Capítulo 14

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- Ok, eu aceito. Eu terei um quarto apenas para mim. Feliz?

Nicole, depois de dias, aceitou a proposta de Rafe. Aceitou ter um espaço apenas para ela, para as suas coisas. E o melhor é que, quando Rafe voltou a referir os quartos vazios a Ms. Burke, ela concordou com uma condição... Nenhum deles podia se trancar, tinham de continuar a fazer o que costumavam fazer, não era porque ambos tinham um quarto só para eles que eram especiais.

Rafe ficou contente com a resposta. Achava justo o que tinham decidido. E por achar justo estava decidido que a iria ajudar a arrumar tudo nem que demorassem horas.

Demorou algum tempo. Limpar e tirar lixo que estava lá, mover mobília e abrir pequenas janelas, era verão em Bowery logo era aproveitar para entrar ar fresco segundo Nicole. Demorou algum tempo até que aquela divisão ficasse parecido com que um quarto, mas vazio. No final das limpezas, os dois deixaram-se cair no colchão fino.

- Eu 'tou com cede.

- Também...

- Podíamos sair...

- Depois disto tudo? Não estou com muita vontade.

- Podíamos ver se encontramos mais daqueles...

- Coisos? Bichos? Criaturas estranhas e esquisitas?

- Isso...

- Eu vou me arrepender disto Rafe.

- Vamos só ver, ok?

Rafe e Nicole decidiram continuar com a ideia. Foram juntos sair e Rafe, secretamente, queria ver aquelas criaturas encapuzadas. Foi o maior erro deles. Não sabiam onde se estavam a meter. Andavam pelas ruas, indiferentes aos redores, indiferentes ao que iria acontecer. Para a tristeza de Rafe, as criaturas não estavam á beira de serem vistas. Mas eles estavam lá. Relativamente longe, amas estavam lá.

Pouco tempo depois da dupla de amigos ter saído, um pequeno grupo de crianças tinha saído também. Queriam imitar os mais velhos, queriam ser como eles. Mas eram ainda crianças que gostavam de correr e brincar. Alheios ao perigo que os rodeava, começaram a chutar uma pedra entre eles. De chutar passou a atirar entre eles.

A certa altura, Nicole viu-os e não pode evitar um sorriso. Eram apenas crianças a serem crianças. E criança cometiam erros. Um deles foi atirar a pedrita contra alguém que não deviam. Pediram desculpa e continuaram a brincadeira. A pedra foi continuada a ser mandada entre eles.

O tempo pareceu parar quando a pedra atingiu o ser de novo, o tempo pareceu parar quando o ser se virou para o grupo e desembainhou uma espécie de espada, o tempo pareceu parar quando Rafe se apercebeu o que estava para acontecer, o tempo definitivamente parou para Nicole.

Nicole não pensou no que fez, não conseguia. O corpo dela mexeu-se sozinho até ficar á frente de Rafe, que estava preparado para proteger o grupo atrás dele. Em segundos sentiu a pele a ser cortada, a dor a atingi-la na pele, nos ossos, pelo corpo todo. O grito de dor dela soou pelas ruas, qualquer pessoa poderia ouvir e poderiam jurar que sentiram a dor de Nicole.

Enquanto o ser continuou a sua vida normal, Nicole estava de joelhos com as mãos no rosto. A dor era insuportável e era notável pelo choro. Rafe estava em choque, não sabia o que deveria de fazer. Não sabia se devia mandar o resto das crianças embora, não sabia se deveria de ajudar Nicole... Ela, por outro lado, continuava a chorar. Tinha as palmas das mãos manchadas com o próprio sangue. Não sentia o corpo, não sentia as pernas logo não se tenta se levantar.

- Rafe... A Nicole está bem?

Foi o que Rafe precisou para sair da situação de choque. Mandou o grupo embora, para ficar seguro. Eles não queriam ir, não queriam deixar Nicole, mas depois da insistência de Rafe foram obrigados a ir embora.

The fate can change (pt)Onde histórias criam vida. Descubra agora