criticando ele não, eu adoro ele, adoro sair junto com vocês, mas agora você está apagada, você só chora, esta sempre defendendo ele, sempre olhando para você e em como você pode mudar pelo bem de vocês dois mas ele não faz isso amiga, as coisas estão piorando, você é outra pessoa. Eu estou preocupada amiga, você está se perdendo e eu já vi isso acontecendo antes com a Bia.
Ela esta certa, mas eu não consigo admitir pra ela. Não me sinto leal ao Carlos fazendo isso. Ele acha que eu fico falando mal dele o tempo todo, mas não, eu estou sempre tentando entender como faço para mudar essa realidade, me afasto de qualquer pessoa que ouse falar dele pra mim, mas ela está certa, eu não estou bem e não consigo deixar esse namoro.
-Linda, no que você está pensando? - Pergunta o Arnaldo me tirando dos meus pensamentos.
- No que Raquel me falou e no quanto ela esta correta. Eu me perdi. Essa não sou eu, essa não é minha vida, esses não são meus valores. Eu nunca tive ou adotei esse comportamento. Eu grito, brigo, fico com ciumes repentino, obedeço absolutamente tudo que ele me pede e aceito um tratamento que não é o adequado pra mim. Isso está me adoecendo novamente e eu retrocedi. - Falei chorando
- Linda, eu estou aqui. Vamos sair dessa. Reflete. O que te prende a esse relacionamento? Qual é o gatilho? O que ele acessou em você que deu a ele esse controle? Você não é uma mulher submissa e infantilizada, mas ele conseguiu acessar essa menina que está aí e não sabe viver sem ele para te conduzir. Você não está sendo a mulher que é. O que deu a ele esse poder? Vamos voltar e refletir em que ponto isso aconteceu? - Lança ele sobre mim.
Eu entendo tudo que estão me dizendo, só que quando vou colocar em prática, não consigo, parece que perco a racionalidade e os comandos dele me dominam. Eu não consigo negar nada a ele e depois a culpa e a raiva me dominam.
Fico nessa reflexão me pegando no fato que preciso arrumar uma forma de mudar esse cenário.
O dia vai passando e eu fico refletindo, mas a saudade vai apertando e apertando forte. Estamos brigados desde que ele me expulsou da casa dele. Nos falamos todos os dias, todos os dias brigamos.
- Carlos, eu amo você, não quero mais isso, chega. Vamos ficar bem, eu estou cansada disso - Falei depois de 15 minutos de brigar por mensagem.
- Linda, eu não sei. Eu estou aqui na minha casa sozinho e você está aí. É só briga. Eu não quero olhar pra sua cara. So vem aqui se for pra gente transar, se for pra ficar nessa palhaçada nem aparece aqui - DIsse ele - Você me disse que comprou aquela lingerie pra mim e nunca usou, colocou pra sair e pra mim mesmo nada - Continuou reclamando
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As lágrimas de um milagre
Духовные- Mas Vida, é seu aniversário, não vamos passar o dia juntos? - O perguntei - Eu não sei o que vou fazer, acho que vou ver se faço alguma coisa com os meninos - Disse ele ríspido. - Você não quer passar comigo? - Falei já com a voz trêmula. Era o d...
