capítulo 11

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MINHO
point of view

Eu não sei o que me fez pedir desculpas ao Felix, mas definitivamente não queria mais saber o que estava passando pela minha cabeça naquele momento.

— Olá, meninos. Fico feliz que vocês tenham aprendido a conviverem feito gente e no mesmo ambiente. — Toni se aproximou e sorriu para nós.

Posso ser gay, mas ainda tenho olhos e sei que, sem sombra de dúvidas, ela é a mulher mais linda que já vi em toda a minha vida. Tudo nela cai bem. Toni estava usando um vestido vermelho que realçava bem seu tom de pele, ela com certeza estava chamando muito a atenção naquela noite.

— Você está linda, Toni. — Felix disse e ela sorriu.

— Obrigada, Lee. Tentei caprichar porque pretendo me divertir hoje.

— Caprichar? Garota, você fica bonita de qualquer jeito. — retruquei.

— Vocês não estão querendo arrancar nada de mim, 'né rapazes? —  Toni brincou, ajeitando o colar que usava.

— Não, por enquanto. — Felix devolveu. — Quem sabe na próxima.

— Fico feliz que vocês estejam se resolvendo, ou talvez dando uma trégua. Hoje é uma noite para se comemorar, rapazes. Sem brigas. — Toni beijou a minha bochecha e logo repetiu o mesmo gesto com Felix.

— Vamos fazer o máximo possível para que as coisas continuem de forma pacífica. — eu respondi. Coloquei a minha mão na coxa de Felix e sorri de forma cínica quando o vi se assustar com o toque repentino.

— Você não vale um centavo, Minho. — ela disse rindo, antes de desaparecer no meio da pista.

— Eu gostaria de saber quando chegamos nesse nível de intimidade. — Felix revirou os olhos e colocou sua mão por cima da minha, achei que ele iria tirá-la dali, mas só a apertou.

— Essa é a questão, não chegamos.

— Como Toni disse, você não vale um centavo.

— Eu posso valer o quanto você quiser, meu amor. — Sussurrei em seu ouvido e gargalhei quando percebi que ele se arrepiou.

— Não sabia que você era tão canalha assim. — Felix tomou um gole da sua bebida e se aproximou, falando perto do meu ouvido.

— Sabe que se tiver alguém aqui, vamos aparecer em vários sites de fofoca, 'né?

— Quer dar um motivo a eles para isso?

Felix se aproximou mais ainda, apertei a minha mão em sua coxa e nossos corpos se colaram. Sua boca estava próxima demais a minha e se eu tivesse uma abertura, cometeria uma louca que me arrependeria por semanas.

— Não vão nos reconhecer está noite, tem muita gente bêbada aqui.

Nossa conversa estava carregada de tensão, nossos olhares se encontraram, revelando emoções há muito tempo guardadas.

Lentamente, nos aproximaram, o silêncio ecoando entre nós, mesmo com todo o barulho do fundo. As respirações se misturaram antes dos nossos lábios se tocarem suavemente, selando um momento repleto de desejo.

Felix apertou a minha cintura, passei a minha mão por sua nuca e parei em seu cabelo longo, puxando os fios levemente. Não sabia tanto que precisava beijá-lo, até ter os lábios do mais novo colados aos meus. Droga, é uma sensação tão gostosa.

— Você tem gosto de morango, seu idiota. — ele sussurrou, mordendo meu lábio antes de se afastar.

— Espero que a partir de agora se torne sua fruta favorita. — o puxei para perto novamente e selei nossos lábios outra vez.

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