capítulo 12

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DECLAN CRAWFORD

Estacionei baby em frente a empresa, desci do veículo e o tranquei. Caminhei para dentro, dando apenas um aceno de cabeça para a garota na recepção.

Não costumava dar muito atenção a ela, uma simples conversa a levava abrir às pernas, não a demitia porque ela era eficiente. Peguei o elevador e subi ao meu andar, meu telefone tocou e logo tratei de atender.

Era apenas mais um de nossos assessores, ele falava sobre nosso novo projeto em andamento. Deixei que ele falasse o que tinha para falar, não era nada do que eu eu já não sabia, em seguida desliguei o telefone e sai do elevador.

Quando passei pela sala de Maelle, vi que ela ainda não havia chegado, como de costume. Ela tinha algo contra a pontualidade, isso era algo que eu odiava. Para mim, pontualidade era tudo.

Todas as vezes que ela se atrasa, eu a espero em sua sala para lhe dar um sermão. Mas não desta vez, vou me manter o mais longe possível dela e fazer o que ela tanto queria, esquecer tudo o que aconteceu.

Eu era bom nisso, não seria um problema.

Maelle será a última coisa que passará pela minha mente, ela era apenas uma pirralha que acabou de sair das fraldas. E, eu sou um homem, não sou mais um adolescente que gosta de correr atrás de garotinhas.

Provocá-la ontem foi idiotice e nunca mais se repetirá.

Não sentiria nada por ela, ela só seria a minha secretária e a filha do meu amigo. O desejo que eu senti por ela nos últimos tempos seria dissipado.

E em algumas semanas eu não a verei mais, o que facilita minha vida. Maelle é uma pedra no meu sapato.

Abri meu notebook e comecei a trabalhar, eu tinha muito o que resolver. Não só problemas da empresa como da boate também.

Me afundei em trabalho, não pensando em mais nada além disso durante o resto da manhã, levantei da cadeira para pegar uma garrafa de água no frigobar, para segundos depois voltar ao que eu tinha que fazer.

Uma batida na porta me desconcentrou, passei as mãos pelos fios de cabelo que caiam em meu rosto, senti meu corpo cansado.

Murmurei um "entra" para a pessoa que estava no outro lado e descansei meu corpo na cadeira macia. Esfreguei os olhos e peguei a garrafa de água em cima da mesa.

Quem apareceu na porta foi Vincent.

— Você tá um lixo. — descontraiu. Fechou a porta e caminhou para perto da mesa.

— E você é um. — ele arqueou uma sobrancelha com um sorriso brincalhão nos lábios e se sentou na cadeira que estava em frente à minha mesa. —
O que você quer? Eu estou ocupado.

— Na verdade nada, eu só queria saber se você me acompanharia em um almoço, senhorita. — brincou, deixei um sorriso escapar de meus lábios com a sua fala.

Vincent tinha esse costume de brincar comigo, na verdade, ele era o único que eu, realmente, deixava fazer essas coisas comigo.

— Se você pagar. — sorri ladino.

— Não, você é bem grandinho para pagar a própria conta. — murmurou, pegando uma caneta na mesa e brincando com ela. — Agora levanta dessa cadeira e vá arrumar essa cara de bunda.

Tons de Frieza | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora