Família

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— Kalimann, você quer ir para Yuna comigo? A Feira de Alimentos de Yuna é no próximo fim de semana. – Gizelly pergunta enquanto elas estavam descansando na cama.

— Oh meu Deus, A Feira de Alimentos de Yuna. Lembro-me de ir quando era criança.

— Então, junte-se a mim. Manu está me incomodando para levar sua Rafinha de volta para Yuna.

À menção de seu apelido de infância, Rafaella dá um sorriso suave.

— Não quero me intrometer.

— Você não vai. Temos um quarto de hóspedes, você pode ficar lá. Vou dirigir no sábado de manhã e podemos voltar no domingo à noite. Você nem vai precisar de um dia de folga do trabalho. – Gizelly diz.

— Dirigir? No seu carro? – Rafaella pergunta com ceticismo, de jeito nenhum ela confiaria naquele pedaço de metal para levá-los até Yuna.

— Está tudo bem, são apenas 3 horas de carro.

— Ontem mal sobrevivemos meia hora! Está fazendo barulho, o ar-condicionado não está funcionando e como você vai dirigir no domingo à noite quando um dos faróis está quebrado? – Rafaella entra em pânico e Gizelly simplesmente a ignora.

— Vou consertar em Yuna, lá é mais barato.

— Podemos usar o dinheiro do fundo de reparos, se você realmente precisar. – Rafaella oferece.

— Você gostaria disso, não é? – Gizelly brinca enquanto se aproxima de Rafaella.

— O que você quer dizer? – Rafaella pergunta com cautela e se afasta um pouco de Gizelly.

— Usar o dinheiro do fundo de reparos significa que você poderá ficar aqui por mais tempo. Apenas admita que sentirá minha falta. – Gizelly dá aquele sorriso estúpido dela que irrita Rafaella profundamente.

— Ótimo. Então não faça isso. Use seu próprio dinheiro para os reparos. Além disso, na verdade, você é quem sentirá mais minha falta, senhorita-tenho-que-abraçar-minha-colega-de-quarto-para-dormir.

— Mas você é tão abraçável. – Gizelly pula em Rafaella e a abraça. Rafaella luta no início, mas lentamente deixa Gizelly segurá-la perto.

— Venha, Rafinha, diga-me que você se juntará a mim na Feira de Alimentos de Yuna. – Gizelly diz quase em um sussurro, enquanto dá um aperto rápido em Rafaella.

— Eles ainda têm aquele peixe empanado e creme? Bem na entrada?

— Creme de peixe? Todos os anos. – Gizelly responde.

— Ok, eu vou.

— Obaaa! – Gizelly solta o abraço e dá um soco no ar, depois se vira para olhar para Rafaella. – Além disso, creme de peixe? Você? Sério?

— Minha mãe costumava comprá-los para mim todos os anos. Já faz... já faz um tempo. – Rafaella responde com um sorriso triste.

— Podemos visitar o túmulo de sua mãe também quando chegarmos lá.

— Isso vai ser legal. Obrigada.

***

— Viagem, aqui vamos nós!

Gizelly liga o carro e dirige. Quando faz o som estridente de sempre, ela liga o rádio e canta todas as músicas. Rafaella não sabe o que é mais impressionante, se o carro está realmente se movendo ou o fato de Gizelly errar a letra de cada música. Depois de um tempo, o carro para de fazer barulho.

— Viu? Ele é apenas temperamental. Você precisa tratar bem. – Gizelly diz sorrindo enquanto esfrega o volante, como se o carro tivesse sentimentos.

Uma quedinha em vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora