22. familiar problem

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🎸 | Boa leitura!

Talvez essa coisa de desabafar realmente seja eficaz

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Talvez essa coisa de desabafar realmente seja eficaz. Nunca tive vontade de fazer isso com ninguém. Na verdade, só a remota ideia de ser sincero sobre a minha vida fodida com alguém sempre foi muito assustadora para mim. Era como ouvir a voz do meu pai dentro da minha cabeça dizendo "isso não é coisa de homem". Mas com a Rory até que foi fácil, porque eu sei que ela me entende mais do que ninguém.

O serviço de quarto trouxe o café da manhã duplo que eu pedi e nós estamos comendo na cama sentados um de frente para o outro, separados apenas pelas bandejas sobre o colchão.

— Então, o Louis resolveu dar uma super festa. — ela diz antes de comer um morango.

— O que queria que ele fizesse? Você o magoou depois de terem tido aquele encontro super romântico. — não escondo a ironia da minha fala. — Sumiu e nem atendeu as mil ligações.

— Ele não precisava ser infantil e dar uma festa que destruiu uma suíte de um hotel de luxo.

— Ficou chateada? — olho-a curioso.

— Com ele? Não. — balança a cabeça negativamente. — Se foi o intuito dele, o tiro saiu pela culatra. Minha primeira preocupação foi você.

Ergo a sobrancelha e a encaro sugestivamente. Ela engasga e bebe um gole de suco para se recuperar.

— Por causa do trabalho. — explica. — Afinal, eu sou a sua assessora. O que a banda faz não importa desde que não afete você.

— Claro, o trabalho. — solto um suspiro e começo a passar geleia em uma torrada. — Geralmente, eu não frequento as festas do Louis, mas queria ver o que ele estava pensando em aprontar. E também queria beber, óbvio.

— Vou conversar com ele depois. Não sei o que ele acha que eu fiz, mas não tem nada a ver com ele.

— E com o que tem a ver? — finjo desinteresse concentrado em comer a minha torrada.

Sei que ela saiu correndo porque ficou apavorada com o nosso beijo, mas quero ouvir ela dizer isso, ou ouvir qualquer mentira que saia da sua boca.

— Eu tive um problema familiar. — responde.

— Sério, General? — rio com desdém. — Isso é o que todo mundo diz quando não quer ter que se explicar. Fala a verdade, o que aconteceu?

— Estou falando a verdade.

— Ok. — rolo os olhos. — Quem da sua família teve problemas?

— A minha mãe.

— Sempre a mãe... — resmungo baixo, mas ela me ouve e franze o cenho. — E a sua mãe está bem? — mais uma vez uso um tom irônico porque quero que ela saiba que não acredito.

— Está melhor. — ela ignora a maneira como eu falo e continua a comer despreocupada.

— Emergência médica?

Backstage ᵛᶦⁿⁿᶦᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora