58. We're going to be fine, aren't we?

249 12 2
                                    

🎸 | Boa leitura!

Mesmo com a mão me incomodando um pouco – por bons motivos, claro, bater no Louis sempre vai ser um ótimo motivo –, continuo tocando violão e tentando criar uma composição nova

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Mesmo com a mão me incomodando um pouco – por bons motivos, claro, bater no Louis sempre vai ser um ótimo motivo –, continuo tocando violão e tentando criar uma composição nova. Preciso focar no meu próximo álbum, ou vou enlouquecer por focar nas coisas que estão tirando o meu sono. Decido transformar a minha dor em arte e no momento tenho dois versos prontos.

Vim para te encontrar, dizer que sinto muito.
Você não sabe como você é adorável.

Batuco no caderno com a ponta do lápis enquanto tento pensar em outras palavras. Minha campainha começa a tocar de repente. Uma, duas, três, quatro, repetidas vezes, como se a pessoa do outro lado estivesse desesperada. Deixo meu violão no sofá e vou até a porta. Espio pela vidraça e fico totalmente confuso ao ver a Rory. Ela está na minha varanda, o celular contra a orelha enquanto anda de um lado para o outro falando em ligação com alguém.

Abro a porta imediatamente e ela vai entrando sem olhar para mim, apenas caminha até o centro da sala enquanto ainda conversa com sabe-se-lá-Deus-quem.

— Sim, amanhã está ótimo! — ela solta uma risada aguda que não parece nada com ela. — É claro que ela vai aparecer no horário, ela é a pessoa mais pontual do mundo! — outra risada. — Não precisa me ameaçar, queridinho, ela vai estar lá. — faz uma pausa. — Perfeito, foi mal por te acordar. Beijos! — e então ela desliga.

— Rory... — olho para ela confuso.

— Eu tenho um plano, mas, puta merda, ele pode não dar certo. — começa a falar voltando a caminhar pela sala, ofegando e gesticulando o tempo todo. — O Louis foi até a minha casa, inclusive, parabéns por aquela arte no nariz dele, ficou lindo! — ri — Enfim, ele disse que pode fazer a Catarina falar, então ele deve chamar ela para jantar. Vamos esconder uma escuta na roupa dele, eu consigo material de espionagem com alguns contatos. Vou ficar em um carro do lado de fora do restaurante, Aaron vai seguir um roteiro e eu espero que ele não desvie do que eu disser, diferente de você, que estragou tudo quando jantou com ela! — aponta na minha direção de forma acusatória.

— Rory. — me aproximo com cuidado.

Ela está andando de um lado para o outro depressa e está quase sem fôlego, como se tivesse corrido a pé até a minha casa. Seu rosto também está vermelho e tenho certeza que suas mãos estão trêmulas.

— O jantar vai ser longo, ele não pode assustar a cadela. — continua. — Ele pode sugerir sabotar o exame de DNA, já que está mais próximo de você do que ela. Isso vai fazer a ambição dela falar mais alto, ela vai admitir que o bebê não é seu, o Louis vai começar a entrar em detalhes a partir disso até que ela diga que não aconteceu nada entre vocês. E aí eu vou... — ela para e respira mais depressa.

— Rory? — paro a uma curta distância dela. — O que você tomou? — pergunto com seriedade.

— Só... só ritalina. Não... não faz mal... — seus olhos se enchem de lágrimas. — Isso não vai dar certo, vai? Eu... estrago... tudo... — soluça, começando a chorar. — Vinnie... eu acho que... estou tendo... um ataque... cardíaco...

Backstage ᵛᶦⁿⁿᶦᵉ ʰᵃᶜᵏᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora