Maelle é uma universitária que busca uma vida tranquila longe dos holofotes que a perseguem todos os dias, devido ao peso do sobrenome que carrega. Há pouco mais de dois meses, ela começou a trabalhar na empresa de seu pai como punição por ter batid...
Diga sim para o paraíso Diga sim para mim Diga sim para o paraíso Diga sim para mim
Se você for, eu ficarei Se você voltar, eu estarei bem aqui Como uma barca no mar Na tempestade, eu permaneço lúcida
Porque na minha mente só tem você Na minha mente só tem você
Say Yes to Heaven — Lana Del Rey.
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6 meses antes
A música alta, uma garrafa de vodka nas mãos e um vestido curto. Isso era tudo que eu precisava para meu final de semana ser maravilhoso.
A droga do meu ex me ligava praticamente todos os dias para encher meu saco e a faculdade estava me matando. Eu só precisava espairecer, só por algumas horas antes de voltar a minha rotina maldita.
A garrafa estava quase na metade e minha garganta queimava. Thalia estava atrás de mim enquanto dançávamos até o chão sem pudor. Era isso que eu amava nela, ela sempre me acompanhava em tudo.
Suas mãos estavam agarradas na minha cintura e minha bunda colada em sua barriga, meus cabelos grudavam na testa e meu sorriso nunca deixava meu rosto.
Quando a música acabou, deixei um suspiro sair pelos meus lábios e nos separamos. Thalia pegou a garrafa da minha mão e deu um boa golada, logo em seguida puxou minha mão e cambaleei para fora da boate.
— Ei, aquele cara não para de te olhar — gritou para que eu pudesse ouvi-la. Então Thalia apontou para um homem vestido de preto no outro lado da boate que nós observava sério.
— Eu não sei quem é, mas ele é lindo. — dito isso, sorri para minha amiga e sai cambaleando até o homem. Arrumei meu cabelo o quanto pude e ergui meu vestido para que mostrasse mais das minhas pernas.
Quanto mais me aproximava do homem, mais eu via o quão bonito ele era, eu só não entendi por quê do terno em uma boate abafada e fedorenta. Mas não importa, vou tirar peça por peça.
— Oi, gato. Você está sozinho? — perguntei quando parei em sua frente, ele era um pouco mais alto do que eu. Pousei minha mão em seu ombro e sorri o mais sedutoramente possível que o álcool deixou.
De repente ele colocou o dedo na orelha e falou:
— Senhor, ela está aqui comigo e dando em cima de mim. O que deseja que eu faça? — o que? Com quem esse idiota tá falando? Que se foda. Me virei brutalmente e comecei a caminhar para Thalia novamente.
Isso foi pior que um não. Ele, simplesmente, me ignorou e começou a falar com outra pessoa colocando o dedo no ouvido. Ele é muito estranho.
Senti mãos agarrando meus ombros e quando me virei pude ver o mesmo homem de antes.
