Prólogo

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Miguel Martins: 

Prazer em conhecer, vocês, como devem saber, me chamo Miguel Martins. Para me definir, tenho cabelos platinados, olhos castanhos e gosto de usar roupas neutras.

Devem saber da história que envolveu meu nascimento e que minha "tia" matou minha mãe. Por sorte, não morri, só resisti a tempo na barriga da minha mãe. Meu pai, Eduardo Martins, chamou a ambulância e conseguiram fazer o parto para que eu conseguisse nascer.

Desde então, Eduardo cuidou de mim como seu filho de sangue. Segundo ele, foi a promessa que fez à minha falecida mãe, que era sua amiga. Ele me adotou perante a lei como seu filho.

Meu pai é uma pessoa super amorosa, gentil com todos. Com os contatos que ele fez pela Itália, cresceu e se tornou um empresário de sucesso. Mas sabia que ele escondia algo dos outros, pois através de seus olhos, eu vi uma grande dor, como se ele carregasse o peso do mundo em seus ombros.

Ele me revelou em uma noite fria que parecia que ele iria surtar, e o convenci a me contar toda a história e que a mulher que ele pensou amar o abandonou enquanto ela estava grávida.

Foi logo depois dela ter sido presa por alguns dias. Ele chorou, me contando toda a história, e fiquei ali ouvindo que minha tia matou minha mãe. Foi um choque para mim, mas fui forte, pois via que meu pai se culpava por isso. Então, quando ele me contou que seu sonho é conhecer o outro filho dele, disse que ele deveria ir atrás e que sempre estarei ao seu lado.

E assim ele tentou procurar pela mulher, mas não encontrou nada demais. Dias depois, conhecemos Alice e Caio Alves, que contaram que a mulher mudou de nome e agora se chama Lisa Robson e que está tentando tirar o filho de um conhecido deles, e que precisariam do meu pai para poder acabar com ela.

Eles falaram em italiano perfeito, mas como papai é um empresário, aprendeu várias línguas e me fez aprender também. Pois nunca se sabe, então conversamos em inglês.

No começo, meu pai ficou relutante em fazer isso, mas o incentivei a ir até Los Angeles e confrontar essa mulher e conhecer o filho que se chama Edu Robinson.

Nada original, essa Lisa!

Alice e Caio ficaram conosco em casa após saberem que o tribunal seria em breve, em apenas três semanas. Ficamos surpresos, pois inicialmente seria em três meses, e agora adiantaram.

E só faltava duas semanas, já que Caio e Alice levaram uma semana para nos encontrar. Então, acabaram ficando aqui e ajudando com as coisas da casa e do trabalho do meu pai, enquanto eu cuidava do orfanato que meu pai ajuda com o dinheiro que recebe e ajudo como diretor de lá.

Desenvolvi uma amizade com Alice e Caio, percebendo que eles são muito divertidos e engraçados. E essas duas semanas voaram, e eles foram até Los Angeles ajudar nesse caso, enquanto eu fiquei cuidando de tudo em Nápoles, cidade onde papai e eu moramos.

Desejava que tudo ocorresse bem lá.

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Mas não foi assim que aconteceu. Horas depois, Alice me ligou e falou que meu pai foi atropelado e foi levado com urgência para o hospital. Alice me contou todos os detalhes, e fiquei desesperado. Fui correndo para a internet comprar uma passagem para Los Angeles, e só tinha disponível para o período da noite, mas comprei assim mesmo. Passei a manhã e a tarde ansioso para saber se meu pai estava bem.

Avisei o orfanato que não iria e contei para o meu amigo de lá. Ele disse que tudo ficaria bem e que eu poderia ir ao socorro do meu pai. Na hora que estava no avião, Alice me mandou uma mensagem dizendo que a cirurgia ocorreu bem, mas que ele ficou em coma.

Memórias Do seu Coração (MPreg) | Livro 1.5 - de amores perdidos e encontradosOnde histórias criam vida. Descubra agora