Aniversário

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— Está tudo bem? – Gizelly pergunta enquanto aperta o seio direito de Rafaella. — Está tudo bem? – Ela pergunta novamente enquanto aperta o esquerdo desta vez.

— Pare! Sua idiota. – Rafaella ri.

— Pom! Pom! – Gizelly brinca enquanto dá mais dois apertos. Rafaella agarra o rosto de Gizelly e olha bem nos olhos dela.

— Você é tão idiota, sabia disso?

— Eu sei, mas você me ama por isso.

— Demais! – Rafaella diz enquanto dá um beijo em Gizelly.

Elas estavam se beijando mais uma vez e Gizelly queria ser respeitosa para não fazer Rafaella fugir como da última vez. Bem, o mais respeitosa que ela pode ser como alguém que buzinou nos seios da namorada de brincadeira.

— E se definirmos uma palavra de segurança? — Gizelly propõe uma solução.

— Uma palavra de segurança?

— Sim, se você mencionar a palavra de segurança, vou parar o que estou fazendo. – Gizelly explica.

— Por que não posso simplesmente gritar pare?

— Isso não é divertido. Que tal abacaxi?

— Não quero gritar abacaxi enquanto fazemos isso! – Rafaella rebate.

— Ok, você escolhe.

— Que tal alcachofra? – Rafaella sugere.

— Não, isso não é bom. Isso me excita.

— O quê? Alcachofras?

— Tem a palavra sufoco. – Gizelly sugere. — Você quer ser sufocada ou quer me sufocar? — As bochechas de Rafaella coraram com a declaração de Gizelly. — Admita, houve alguns casos em que você quis me sufocar. — Gizelly sorri enquanto olha para Rafaella.

— Por frustração, sim. Esse seu sorriso presunçoso é tão irritante. – Rafaella torce o nariz enquanto empurra Gizelly para longe dela. Gizelly rola na cama enquanto pensa em mais palavras.

— Que tal tangerina?

— Todas as suas palavras estão relacionadas com frutas? – Rafaella pergunta.

— Frutas são boas palavras de segurança, elas simplesmente têm uma vibração. Oooh, que tal waffles?

— Você está sugerindo mais uma palavra ou é isso que você quer comer agora?

— Ambos?

— Não para a palavra de segurança, mas eu poderia ser alguns waffles.

***

— Fatality. – Gizelly grita um pouco alto demais na lanchonete e Rafaella a manda calar.

— Não muito alto, estamos em público! Além disso, não, não estamos em Mortal Kombat. Que tal, abortar? – Rafaella sugere. Elas têm ido e voltado em sua palavra de segurança, cada uma sendo rejeitada todas as vezes pela outra.

— Não, isso só me faz sentir como se estivesse em uma missão. Pão preto?

— Não, você vai voltar a comer de novo. Oklahoma?

— Não, isso só me lembra o musical. Guacamole?

— Não, eu te disse. Você ainda está falando de comida. Beetlejuice?

— O que acontece se dissermos isso três vezes e o convocarmos? O que então?! — Gizelly pergunta descontroladamente enquanto balança o garfo no ar.

Uma quedinha em vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora