16 (Reescrita)

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Depois de um longo banho, Harry desceu as escadas sentindo o corpo um pouco mais leve, embora o coração ainda estivesse carregado de incertezas. Niall o aguardava na sala, com um prato e um copo de suco de laranja à sua espera. Sentando-se ao lado do amigo, Harry mordeu o sanduíche devagar, saboreando cada pedaço, tentando afastar os pensamentos turbulentos que o envolviam.

– Obrigado, Niall, de verdade – murmurou, entre uma mordida e outra. O loiro apenas sorriu, contente por ver que o amigo estava, aos poucos, recuperando alguma força.

Eles passaram as próximas horas jogados no sofá, conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Em um momento, Niall insistiu para que assistissem a uma comédia romântica, e mesmo que Harry não estivesse totalmente concentrado no filme, o simples fato de ter companhia o acalmava.

A certa altura, Niall olhou para Harry com uma expressão que misturava hesitação e incentivo. – Você quer... ligar para ele?

Harry parou, o olhar vacilante. – Eu... eu não sei. Acha que ele ainda quer me ver? Eu... eu fugi, Niall. Literalmente saí correndo.

Niall, percebendo o nervosismo do amigo, puxou o celular do bolso com um sorriso encorajador. – Tenho certeza de que o que ele mais quer é ver você. – E, sem esperar resposta, discou o número de Louis e colocou no viva-voz.

A ligação foi direta para a caixa postal. Niall franziu a testa, mas com uma expressão teimosa, tentou novamente. Dessa vez, o celular tocou, mas, antes que pudesse atender, a chamada foi encerrada abruptamente.

– Ah seu... Teimoso. – resmungou Niall, ligando mais uma vez. A terceira tentativa fracassada deixou ambos inquietos, até que Harry, respirando fundo, tomou o celular das mãos de Niall.

– Ok... Essa é a última vez. – disse, a voz trêmula. Ele discou e esperou, os dedos nervosos tamborilando no sofá.

Quando a chamada finalmente foi atendida, a voz de Louis soou irritada do outro lado da linha. – O que foi agora, Niall?

Harry e Niall trocaram um olhar; Louis, claramente, não esperava ouvir outra voz.

– Oi, Lou... – Harry murmurou, quase num sussurro, e sentiu o coração acelerar ao máximo.

Do outro lado da linha, Louis ficou em silêncio por um momento. Quando respondeu, sua voz tremia levemente, como se não acreditasse. – Harry? É você?

– Sou eu. Eu... eu queria saber se você poderia vir até minha casa. Acho que precisamos conversar.

Harry esperou, mordendo o lábio em ansiedade, até que ouviu Louis responder com uma urgência incontida. – Sim, nós precisamos. Me manda o endereço. Chego aí em dez minutos.

A rapidez na resposta de Louis trouxe um sorriso ao rosto de Harry, que parecia esquecer momentaneamente todo o medo e insegurança. – Vou te mandar. Até daqui a pouco, Lou.

Ao desligar, Harry devolveu o celular a Niall, um brilho renovado no olhar. – Obrigado. Por tudo isso, de verdade.

Niall levantou-se com um sorriso compreensivo, pegando a jaqueta do sofá. – Bom, acho que é minha deixa. Vou deixar vocês a sós.

– Obrigado de novo – disse Harry, apertando Niall em um abraço firme, carregado de gratidão. O beijo na bochecha foi um gesto espontâneo, mas significativo. Era a forma de Harry expressar a imensa gratidão que sentia. – Você realmente é o melhor amigo que eu poderia ter.

Niall sorriu, retribuindo o abraço. – Vai ficar tudo bem, Harry. Eu sei que vai.

[...]

As mãos de Louis percorriam o corpo de Harry com uma intensidade quase desesperada, como se quisesse gravar cada contorno em sua mente. Seus dedos desceram pelas costas de Harry, firmes e decididos, até alcançar os quadris, onde apertou a carne, arrancando um suspiro profundo do cacheado. Sentindo o impacto das carícias, Harry fechou os olhos e deixou escapar um gemido abafado, entregando-se completamente ao toque firme de Louis.

Farm Love (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora