É a semana do casamento de Tyler, e Caroline está de volta a Mystic Falls pela primeira vez depois do ano mais traumático e deprimente de sua vida. Tudo fica ainda pior quando ela é obrigada a dividir espaço com Klaus, o pior cara de todos. Exceto q...
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— Ei, Liz – Tyler diz timidamente em frente ao túmulo de Liz, algumas horas depois da conversa que ele e Caroline tiveram em casa. Tyler mantém as mãos afetadamente na frente do corpo, como costumava fazer quando era menino e tinha problemas com a xerife. Caroline fica um passo atrás, ainda usando seus óculos escuros, a luz do sol é mais do que ela pode aguentar agora, mas sorrir não dói mais tanto. — Me desculpe, eu estraguei tudo, eu não estava aqui ontem – ele continua. — Está sendo A semana, você não tem ideia. Você provavelmente seria a primeira a dizer isso se estivesse aqui. Você sabe como fica minha mãe antes de um grande evento social. Às vezes não sei se este é o meu casamento ou o dela. – Caroline dá uma risadinha. — Realmente gostaria que você estivesse aqui, Liz. Você saberia como dar forma a essa cerimônia em um piscar de olhos. Sentimos muito a sua falta.
Ele se vira para olhar para Caroline, como se buscasse sua aprovação. Ela lhe lança um sorriso encorajador, cheio de ternura. É interessante como ela se sente uma péssima, mas mais leve do que se sentia há meses, como se tivesse voltado para dentro de si mesma.
Aquela tristeza avassaladora que tomou conta de todo o seu ser apenas um dia antes se transformou em uma pulsação distante, um aperto no peito em vez de uma dor lancinante. Provavelmente nunca irá desaparecer, mas não a faz sentir que não consegue mais respirar.
De alguma forma, Caroline não acha que estaria se sentindo assim se ontem não tivesse acontecido. Se ela não tivesse desmoronado completamente, e se Klaus não estivesse lá para ajudá-la a juntar os cacos.
— Você acha que ela ficaria desapontada? – Tyler pergunta.
— Sobre o quê?
— Que não somos nós dois que vamos nos casar.
— Ver você feliz jamais a desapontaria, Ty. Ela ficaria emocionada. Mesmo que o coração tendencioso de mãe ainda esperasse que fosse eu de branco.
Tyler fica quieto por um tempo.
— Eu me pergunto se ela não estaria certa.
— Tyler. – Caroline o adverte suavemente. — Não diga isso
— Fico me perguntando se estou fazendo a coisa certa – ele confessa, coçando a nuca. — As coisas com Liv... aconteceram tão rápido. Parece que eu não estava pensando, mas sim seguindo o fluxo. Talvez sua mãe estivesse certa. Inferno, talvez minha mãe esteja certa. Talvez não seja pra ser.
— Você realmente não quer dizer isso.
— Diga-me que você não se perguntou a mesma coisa.
— Ah, não. Não vamos fazer isso.
— Apenas seja honesta comigo, Care. Você nunca pensou sobre isso?
Caroline solta um suspiro agitado
—Bem... Sim. Quero dizer... Há um ano, na sua festa de noivado.
— Viu? Todo mundo está pensando a mesma coisa. Não pode ser coincidência.
— Nem todo mundo pensa a mesma coisa, e quem pensa só faz isso porque nos conhece desde que éramos crianças – Caroline argumenta. — Admito que fiquei um pouco confusa quando você me disse que estava noivo. Até o momento em que desci do avião, eu não tinha certeza se conseguiria comparecer à festa de noivado. E então, quando o fiz, disse a mim mesma que estava ali apenas para confirmar que você estava cometendo um erro e que, no segundo em que colocasse os olhos em mim, sentiria o mesmo. Eu também estava no movimento Forwood.
Tyler arqueia as sobrancelhas para ela.
— Forwood?
— Eu nos dei um nome de shipp de celebridade, ok? Não me julgue.
Tyler ri.
— Eu não estou. Eu gosto... Forwood. Soa legal.
— Mas isso não significa que seja certo. Eu estava errada, Tyler, e percebi isso assim que vi você perto da Liv pela primeira vez. Acho que você nem percebeu o quão óbvio é o jeito que você olha para ela, o jeito que você se ilumina como uma árvore de natal sempre que ela entra na sala, mesmo ela estando completamente inconsciente de estar sendo observada. Você não conseguia parar de procurá-la na festa, não conseguia ficar longe. Como alguém que conhecia você a vida toda, eu soube instantaneamente que você se apaixonou por ela como nunca se apaixonou por mim.
— Caroline…
— Não quero dizer isso para parecer amarga, é apenas a verdade. Nós nos amávamos, mas não era assim. Eu estava fora de cogitação. Forwood estava morto, era hora de… — Caroline torce o nariz. — Tayliv? Qual é o sobrenome dela?
— Parker
— Parkwood. Soa perfeito, e não apenas 'legal'
— Sim… – ele concorda com um sorriso.
— Ty – Caroline pega a mão dele, tirando os óculos escuros para poder olhá-lo nos olhos. — Ignore meus olhos vermelhos, o que tenho a dizer é importante. Sempre teremos história, e sei que há uma parte de você que sempre me amará, assim como eu sempre amarei você. Mas isso não significa que nós deveríamos acabar juntos. Eu nunca poderia ser pra você o que a Liv é, e nem quero. Nem você quer. Namoramos por cinco anos e não demos nenhum passo, não tínhamos nenhuma certeza, seis meses com ela e você vai se casar em alguns dias. Você não acha que isso significa alguma coisa?
— Sim, claro que sim. Eu sabia que queria me casar com ela no primeiro beijo. Eu nunca senti isso com você, mas eu não sei... Desde que cheguei aqui as coisas estão… esquisitas. Tensas.
— Porque você está deixando sua mãe te afetar – Caroline afirma muito enfaticamente. – Eu amo Carol, mas você não pode ouvi-la, você sabe como ela é. Se dependesse dela, ela manteria você só para ela, aqui, em Mystic Falls, trancado no porão pelo resto da vida. Ela acha que Liv está roubando seu menino de ouro.
– Isso... Na verdade, não está muito longe de algumas das coisas que ela disse.
– Está vendo? – Caroline dá um tapa no braço dele de brincadeira. — Você só machucou a si mesmo e a Liv com essas dúvidas idiotas que nunca existiriam sem sua mãe no meio. Você encontrou seu amor épico, Tyler. Concentre-se em como você se sente, não em Carol. – ela para um momento para olhá-lo nos olhos – Eu estou muito feliz por você. Minha mãe também teria ficado.
O rosto de Tyler finalmente se abre em um de seus raros sorrisos cheios de dentes, do tipo que faria todas as garotas - e alguns dos garotos - desmaiarem no ensino médio.
— O que eu faria sem você, Care?
— Para sua sorte, você nunca terá que descobrir.
Ele a puxa para si, passando os braços em volta dela em um abraço apertado e dando um beijo forte em sua testa.
— Obrigado. De verdade. Você disse exatamente o que eu precisava ouvir.
— Não me agradeça – diz ela, afastando-se. — Leve-me ao Grill e pague meu almoço porque a ressaca está começando a passar e eu não comi nada hoje.
