Capítulo 8 Inácio

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Prometer e não cumprir é melhor não prometer, mas cá estou quebrando a promessa que fiz a mim mesmo.
Fito a casa grande repleta de luzes, está ainda mais elegante do que de costume, à pessoas por por todo lado, crianças correndo e gritando, analiso logo na entrada da fazenda fileiras de carros bem enfileirados, franzo o cenho deve ter muitas pessoas importantes lá dentro tem dois dias que Marta está de volta nesses dias ela não me procurou deve tá chateada porque nesses dois meses não lhe dei notícias. Também disse a ela que não viria a essa festa, mas como não vir? Por alguns momentos penso se minha presença é desejada por ela como nos aniversários anteriores. Penso mais um pouco antes de finalmente criar coragem para enfrentar o que estar por vir, não tô falando das pessoas, de julgamento ou qualquer outra coisa, estou me preparando para encontrar com ela e poder falar tudo que tá entalado dentro de mim.

Ouço aplausos e a multidão volta os olhos para o topo da escada, estou do lado de dentro mais no canto da sala para não chamar atenção e então... Contemplo ela, fecho os olhos e abro alguns vezes boca aberta para aquela mulher, esses meses a fizeram muito bem, arrumo minha postura trocando o peso de uma perna pra outra, colocou as mãos no bolso e me aproximou de forma a não chamar atenção, ainda me escondendo no meio das pessoas, Marta está de vestido, chega ser estranho e o mais engraçado Marta está de salto e não é qualquer salto é um salto bem alto, abro um sorriso pensando quem a abrigou usar-los ela até usava alguns mais baixos e simples para ir a igreja mas hoje está além de tudo o que Marta já calçou ou vestiu. Um vestido azul de alça com poucos brilhos parece um céu estrelado, em seus cabelos tem alguma coisa que prende em um penteado de lado, ela tá maquiada, nossa Marta está maquiada e muito bem maquiada não parece a Marta que anda cavalgando por aí, aquela menina valente agora parece uma mulher. Ela ganhou peso nus lugares certos e esse vestido deixa claro que não tem mais aquele corpo de menina e sim um formato violão, algo dentro de mim se acende engulo seco viro as costa para ela não perceber minha presença pelo menos não tão cedo e agora enquanto estou com cara de idiota. Vou até a cozinha tomar um copo de água e passo a mão molhada na nuca, meu rosto está queimando, meus sentidos estão me traindo, pareço um adolescente.

Passo um tempo lhe observando  de longe sempre às escondidas, não é que não quero parabeniza-la, eu quero e muito, mas não sei o que dizer estou tremendo. Ela dança com alguns rapazes e eu reviro os olhos e aperto a mão a cada vez que um engraçadinho aproveita pra tocar sua cintura, isso não é por causa da dança, isso é pra tocar nela eu sei disso. Em dado momento ela sai da festa acompanhada por Pedro e eu os sigo até a varanda, a brisa que bate movimenta os cabelos de Marta eles sorrirem e ficam em pé conversando parecem que estão se divertindo e aproveitando a companhia um do outro eu sei que seu Carlos apoia esse romance e olhando de longe parece que foram feitos um pro outro. Convencido de que ela não sente minha falta já que tá sempre acompanhada, resolvo me afastar, chegou a hora de voltar para casa, eu não deveria nem ter vindo, passo a mão no rosto e sinto minha pele queimar.

_Pablo, eu disse que não._ Marta empurra Pablo e eu volto para me esconder o olhar dela parece brava e ele sorri maliciosamente puxa ela pela cintura com suas mãos e sussurra em seu ouvido. Cretino mil vezes cretino.

_Eu sei que você quer tanto quanto eu.__ Ele gargalha e a beija. Ele está beijando ela, ele está segurando seu corpo ao dele e está inundando Marta em um beijo ele está beijando minha Marta, como assim eu não estava preparado para assistir essa sena.O mundo a minha volta parece que não tem mais cor, sinto o bambear dar pernas, cretino, cretino, e cretino.

__Não, Pablo.__Ela grita e tenta se afastar, mas ele a segura com força contra a grande proteção enquanto se debate entre seus braços. Se não fosse essa vestido justo e esses calçados ela já o teria esbufetado, mas não consegue se defender, mas eu, eu estou aqui.

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