Capítulo Vinte e Sete

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Alisson Reed:

Olhei para a mesa que Mark me ajudou a colocar do lado de fora, enquanto Rosângela e seus conhecidos organizavam as coisas sobre ela. A variedade de comida era imensa, fazendo Mark assobiar.

— Nossa, mãe, você e o Miguel arrasaram nisso tudo — disse Mark.

— Realmente foi incrível como conseguiram organizar tudo em tão pouco tempo — comentei.

Rosângela fez uma pose, um enorme sorriso surgindo nos lábios.

— Eu e o Miguel somos fantásticos — Ela disse.

A decoração estava impecável, com luzes suaves iluminando o ambiente. Flores frescas adornavam cada canto, criando uma atmosfera acolhedora. As mesas estavam decoradas com elegância, e detalhes cuidadosamente escolhidos adicionavam um toque especial. Todos os convidados comentavam sobre o charme e a beleza do espaço, enquanto os risos e a alegria preenchiam o ar.

Ouvi algumas risadas e olhei para ver quando Pietro surgiu com Julia e o irmão dela. Os três estavam muito bem vestidos, e Julia sorriu para Rosangela e Mark, o que me deixou preocupado por ela. Manuel entrou na frente da irmã, assumindo uma pose protetora e desafiando os outros dois a tentarem alguma coisa.

— Corta essa — Rosangela disse, revirando os olhos. — Acha mesmo que estou com raiva da sua irmã? Manuel, que idiotice da sua parte.

— Manuel, ela que está indo comigo e com o Eric nos exames — Julia disse e passou para o lado de Rosangela, que sorriu amplamente ao olhar para o vestido florido da garota.

— Julia, que bom gosto — Rosangela disse. — Mas me conta como tem passado esses dois dias, está seguindo a receita que a médica passou?

Pegou a garota pelo braço, entrando para o lado de dentro.

— Estou meio que enjoada, e tudo tem um gosto tão ruim que acho que o bebê vai odiar tudo — Julia disse.

— Por isso ele tem essa avó que é uma ótima cozinheira — Rosangela respondeu.

— Eu e minha mãe gostamos muito da sua irmã, saiba que ela é da família — Mark disse, batendo no ombro de Manuel, e passou para o lado de dentro.

Fiquei em silêncio, observando Pietro apertar a mão de Manuel, que parecia abatido.

— Eu vou lá dentro — falei.

— Pode dizer, estou sendo um grande idiota por protegê-la de tudo — Manuel abriu a boca assim que eu passi. — Quem não ficaria, depois de saber que a irmã pode morrer.

Entrei na casa e, ao me afastar um pouco, pude ouvir a conversa entre Manuel e Pietro continuando do lado de fora.

— Eu entendo, Manuel. É natural querer proteger quem amamos. Mas, às vezes, proteger não significa isolar. Julia precisa de apoio e carinho agora mais do que nunca, não apenas se preocupar com a possibilidade do pior acontecer.

O tom de Pietro era tranquilizador, e suas palavras pareciam carregar a experiência de quem já enfrentou situações difíceis. Respeitei a privacidade da conversa, dirigindo-me para o interior da casa, onde a animação da festa continuava.

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Arnold me entregou Elsie, que sorriu amplamente ao me ver.

— Ela estava tão bem nos meus braços, mas quando ouviu sua voz, quis você — Arnold disse, provocando uma risada contagiante de Thomas, que fez a bebê em meus braços sorrir.

Senti uma onda de calor emocional ao segurar Elsie nos braços, observando seu sorriso adorável. Thomas, ao meu lado, continuava rindo, e Arnold compartilhava a alegria do momento.

Memórias Do seu Coração (MPreg) | Livro 1.5 - de amores perdidos e encontradosOnde histórias criam vida. Descubra agora