Tons de Frieza | +18

capítulo 06

MAELLE HATHAWAY

Me atrasar para tudo era parte do meu DNA. Eu não entendia porque meu corpo gostava de pedir mais cinco minutos que no final se tornavam uma hora, mesmo com cada célula do meu corpo avisando que eu tinha compromissos importantes, eu não acordava de jeito nenhum.

Eu estava na mesma situação da semana passada, eu estava, praticamente, meia hora atrasada. Eu só espero que um dia meu pai não surte por isso.

Meus cabelos estavam caindo como cascatas em minhas costas, ondulados e naturais. Embora eles estivessem um pouco secos por conta do cloro na água da piscina que eles estiveram em contato ontem.

Ainda assim, eu dei um jeito para que eles não ficassem duros e sem vida.

Meu terninho era cinza de tecido leve, sem detalhes, era liso e sofisticado, por baixo do blaser eu usava um body branco de renda. Usava também um colar dourado com um pingente em formato de sol, nas mãos eu usava um anel orgânico de ouro rose no dedo anelar, que eu nunca tirava das mãos, e o usava nesse dedo como sinal de autocontrole.

Eu usava um salto nos pés, eu gostava de usá-los, mas eles causavam uma pequena alteração na minha postura e machucava minhas costas. Resolvi colocar em minha bolsa uma sandália papete caso minhas costas doerem por causa do salto.

Não era algo que combinava, mas eu não podia fazer muito sobre isso.

Levei quinze minutos para chegar ao trabalho, dessa vez eu cumprimentei a recepcionista. Peguei o elevador para meu andar e chequei a pouca maquiagem que passei, no espelho.

Caminhei até minha sala, abrindo a porta em seguida e levando um susto por ver alguém ali dentro.

— Atrasada mais uma vez. — Declan reclamou. Ele estava sentado em minha cadeira com os braços cruzados.

— Nem percebi.

— Pare de ser irônica, Maelle. Estou falando sério, você já se atrasou mais de vinte vezes em poucos meses que trabalha aqui, você não leva isso a sério. — soltei uma risada amarga. Eu levava a sério, mas não tinha culpa por dormir demais.

— Declan, saia da minha sala. — pedi calmamente.

— Não, esse é o último dia que você trabalha aqui. — afirmou. — Não me importo com a reação do seu pai, mas não da mais para você ficar aqui! Você não leva nada a sério. — bradou, sua mão apertava a madeira da mesa com força, como se fosse quebrá-la, seus dedos estavam brancos e ele estava um pouco ofegante.

— Tá bom. — dei de ombros, se era assim que ele queria que fosse, por mim tudo bem.

— Ótimo! — ele levantou da cadeira e rumou para fora da sala, passando por mim em uma velocidade inigualável. Como se estivesse fugindo.

Revirei os olhos e comecei meu trabalho, eu sabia que não iria ser demitida, eu tinha um acordo com meu pai: trabalharia seis meses em troca do conserto do carro.

E, ainda me faltavam dois meses para completar os seis meses, então Declan ainda iria me aguentar muito.

Mas parte de mim gostaria que meu pai me mandasse em bora, ficar perto de Declan estava cada vez pior, suas provocações eram insuportáveis e sem contar que ele parecia ficar muito feliz em me rebaixar.