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- Eu ainda não consigo acreditar que você pensou que ele fosse um vampiro

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- Eu ainda não consigo acreditar que você pensou que ele fosse um vampiro.

- Eu não achei que ele era um vampiro! - Mari repetiu pelo que devia ser a quarta vez desde a noite anterior. Vitória estava sentada no banquinho alto de frente para ela, as duas bebendo coquetéis em um bar da cidade. - Eu só achei ele estranho. E dizer isso agora sabendo a verdade só me faz sentir uma babaca.

Mari misturou a bebida com o canudinho, envergonhada. Vitória, por outro lado, não conseguia parar de rir.

- Mari, você não tinha como saber nada sobre ele!

- Não importa. Quando ele recusou o meu bolo, eu quis trucidar o coitado! E fiquei xingando ele em pensamento durante todo esse tempo, quando na verdade o Nico só pode ser um cara que não se sente à vontade em sair de casa.

Vitória deu de ombros.

- Não adianta ficar se lamuriando por isso agora. Já passou. Deu tudo certo. Você foi até convidada para um jantar na mansão dele! Para quem nunca nem tinha visto o vizinho misterioso, você se deu bem em um primeiro encontro.

- Não foi um encontro. Eu só fiquei presa no moinho com ele.

- Eu achei romântico.

- Vitória! - Mari queria jogar todo o coquetel na cara dela. - E eu lá quero romance?! Olha pra minha vida. Onde eu enfiaria um cara nela?

- Eu posso pensar em alguns lugares.

- Cala a boca.

Vitória estava vermelha de tanto rir. Talvez o coquetel dela tivesse mais álcool.

Mari deixou os olhos passearem pelo barzinho que tinha sido construído para imitar uma taverna medieval. Tinha uma placa do lado de fora dizendo que o lugar fora inaugurado em 1953, mas que a construção que o abrigava tinha pelo menos trezentos anos. Os proprietários pareciam abraçar aquele fato, deixando o lugar ser parcialmente iluminado por lamparinas e velas, cobrindo as paredes de tapeçarias bordadas e pela música folclórica que uma banda tocava no palco de madeira aos fundos.

Alonso tinha ido dormir na casa de um colega de escola naquela noite. Ele tinha se entrosado rapidamente com as crianças da sua sala e agora vivia convidando amigos para passar algumas horas no castelo. Naquele dia, depois que a mãe do Tommaso foi buscar o filho na propriedade dos Cavalieri, ele e Alonso imploraram para que Mari deixasse o irmão ir dormir na casa do amigo. Ela ficou um tanto insegura em se separar de Alonso - mesmo que só por uma noite - mas ela já conhecia a mãe do outro garoto e eles pareciam pessoas bem decentes.

Mesmo assim, ela não parava de checar o celular caso recebesse alguma mensagem do irmão ou da família do amigo.

- Posso servir algo mais para as senhoritas? - uma voz feminina perguntou de repente, fazendo Mari bloquear o celular depois de digitar uma rápida mensagem de boa noite para Alonso. Duvidava que ele fosse se incomodar em responder, mas valia à tentativa.

Um castelo de presenteOnde histórias criam vida. Descubra agora