𝟶𝟸 - 𝙴𝚜𝚌𝚘𝚕𝚊

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ACORDAR CEDO já era um sofrimento para mim, mas acordar cedo para ir à escola parecia ainda pior

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ACORDAR CEDO já era um sofrimento para mim, mas acordar cedo para ir à escola parecia ainda pior. Não bastasse a própria manhã já ser difícil, minha irmã, Isabella, ainda tinha o hábito irritante de me acordar de maneira nada sutil. Hoje não foi diferente. Fui sacudida da cama com a energia de quem parecia estar à beira de um ataque, como se já estivéssemos em cima da hora, mas, ao conferir o relógio, vi que ainda faltavam duas horas inteiras para o início das aulas.

Tive vontade de matá-la naquele momento, mas me controlei. Ao invés disso, arrastei-me até o banheiro para tomar um banho e espantar o sono. Enquanto a água quente escorria pelo meu corpo, eu tentava me preparar mentalmente para o dia que viria, mas o clima nublado e a falta de ânimo pela escola não ajudavam.

Passado o banho, dediquei mais tempo do que o normal em frente ao guarda-roupa. Se havia uma coisa que eu prezava, era estar bem arrumada, diferente da minha irmã, que parecia escolher roupas pelo puro conforto e não tinha o menor senso de moda. Depois de muita indecisão, optei por uma blusa de gola alta, uma calça de couro, jaqueta e meu inseparável coturno. O cabelo ficou solto e um toque de rímel e gloss completaram o visual.

Desci até a cozinha, onde encontrei meu pai com o rosto escondido atrás de um jornal amassado.

━━ Bom dia, Liz. ━ Ele disse sem tirar os olhos do jornal, mas com um sorriso gentil.

━━ Bom dia, pai. ━ Respondi enquanto me servia de café e torradas.

O ambiente era confortável e calmo, um contraste à energia frenética de Isabella. Ficamos em silêncio, e eu apreciei aquele momento de tranquilidade, que sabia que não duraria muito. Isabella desceu logo depois, carregando sua mochila e uma expressão de leve irritação, provavelmente por eu ter ignorado sua tentativa de pressa. Ela me lançou um olhar de reprovação, que simplesmente ignorei.

Terminei meu café com calma, subi para pegar minha bolsa e me despedi do nosso pai. Entramos na picape e, durante o caminho para a escola, o silêncio se manteve firme. Isabella, naturalmente mais quieta, parecia imersa em seus próprios pensamentos, e eu, que inicialmente estava de bom humor, me senti subitamente esvaziada quando chegamos ao estacionamento da escola. Aquela sensação de ser observada, julgada, me atingiu assim que descemos do carro.

𝘾𝙤𝙣𝙣𝙚𝙘𝙩𝙞𝙤𝙣┃𝐉𝐚𝐬𝐩𝐞𝐫 𝐇𝐚𝐥𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora