Part. 6

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O sol da manhã projetava sombras longas nas ruas de Nova York quando a agente determinada, camila, saiu do apartamento modesto onde estivera escondida. O aroma do café ainda pairava no ar, misturando-se com a tensão que preenchia o ambiente. Ao seu lado, a enigmática assassina de nome era desconhecido dias atrás ajustou a gola de seu casaco, ocultando o rosto na sombra.

— O café estava bom. — Comentou novamente a assassina, cujos olhos agora frios pareciam analisar cada movimento na rua movimentada.

Cabello lançou um olhar rápido para a mulher ao seu lado. Uma mistura de empatia e necessidade unia essas duas mulheres de mundos opostos. Juntas, formavam uma aliança frágil em meio ao caos que se desenrolava.

Antes que pudessem desaparecer na multidão, sirenes começaram a uivar distantes. A tensão no ar aumentou, e ambas trocaram olhares rápidos, cientes de que o tempo estava se esgotando.

— Vamos, precisamos sair daqui — Murmurou, e as duas se misturaram à movimentação da cidade.

O silêncio tenso foi quebrado por passos apressados e pelos sons distantes de sirenes se aproximando. A cada esquina, a paranoia crescia, alimentada pela certeza de que estavam sendo caçadas após verem os avisos para a polícia. 

— Voltar para a Califórnia parece uma ideia cada vez melhor — murmurou Camila, puxando a assassina para o táxi próximo. 

O som distante das sirenes foi gradualmente substituído pelo zumbido constante do tráfego ao se aproximarem do aeroporto. Camila e Cali mantiveram-se discretas ao saírem do carro, usando becos e passagens laterais para evitar chamar a atenção. Seus passos rápidos e decididos ecoavam entre os edifícios, enquanto o sol continuava a subir no céu claro.

Ao alcançarem o perímetro do aeroporto, a agente sentiu uma onda de alívio. No entanto, sabia que não podiam subestimar os perigos que os aguardavam. Entraram no estacionamento e, mantendo-se na sombra dos veículos, avaliaram a situação.

— Ainda temos alguns minutos antes que alguém se dê conta que já saímos da cidade. — sussurrou Camila para a assassina, que permanecia impassível.

— Vamos precisar de uma cobertura sólida para chegar à Califórnia incógnitas. Não podemos arriscar sermos rastreadas pelos nossos métodos tradicionais — Lauren respondeu, seus olhos frios agora focados no terminal distante.

Camila assentiu, pensativa.

— Precisamos de documentos falsos, passagens discretas, e talvez algo para nos misturarmos à multidão.

— Conheço alguém que pode nos ajudar — a assassina disse, indicando uma figura enigmática em um canto escuro do estacionamento após levantar o celular e mostrar mensagens trocadas anteriormente.

A negociação foi rápida e, em questão de minutos, as mulheres tinham novas identidades, passagens para um voo particular e informações sobre como evitar a segurança excessiva do aeroporto.

Com os documentos falsos em mãos, camila e a assassina seguiram em direção ao terminal, misturando-se à multidão de passageiros. O plano estava em movimento, mas as sombras do passado e as ameaças crescentes ainda pairavam sobre elas. O voo para a Califórnia representava mais do que uma fuga física; era o início de uma jornada para desvendar os mistérios que as envolviam. 

...

O voo para a Califórnia foi uma jornada silenciosa, marcada por olhares furtivos e pensamentos profundos. A agente e a assassina encontraram-se em um apartamento discreto, cujas janelas filtravam a luz do sol crepuscular. O lugar era uma mistura de conforto temporário e tensão palpável. 

— Então, você sabia que meu pai estava envolvido nisso o tempo todo?— Camila perguntou diretamente à Lauren, cujos olhos penetrantes permaneciam fixos no horizonte.

A assassina escolheu suas palavras com cuidado antes de responder. 

— Eu sabia que ele estava conectado, mas não tinha certeza de quanto ele estava ciente. As coisas são complicadas, Camila. Às vezes, a verdade é uma sombra que se esconde até que esteja pronta para emergir.

Ela suspirou, olhando para fora da janela. 

— Ele é um policial e ex agente, deveria estar do lado certo, protegendo as pessoas, não escondendo verdades e manipulando situações.

— A CIA nem sempre joga no lado da luz. Às vezes, os agentes são peões em jogos maiores, e seu pai pode estar preso em algo muito mais complexo do que imaginamos — respondeu à assassina, seus olhos revelando uma mistura de compaixão e experiência.

A latina caminhou pela sala, seus pensamentos em turbilhão.

— Precisamos descobrir o que está acontecendo. Não podemos continuar no escuro, sendo manipuladas pelo passado.

A assassina se aproximou, colocando uma mão no ombro da agente. 

— Concordo. Precisamos encontrar respostas, expor as verdades enterradas. Só então poderemos entender o que está em jogo e decidir como agir.

Juntas, começaram a traçar mais do plano inicial, reunindo informações e estabelecendo contatos discretos. O apartamento tornou-se um centro de operações improvisado, com mapas, fotos e anotações que revelavam conexões obscuras entre os eventos recentes.

Enquanto o sol se punha e as luzes da cidade começavam a pontilhar o horizonte, Camila e a Cali estavam determinadas a enfrentar tudo que as assombravam. A verdade, elusiva e esquiva, aguardava, mas ambas estavam dispostas a arriscar tudo para desvendar os segredos ocultos nas entranhas da CIA e, quem sabe, encontrar uma redenção para o passado que as atormentava. À medida que a noite avançava, a sala ficou mergulhada em silêncio.

O ambiente carregado atenção e mistério lentamente deu lugar a um momento de vulnerabilidade quando a latina e Lauren trocaram olhares intensos. Era como se o peso do desconhecido as aproximasse de uma maneira que as palavras não podiam descrever. Naquele silêncio palpável, o desejo por respostas misturou-se a uma conexão mais profunda.

Sem dizer uma palavra, Camila se aproximou, sua expressão transmitindo uma mistura de determinação e algo mais sutil, algo que havia estado latente entre elas desde a noite que se beijaram pela primeira vez. A assassina, por sua vez, não recuou, permitindo que as barreiras que as separavam começassem a se desfazer.

O beijo foi uma fusão de emoções reprimidas, um encontro de lábios que transcendia a busca pela verdade. Foi um momento intenso e necessário, como se o caos ao redor se dissipasse por um instante. A agente sentiu uma corrente elétrica percorrer seu corpo, dissipando as incertezas que as cercavam.

Ao se afastarem, seus olhares se encontraram novamente, revelando um entendimento mútuo que ultrapassava as palavras. Camila sempre se surpreendia pela intensidade do momento, mas, ao mesmo tempo, uma sensação de certeza e conforto a envolvia.

Juntas, começaram a explorar não apenas os mistérios que as envolviam, mas também a complexidade de suas próprias emoções. O beijo e toques tornou-se um catalisador, uma chama que iluminava um caminho incerto, mas repleto de possibilidades.

M.O.N.E.YOnde histórias criam vida. Descubra agora