-CHAMADO-

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Narra Sözo


*(Dia seguinte após o dia da luta... 16:40 p.m...)*


  Desde quando aquela batalha terminou, o Gojo e o Geto me levaram pra enfermaria e tal, e meus ferimentos internos não eram tão graves até, só tinha taquicardia e uma danificação dos tecidos do meu nariz, mas nada de outro mundo, e o que aconteceu foi que precisei fazer uma correção nas minhas fossas nasais por conta daquela fissura, e consequentemente.. tive que usar uma anestesia, porém meu sistema é tão fraco pra narcóticos injetáveis que, quando acordei, parecia que eu tinha bebido três garrafas de sake, e até a Isan achou engraçado isso, inclusive ela anotou algumas coisas que falei enquanto ainda me recuperando da droga, tais como perguntar pra ela sobre com quem ela deixou nossos filhos, dizer ao Satoru que ele era o meu chapa número um e falar pro Suguru sobre uma suposta viagem a uma montanha.. foi humilhante.. mas com um pouco de humor.

  Pois bem, fomos convocados pra uma missãozinha logo cedo pelo professor Masamichi, quem por sinal não vi ainda porque os transmissores dessa notícia foram os meus amigos junto com a Shöko, então não tivemos muita palavra sobre isso, apenas sabíamos que tínhamos que ficar de olho na barreira que o Gojo iria convocar logo que a Mei Mei, uma de nível um, e a Utahime, uma de nível 2, entrassem numa mansão mal-assombrada lá e fizessem o que tivessem que fazer, só que uma coisa.. ele esqueceu de conjurar a cortina, então tudo ficou bem à vista de todo mundo, sorte que não tinha ninguém lá perto mesmo, e depois de voltarmos pra escola de novo o de cabelos brancos levou uma bronca do seu superior, e neste momento estamos na quadra matando um pouco do tempo, no caso, meus companheiros e eu estamos fazendo umas cestas de basquete enquanto a Tamashi e a Shöko brincavam com os óculos do Satoru e conversavam sobre qualquer coisa.

Gojo: Mas me fala aí.. a gente precisava mesmo de uma cortina? - disse meio sem chão e quicando a bola uma vez e a pegando de volta - Não ia fazer diferença se os normaizinhos vissem né? Eles não enxergam espíritos nem técnicas amaldiçoadas. - terminou sua frase se sentando no piso e jogando a esfera de novo pro alto, mas desta vez para acertar uma cesta, coisa na qual falha, pois o Geto pegou a bola antes.

Geto: Claro que não é bom se eles verem. O melhor jeito de se barrar um surto de espíritos é a população estar num estado mental calmo, e é exatamente por isso que a gente tem que tomar o cuidado de esconder as ameaças que eles não enxergam. - completou andando devagar e batendo o globo junto, para então jogá-lo pra mim, e desta vez eu peguei o objeto, o quiquei e depois o girei no dedo.

Sözo: Verdade, aprendi que, numa missão, nunca jamais deve-se deixar de proteger os mais fracos, principalmente quando se é mais forte, e como não sabemos a condição de todos os seres humanos em Tokyo e no mundo, não saberemos se algum cidadão comum que passou por um trauma poderá chegar a enxergar maldições, então penso que nada custa se esforçar mais um pouco pra ter a certeza de que as pessoas comuns tenham uma saúde melhor. - falei bem diretamente e num tom agradável, para então atirar a bola novamente para o de cabelos pretos.

Geto: Exatamente, e não para por aí... - foi interrompido pelo Satoru.

Gojo: Tá bom, eu já saquei. - disse zombeteiro e roubando o orbe do seu companheiro, para então fazer uma cesta na rede do outro lado da quadra - Ficar protegendo os mais fracos dá uma canseira.. fala sério.. - disse mais frustrado e atirando com força a bola pro Suguru outra vez.

Geto: 'Sobrevivência dos mais fracos', essa é a constituição correta da sociedade, ajudamos os fracos e subjugamos os fortes. - falou enquanto andava devagar e segurando o objeto com as duas mãos - Escuta, Satoru.. o jujutsu, ele existe pra proteger quem não é feiticeiro. - terminou sua fala tacando a esfera pra fazer uma cesta, porém ele erra por pouco.

Almas inatas (Toge Inumaki x Oc)Onde histórias criam vida. Descubra agora