doze

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- Vi, eu nem sei como te agradecer por ficar com o Alonso hoje - Mariella disse enquanto passava uma leve camada de batom

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- Vi, eu nem sei como te agradecer por ficar com o Alonso hoje - Mariella disse enquanto passava uma leve camada de batom. - Tô te devendo uma.

- Não esquenta, era a minha noite de folga mesmo e a Giana está no bar. Além disso, comprei uns jogos de tabuleiro na cidade. Vou manter seu irmão distraído e impedir que ele coloque fogo na casa.

- Isso seria muito bom, obrigada.

Mari terminou a maquiagem e passou as mãos pela calça de alfaiataria azul marinho que vestia. Apesar do frio, cada poro do seu corpo estava suando.

- Você tá nervosa mesmo, hein? - Vitória disse, desviando os olhos do seu livro de gramática italiana para observar a amiga. Ela estava recostada sobre os travesseiros na cama de Mari, o corpo debaixo de três edredons. - Você acha que o pai do Nico é tão ruim assim?

Mari tinha contado para Vitória que Nico e o pai não se davam bem, apesar de não ter entrado em muitos detalhes. Não queria expor toda a situação, porque sabia que era um assunto delicado e que só cabia a Nico revelar.

- Eu não sei o que vai acontecer, na verdade. Só quero que a noite não acabe em desastre.

- Você acha que chega a esse ponto?

Mari não respondeu, mas seu olhar grave fez Vitória assobiar baixinho.

- Boa sorte.

Naquele instante, Alonso entrou correndo no quarto e se jogou na cama ao lado de Vitória.

- Fiquei sabendo que hoje você vai ficar comigo, Vi - ele falou, a voz tão melosa que Mari não conseguiu deixar de rir. - Aposto que vai ser bem romântico.

Vitória fechou o livro.

- Você não desiste nunca, né?

- Posso lutar até o fim por você, meu amor.

Vitória riu e bateu de leve o livro na cabeça dele.

- Sai fora, pirralho.

Mari vestiu o seu sobretudo e se preparou para dar o fora.

- Eu já vou indo. Vocês se comportem. Vi, me liga se precisar de alguma coisa.

- Ei, Mari, por que você tá indo na casa do Nico mesmo? - Alonso perguntou.

Ela parou na porta, pensando no que dizer.

- Ele precisa da minha ajuda com uma coisa.

- Hum. - Só aquele som e o olhar esperto do irmão mais novo fez arrepios percorrerem o corpo dela. Era melhor sair dali antes que Alonso dissesse alguma coisa que a fizesse querer se jogar das escadas.

- Boa noite. Fica bonzinho com a Vitória.

E então ela praticamente saiu correndo, atravessando o castelo e a distância que separava as duas propriedades no escuro, só com a luz da lua para impedir que tropeçasse em alguma pedra solta.

Um castelo de presenteOnde histórias criam vida. Descubra agora