Vestido

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— Ei, desça. O elevador está quebrado novamente.

— Você não pode pegar as compras sozinha? – Gizelly suspira ao ouvir Rafaella do outro lado da ligação.

— Se você não descer em 5 minutos, deixarei suas cervejas aqui embaixo.

— Brincadeira, já estou aqui embaixo. Estou atrás de você.

— Onde? – Rafaella se vira e olha para o nada.

— Ainda estou na cama. Não posso acreditar que você caiu nessa. – Gizelly ri.

— 5 minutos, Bicalho. – Rafaella desliga o telefone, mas ela pôde ouvir a risada de Gizelly ainda ecoando em seu ouvido.

Quando Gizelly aparece no saguão do apartamento, ela vê que a caixa de cerveja e as sacolas de compras já estão ao lado da porta perto da escada. Rafaella está saindo da caixa de correio.

— Você também pegou minhas correspondências? – Gizelly pergunta.

— Sim. – Rafaella diz enquanto coloca todas as correspondências na caixa e passa algo para Gizelly. – Aqui estão as chaves do seu carro. Está fazendo aquele som de novo.

— Apenas ligue o rádio.

— Não podemos continuar ignorando o som todas as vezes. De qualquer forma, leve isso. – Rafaella aponta para a caixa de cerveja. – Vou pegar as sacolas.

— Por que devo fazer o trabalho pesado? – Gizelly faz beicinho.

— Porque a cerveja é sua. — Rafaella dá o sorriso malicioso que Gizelly costumava odiar.

Gizelly está grata por Rafaella realmente ter comprado, embora ela só tenha escrito "uma caixa de cerveja" na lista de compras como uma piada. Gizelly adora como Rafaella ainda não consegue diferenciar quando ela faz algo de brincadeira ou quando ela realmente está falando sério. Não ajudou quando Gizelly fez tudo com um sorriso.

— Ei, da próxima vez me acorde antes de ir ao supermercado. Posso ajudar, sabe?

— E ver você comprar todas as comidas industrializadas? Não, obrigada. – Rafaella pergunta retoricamente. Na verdade, ela está feliz por Gizelly ter oferecido sua ajuda, e se perguntou se fazer compras seria muito mais divertido se Gizelly fosse com ela. Provavelmente mais cansativo, ela já pode imaginar impedindo Gizelly de pegar as balas de goma, cansativo mas também mais divertido.

No terceiro andar, Gizelly começa a grunhir e deixa cair a caixa no chão. Rafaella também diminui a velocidade e fica ao lado de Gizelly enquanto ela respira.

— Você pode subir primeiro. – Gizelly diz.

— Está tudo bem, preciso descansar. As sacolas também são pesadas. – Rafaella diz enquanto as coloca no chão. Os olhos de Gizelly pousam na correspondência em cima da caixa, especialmente atraídos pelo cartão postal dourado e preto bem no topo.

— Ei, o que é isso de evento de caridade? – Gizelly pega o cartão postal e vê que está endereçado a Rafaella. – Posso?

Rafaella acena com a cabeça para a pergunta de Gizelly. Quando ela dá permissão para Gizelly ler o convite, ela estuda mais o cartão. Será daqui a uma semana e será organizado pela Mattaus Industries.

— É no próximo fim de semana. – Gizelly diz. – Vamos.

— Não. – É toda a resposta que Rafaella dá e pega as sacolas de compras. – Ok, chega de descanso, vamos subir.

— Espere.

Gizelly se esforça para carregar sua caixa e alcançar Rafaella. Quando chegou ao apartamento, ela estava sem fôlego e Rafaella lhe entrega uma caneca cheia de água.

Uma quedinha em vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora