Capítulo Quarenta e Dois

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Miguel Martins Reed:

Devo dizer que é maravilhoso ter Alisson ao meu lado durante toda a nossa lua de mel. Ao chegarmos em casa, não pude resistir e enchi de beijos os rostinhos dos gêmeos e da Elsie, que riram alegremente.

Não consigo mais ficar longe das crianças; passei todo o tempo com elas até que Pietro chegou em casa com o filhotinho e as coisas do pet shop. Juntos, decidimos o nome do novo membro da família com a participação animada das crianças.

Eric virou a cadeira de rodas na direção da cozinha ao ouvir o chorinho de Júlio, seguindo atrás do filho.

— Ele é mesmo um pai babão — comentei, soltando uma risada divertida.

— Concordo plenamente — disse Mark. — E você não é diferente.

— Não posso ser diferente, pois amo profundamente meus filhos — respondi. Alisson terminou de colocar as malas em nosso quarto e se acomodou no sofá ao meu lado, enquanto eu fazia cafuné em seus cabelos.

— Estava pensando quando vocês terão mais um filho — disse Mark, surpreendendo-me ao olhar na direção de Alisson.

Já tínhamos discutido que não era o momento ideal para eu engravidar, considerando que queríamos esperar até que as coisas estivessem mais estáveis. Além disso, fizemos exames e descobrimos que há uma chance mínima por parte dele. No entanto, concordamos que isso poderia acontecer quando estivéssemos em uma situação perfeita em nossas vidas.

Seria mais sensato considerar essa possibilidade no futuro, quando as crianças mais novas estiverem um pouco mais crescidas e nós estivermos com menos responsabilidades, dado o cuidado com a empresa da minha família, o orfanato e as atividades de Alisson, que incluem a exportação do cardápio que ele desenvolveu para seus produtos alimentícios e as dicas de receitas que comercializa.

— Não estamos pensando em ter mais filhos neste momento — afirmou Alisson com um sorriso, beijando minha testa. — Tudo está perfeito do jeito que está.

A rotina agitada com a empresa familiar, o orfanato e os compromissos de Alisson para expandir seu cardápio e vender suas receitas já preenchem nossos dias. Pensar em aumentar a família seria mais apropriado quando conseguirmos um equilíbrio maior em nossas vidas e as crianças estiverem um pouco mais independentes.

— Concordo, amor. Por enquanto, nosso foco está nesses projetos e em garantir o melhor para as crianças que já temos — acrescentei, agradecendo internamente pela compreensão mútua.

Alisson sorriu novamente, concordando, e abraçou-me com carinho.

— Nosso lar é cheio de amor e alegria, exatamente como queríamos. Estamos no momento certo da nossa vida.

— Vocês são tão doces — comentou Mark, levantando-se do braço do sofá. — Melhor eu ir para a cozinha; lá está menos agitado do que aqui com toda essa melação.

— Você faz a mesma coisa quando sua namorada liga ou quando planejam se encontrar pessoalmente — repliquei.

— Isso é verdade — concordou Mark, virando-se com um sorriso largo no rosto e piscando um olho. — Sou um cavalheiro igual ao Alisson quando o assunto é amor.

Virando nos próprios calcanhares, Mark seguiu para a cozinha, nos deixando na sala. Alisson riu da cena e delicadamente beijou minha testa.

— É bom estar de volta — disse Alisson. — Sentia muita saudade dessa loucura que é nossa família.

— Eu também, sinceramente — respondi.

— Vi quando chegou, já contando como foi nossa lua de mel e mostrando as fotos para a Rosangela e as crianças — comentou Alisson, divertido.

Memórias Do seu Coração (MPreg) | Livro 1.5 - de amores perdidos e encontradosOnde histórias criam vida. Descubra agora