capítulo 14

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MAELLE HATHAWAY

Quando entrei na minha sala, esperei encontrar Declan sentado onde eu deveria estar, mas ele não estava lá. Tudo estava no lugar, a mesa estava arrumada e a sala climatizada.

A primeira coisa que fiz foi pegar uma garrafinha de água no frigobar, logo após tirei meu blaser e só então me sentei na cadeira.

Eram oito e meia, eu estava meia hora atrasada, essa foi a primeira vez que não vi Declan sentado na minha cadeira para me dar um sermão.

Respirei fundo antes de começar a trabalhar.

A minha porta estava aberta e, às vezes, eu me distraía um pouco olhando para quem passava pelo corredor. Foram poucas vezes que Declan passou por ali, mas ele não virou o rosto para me olhar, ele apenas passou reto como se a minha sala não existisse.

Eu sabia que seria difícil descobrir o que sentia por ele quando nós dois nos tratávamos dessa forma. Eu não estava disposta a tratá-lo bem, só queria saber o que sinto por ele, para então poder concertar isso da melhor forma possível.

Meus olhos voltaram a olhar a agenda onde eu estava organizando os horários do meu pai e checando o evento mais próximo.

Arregalei os olhos percebendo que o baile beneficente seria em poucas semanas. Eu não tinha muitas informações ainda, mas eu sabia que nós teríamos algum tipo de participação neste evento.

Meu pai ou Declan sempre falam em nome da empresa, eu perguntaria aos dois qual deles estaria disposto a fazer isso, para então tudo ser resolvido antecipadamente.

Eu também não fazia ideia de quem seria o anfitrião desse baile, talvez seja alguém novo nesse mundo de negócios.

Na hora do almoço, meu pai saiu com Declan para almoçar, eles gostavam de fazer isso. Dessa vez ele não me chamou, e eu agradeci por isso.

Após receber algumas mensagens de Thalia, marcamos um almoço juntas em um restaurante que ela gostava muito, restaurante japonês que servia Poke e outros tipos de comida crua.
É um bom motivo para passar um tempo a mais com a minha melhor amiga, ela anda bem ocupada com o trabalho e a faculdade, nesse período que fiquei em casa, eu quase não a vi. Ela chega perto das nove da noite e está hora eu estou na faculdade.

Quando cheguei no restaurante, pude ver a cabeça careca de Thalia da entrada. Não tem como não achar essa garota facilmente, ela se destaca perante aos outros.

— Oi, Thali. — a cumprimentei me sentando a sua frente.

— Oi, Maly. Eu tenho novidades. — ela sorriu de orelha a orelha. O que me fez sorrir também.

— O que ouve? — perguntei interessada.

— Eu encontrei um lugar pra morar. É um lugar muito bom, fica entre a faculdade e o meu trabalho. — ela sorriu amimada.

—Isso é muito bom, Thali. — sorri para a minha amiga. Não estava me sentindo a pessoa mais feliz do mundo, eu estava gostando de ter alguém comigo no apartamento. —Eu só não acredito que você vai me deixar, sua falsa. —joguei um guardanapo nela de brincadeira.

— Você foi só um passatempo pra mim, agora eu achei algo fixo. — ela sorriu brincalhona.

— Eu vou lembrar disso pelo resto da minha vida.

Tons de Frieza | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora