36. my muse by my side

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🎸 | Boa leitura!

Essa pode ser mesmo uma má ideia, parte de mim está gritando com a outra parte sobre como essa é a decisão mais burra que eu já tomei

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Essa pode ser mesmo uma má ideia, parte de mim está gritando com a outra parte sobre como essa é a decisão mais burra que eu já tomei. Mas sinceramente, não quero ser a controladora medrosa de sempre. Ao invés de trancar a porta de acesso ao meu coração, eu vou dar um passe VIP ao Vinnie e confiar que ele não vai fazer uma bagunça lá dentro.

Para não dizer que eu estou sendo totalmente tola e apaixonada, estou tratando isso como um teste. Não vou imaginar um futuro romântico com flores e corações, mas também não vou descartar qualquer possibilidade disso. Se acontecer, ótimo, serei alguém muito feliz. Se não, eu só espero que termine em condições pacíficas e que eu supere isso.

Vinnie e eu ficamos no jardim a noite inteira. Nós conversamos, comemos e, obviamente, nos beijamos muito. Nunca ri tanto com alguém como ri com ele e também nunca imaginei que estaria com tanta vontade de agarrar um homem a cada cinco minutos, ou a cada vez que ele sorria para mim. No início, eu não entendia direito como as fãs dele podiam parecer tão loucas só com esses sorrisos, mas agora eu meio que entendo. Eles são de tirar o fôlego, mas eles são diferentes quando dirigidos a mim. Vinnie tem um sorriso especialmente para mim.

Vamos para quartos diferentes na hora de dormir e ele avisa que deixará a sua porta aberta caso eu tenha insônia. Vou me deitar acreditando que o sono virá com muita facilidade, porque minha noite foi boa e eu tenho muitas coisas agradáveis nas quais pensar. Mas quando visto o meu pijama e vou para debaixo dos lençóis, simplesmente não consigo dormir. Estou cansada, mas meu cérebro se recusa a desligar o meu corpo. É quando um forte instinto me pede que eu dê uma olhada na minha bolsa, mesmo sabendo que eu não vou encontrar nada lá.

Talvez algum comprimido tenha se perdido. Penso no escuro e desvio o olhar para a bolsa tiracolo que joguei na poltrona do quarto. Sei que não vai ter nada, Vinnie fez questão de me fazer assistir enquanto jogava todos os meus comprimidos na privada. Mas só por descargo de consciência, é melhor procurar.

Levanto e vou até a bolsa, vasculho todos os compartimentos os colocando do avesso mais de uma vez. Não tem nada, eu sei que não vou achar nada. Com a confirmação disso, sento no chão encostada contra a poltrona e seguro minha cabeça com as mãos. Fecho os meus olhos por um instante e respiro fundo. Me sinto bem, mas por que não consigo dormir? É como se tivesse um botão no meu corpo e eu não conseguisse alcançá-lo para desligar.

Levanto do chão e resolvo fazer a última coisa que posso. No fim do corredor, vejo a porta do Vinnie aberta exatamente como ele disse que deixaria. Vou até lá nas pontas dos pés, dou uma espiada antes de entrar e o vejo dormindo. Ele está abraçando um travesseiro, usa uma camisa preta e calças xadrez de pijama. O cobertor está enrolado em suas pernas como se ele tivesse se movido demais. Sinto um pouco de dó por pensar em acordá-lo, mas não vou sair da minha agonia se não fizer isso.

Chego perto da cama e o observo tão sereno e respirando fundo. Toco seu cabelo, arrumando-o para trás do mesmo jeito que ele faz quando está concentrado. Sem abrir os olhos, mas mostrando estar acordado, Vinnie segura a minha mão e leva até os seus lábios depositando um beijo. Depois disso, ele abre os olhos e me fita. As cortinas um pouco abertas deixam a luz da lua entrar no quarto, um rastro dessa luz passa bem sobre os olhos dele, cintilando-os de um jeito que parece até sobrenatural.

Backstage ᵛᶦⁿⁿᶦᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora