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Hoje tinha jogo de quadribol. Sonserina×Grifinoria. Matteo, Theo e Blaise faziam parte do time. Então eu e Pansy nos arrumamos como líderes de torcida praticamente.

— Deviam criar uma torcida organizada. — Matteo diz para Pansy e eu assim que nos sentamos na frente deles para o café da manhã.

— Os Basiliscos da Fiel. — Digo de forma dramática.

— Fiel? — Blaise pergunta. — Não tem um fiel aqui.

— Eu sou fiel. — Matteo diz.

— Você tava se comendo com a Dafhne ontem. — Pansy diz. Matteo me olha e eu olho para ele.

— Decaiu de novo, Matt? — Pergunto rindo.

— Decaiu foi pouco. — Theo diz.

— Como vocês são chatos. — Matteo diz revirando os olhos.

— Ninguém mandou você ficar com aquela loira sem sal sendo que tem essa loirinha gostosa na sua frente. — Pansy diz me fazendo engasgar com o bacon.

— Quer pegar ela é só falar. — Matteo diz.

— Eu quero. — Pansy responde. — Vamo, amiga?

— É vapo. — Respondo.

— Vocês me estressam. — Theo diz.

Depois de comer, fomos todos para o campo, os meninos foram para o vestiário e eu e Pansy fomos para as arquibancadas, sentamos na primeira fileira.

O time da Sonserina até que estava indo bem, porém Ron, que agora era goleiro da Grifinoria, ele era muito bom, defendia muito. Com as defesas de Ron, a Sonserina acabou perdendo. Vi meus amigos de casa saírem irritados do campo, eu e Pansy corremos até o vestiário.

— Espero que não tenha ninguém pelado aqui. — Falo entrando no vestiário masculino.

— O que faz aqui? — Theo me pergunta, ele estava irritado.

— Vim ver se estavam bem. — Respondi.

— Depois dessa derrota vergonhosa? — Um jogador da Sonserina disse.

— Não foi vergonhoso. — Respondo. — Vocês foram muito bem na verdade.

— O que você entende sobre Quabribol, Pandora? — Outro jogador pergunta.

— Nada. — Respondo. — Mas vocês ficam bonitos jogando. — Digo laçando uma piscadela.

— Vamos, Pandora. Já falou demais. — Matteo diz me puxando dali, eu começo a rir. — Você é muito idiota.

— O que? — Pergunto parando de rir imediatamente.

— Você fica se jogando para todo o garoto que vê. — Ele diz com um tom de ciúmes.

— O que quer dizer com isso? — Pergunto.

— Que você está parecendo uma puta. — Ele diz me fazendo rir amarga.

— Você é inacreditável. — Digo e me viro para sair, mas Matteo me puxa novamente.

— Eu não terminei de falar. — Ele diz e eu me solto brutalmente de seu aperto.

— Não tem o que falar, Lestrange. Nós não temos nada, já deixei muito claro antes disso começar. Foi você que quis começar com isso para eu esquecer o Harry, mas adivinha?! Eu não vou esquecer ele, porque eu não queria terminar com ele! Ou tenho que te lembrar de tudo que me fizeram? E quando eu me livrar dos meus avós, pode ter certeza que é com ele que eu vou ficar. Não é com você e muito menos com o Malfoy, vai ser com ele. Então vê se coloca isso na sua cabeça, somos só amigos, você não tem o direito de estar com ciúmes ou de me chamar de puta. — Digo tudo muito rápido.

— Ok, Pandora. Faça o que quiser. — Matteo diz saindo do local.

Olho para ele incrédula, não acredito nisso. Começo a andar irritada pelos corredores, ele não tinha esse direito. Vejo os jogadores da Grifinoria comemorarem animados a vitória, Ginny vem até mim.

— GANHAMOS! — A garota diz me abraçando.

— Ganharam! — Digo fingindo comemorar.

— Esqueci que você é uma cobrinha. — Ela diz rindo um pouco.

— Como está? — Pergunto.

— Bem e você? — Pergunta e eu murmuro um "bem". — Dora... Desculpa, mas eu tenho que perguntar...

— Não sou comensal. — Respondo e puxo a manga da minha camisa.

— Por que escondeu de Harry aquele dia? — Ela pergunta pegando meu braço e vendo as marcas roxas.

— Estava pior no dia. — Respondo. — Já estava doendo muito ter que terminar com ele, explicar tudo que aconteceu nas férias e esses machucados, só deixaria tudo pior.

— Deviam conversar. — Ela me diz.

— Sei que sim. — Suspiro. — Mas tenho medo dos meus avós.

— Não pode deixar eles arruinarem sua vida. — Ela diz e eu dou de ombros.

— Não é muito minha vida, eles já mandaram eu tudo. Parece que é a vida deles e não minha, me acostumei. — Respondo.

— Não deixe. — Ela diz. — É sua vida, não deles.

— Não é tão fácil. — Falo para ela.

— Podemos te ajudar, todos nós. — Ela diz e pega minha mão. — Você tem mais pessoas por você do que imagina.

— Obrigada, Ginny. — Digo a abraçando. — Agora vai aproveitar sua vitória, você jogou muito bem!

— Eu sei. — Ela diz rindo. — Fica bem, Dora. Estou aqui.

— Também estou aqui, Gin. — Respondo e ela segue seu caminho e eu o meu.

Vou até a comunal da Sonserina, quando entrei vi Matteo, Draco e Theo, passei reto por eles, Theo até me gritou, mas eu o ignorei. Fui correndo até meu dormitório, precisava falar com Pansy, já que a mesma era uma espécie de... melhor amiga, digamos assim.

— Pan? — Chamo assim que entro no quarto.

— Eu. — Ela responde. Estava deitada em sua cama, me deito ao seu lado.

— Matteo me chamou de puta. — Digo.

— O que? — Pansy e Theo que tinha acabado de entrar no quarto praticamente gritam ao mesmo tempo.

— Não briguem com ele, eu já resolvi. — Digo, Theo se joga entre nós.

— Mas eu posso bater nele. — Theo diz fazendo biquinho.

— Não pense que eu esqueci o jeito que você me tratou também, Theodore Nott. — Digo para ele.

— Desculpa, Dorinha. — Ele diz sorrindo meigo. — Errei, fui muleque.

— Eu sei. — Digo rindo um pouco.

— Ele só te chamou de puta, do nada? — Pansy pergunta irritada.

— Disse que eu me jogava pra cima de qualquer garoto e depois disse que eu tava parecendo uma puta. — Respondo.

— Que escroto! — Pansy diz.

— Realmente. — Digo e olho para Theo que estava olhando sério e irritado para o teto. — Você não vai fazer nada, Theo.

— Por que? — Ele pergunta.

— Porque eu posso resolver minhas coisas sozinha, acredite. — Respondo.

— Mas poxa, adoraria descontar minha raiva em alguém. — Ele diz sorrindo de lado.

— Desconte em bebida. — Digo me levantando da cama e pegando uma garrafa de vodka que eu escondia em meu armário e mostrando a eles que levantam da cama sorridentes.

— Pandora Rosier, o que aconteceu com você? — Pansy diz rindo.

— Cresci. — Respondo rindo e viro a garrafa em minha boca.

  𝑚𝑦 𝑝𝑟𝑖𝑛𝑐𝑒𝑠𝑠 - 𝐻𝑎𝑟𝑟𝑦 𝑃𝑜𝑡𝑡𝑒𝑟Onde histórias criam vida. Descubra agora