11 | Fascínio

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I will love you unconditionally

A mão de Jimin ao redor do pescoço de Jungkook. O peitoral colado nas costas. O corpo do ômega está encolhido, os olhos fechados, o ar escapa vagarosamente pelo nariz e pequenos ruídos de prazer são derramados pelos lábios já tão maltratados por mordidas.

A luz do novo dia mal alcança o quarto através da fresta janela e eles já estão se derramando em elogios e murmúrios.

Jeon está sendo penetrado lentamente. Nunca houve tanta calma nas investidas do Park. Tão suave, que o corpo mal se move. Eles gostam. Adoram sentir cada mínima ação com precisão. Como se estivessem em uma aula, estão anotando na mente, cada gota de suor que se forma, cada lufada de ar, cada assim, amor.

Jungkook teve um sonho. Acordou molhado e chamando por Jimin sem nem perceber. Quando viram, as roupas estavam no chão e eram uma bagunça de braços, pernas e chorinhos de prazer.

Um mês e meio se foi.

Para os dois, tantos dias se equiparam a horas, tão agradável é dividir o mesmo teto, as roupas e taças de vinho. Tão tranquilo os toques sutis, os abraços no fim do dia e beijos roubados durante a preparação de uma refeição.

Metade do tempo passou muito rápido, a outra metade também irá passar e eles não querem pensar nisso. Só desejam se amar pelos cantos da casa, andar a cavalo, dividir a leitura de um livro e pincéis durante a pintura de uma nova paisagem.

Por mais treinados para isso que sejam, pensar que logo estarão morando no castelo e que ao lado do rei e da rainha, vão atender as necessidades do povo e se preocupar com os problemas do reino, deixa o coração disparado tamanho medo. Lembrar, então, que um dia a coroa estará sobre a cabeça deles, contorce o estômago e traz um gosto ruim à língua.

Todavia, a insegura se torna um pouquinho menor quando se olham, quando se acariciam, quando os dedos entrelaçam, pois se estiverem lado a lado, acreditam que tudo será mais suportável.

— Alfa... — ressoa Jungkook, está sendo banhado por prazer; desmanchando em satisfação. — Meu alfa. Você é incrível.

— Meu amor — responde num sopro contra a orelha, investe com mais gana e aperta o ômega com o corpo todo, deixando mais do que claro que também chegou ao ápice.

Se afasta com cuidado e o gozo escorre. Sabem que não devem cair no sono da forma que estão, mas antes que possam realizar qualquer movimento, as pálpebras pesam e tudo se torna um grande breu.

Sentados na porta da casa, em silêncio, o casal divide uma maçã. O rosto de ambos está inchado por conta da soneca pós-almoço. Soneca é essa que durou umas 5 horas, isso quer dizer que mais um dia está indo embora.

— Amor — Jimin chama Jungkook, leva o rosto em direção ao marido e nota que ele está com o olhar fixado em um ponto da grama. — Amor, está tudo bem? — Toca as costas um tanto rígidas do ômega.

— Está. Só acabei de lembrar de um sonho. — Pisca algumas vezes e ajeita a postura.

— Ah, não! — Exaspera. Jungkook raramente tem sonhos agradáveis, está mais que preocupado com a saúde mental dele.

O ômega fecha os olhos e inclina o corpo enquanto dá risada.

— Calma, foi um sonho bom.

— Devo acreditar nisso? — pergunta num tom divertido, arranca outra risada gostosa do marido e ganha um tapinha no peitoral, se defende pegando a mão do Jeon, por fim entrelaça os dedos.

Soberania • pjm + jjkOnde histórias criam vida. Descubra agora